Silêncio & Movimento
Silêncio e vida
No doce silêncio há uma angústia lá dentro
Para onde foi o habitual movimento?
A Primavera, felizmente, contínua exuberante
Com as suas cores e cheiros
Mas as ruas continuam sem gente, nem movimento
Até o sol e a lua perguntam
Para onde foram as pessoas, que vestiam a rua?
Tão deserta e nua, parece, para sempre, abandonada
Sem cor, sem amor, despida
O equilíbrio possível, entre o silêncio e a vida
Parecem depender do nosso comportamento
É o que nos impõe este momento
Temos saudades do movimento
Mas, saboreamos o silêncio
Queremos, sempre, tudo ao mesmo tempo
“Sol na eira, chuva no nabal”
O que é que queremos, afinal!
Não sabemos. Só estamos bem onde não estamos
Dizemos querer defender o ambiente
Mas, queremos investimento
Mesmo que destrua o ambiente
Vamos ter de decidir, o que é que queremos.
José Silva Costa