O calor!
O calor
Longos dias de verão
Em cada festival uma multidão
Fogos e fumo em contramão
Com muita, muita destruição
No abrasador calor, muita dor
As chamas levam todo o labor de uma vida
Só restam os sonhos, na terra ardida
Com toda a terra ferida!
Algumas pessoas recusam, de suas casas, a saída
Custa muito, tudo perder, não querem a forçada ida
Preferem ficar, pondo em perigo a vida, acreditando na fé
De que o pior nunca vai acontecer
Deixar o nosso lar, quando já pouco conseguimos andar, é uma grande violência, a evitar!
Por muito que digam que é para nosso bem, não há nada como estarmos no nosso aconchego
Se possível, devemos procurar ter uma alimentação saudável, para uma velhice de qualidade
Tudo está na prevenção, tanto nos fogos, como na nossa saúde
Extinguiram a função de guarda-florestal, o resultado está à vista!
Façam uma restruturação, no ordenamento do território, com pés e cabeça
Dotem-na de meios humanos e financeiros, a tempo inteiro
A proteção das florestas tem de ser feita todo o ano, e não só na obrigação de cortar o mato
Se, cada vez, os verões serão mais quentes e secos, então deixem-se de retóricas e de sacudirem a água do capote
Virem falar da falta de cadastro, é desculpa de mau pagador e de quem não sabe o que fazer
Vão gastar 60 milhões de euros em 2 aviões Canadair!
Não seria melhor gastarem-nos na prevenção dos incêndios?
Já se viu que não chega atirar euros para as chamas dos incêndios
O vergonhoso caso das golas é um bom exemplo!
Enquanto as negociatas estiverem acima dos interesses do país, os incêndios não serão evitados.
José Silva Costa