O Império
O Império – As teias que o Império teceu
78
A Anastácia disse que ia fazer um jantar, para comemorar a união, porque a comida também serve para ajudar a consolidar o amor
O Elisiário disse que não sabia cozinhar, mas que dali em diante, sempre que pudesse, a ia ajudar na lida casa, e que muito esperava aprender com ela
Ela agradeceu-lhe, mostrando que estava muito contente, por ter um companheiro, que compreendia quão importante é a colaboração na manutenção da habitação, para que o casal tenha mais tempo livre, para melhor o aproveitarem, fazendo o que lhes dá prazer
Foi um jantar muito animado, a comida tem o condão de animar todas as festas e comemorações, os dois casais brindaram a tudo e mais alguma coisa, nunca aquela casa tinha estado tão cheia de felicidade e alegria, o amor tudo contagia, fazendo com que as pessoas que se sentem amadas experimente muita felicidade e alegria
A festa prolongou-se pela noite dentro, ninguém queria ser o responsável pelo fim do dia mais longo e mais feliz da Anastácia e do Elisiário, quando o cansaço os venceu, a Marina e o Roberto despediram-se e foram para o quarto, o Elisiário, mesmo não querendo mais afastar-se da Anastácia, ainda balbuciou, que ia andando, mas a Anastácia disse-lhe que não queria ficar sozinha, o que fez com os olhos de ambos brilhassem e as bocas se unissem
No dia seguinte os dois casais continuaram a celebrar, desta vez, o facto do novo membro da “família” ter começado a viver sob o mesmo teto, fazendo com que o Afonso passasse a ter quatro pessoas para o mimarem e ajudarem a crescer
De vez em quando, o Afonso chorava, como acontece com todas as crianças, fazendo com que a mãe ficasse muito nervosa
A Anastácia sossegava-a, dizendo que os bebés precisavam de muitos mimos, muito colo, porque quando estão na barriga da mãe estão muito confortáveis, andam de um lado para o outro, sentem-se protegidos
Depois de nascerem sentem falta dessa segurança, desse calor, de andarem de um lado para o outro, passam muito tempo deitados nos berços, sem o contato e o calor humano
Por isso, é muito importante pegar-lhes, massajá-los, andar com eles de um lado para o outro, dar-lhes muito carinho, tocar-lhes, para que se sintam protegidos, como quando estavam no ventre das mães
A Marina estava encantada com a sabedoria da Anastácia, sobre como cuidar dos bebés, ela que não tinha filhos
Agradeceu-lhe, mais uma vez, o quanto os tinha ajudado, e a sorte que tiveram de tê-la a seu lado, para conseguirem concretizar os seus sonhos e criarem o Afonso
A Anastácia respondeu-lhe que também ela tinha tido muita sorte em conseguir beneficiar da maravilhosa companhia deles, e de ter encontrado outro companheiro, com quem esperava ser muito feliz, tudo graças à sua nova “família”.
Continua