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09
Jan25

O Império

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95

Os primeiros dias da viagem foram muito calmos, com ventos de feição, as naus navegavam a bom ritmo, os marinheiros estavam muito contentes, era preciso aproveitar as boas condições de navegabilidade, para tentar fazer a viagem, no mais curto espaço de tempo, que nunca seriam menos de 15 ou 16 meses, dependendo de muitos fatores: ventos, estragos nos mastros e velas, reabastecimentos, carregamento das especiarias …….

A primeira viagem de Vasco da Gama demorou dois anos, nas seguintes foram encurtando o tempo por já conhecerem o caminho e saberem como contornar algumas adversidades

O Afonso estava a portar-se muito bem, sem deixar de estar, sempre, a dizer que nunca mais chegavam, perguntando quando é que a água acabava, não se esquecia da Anastácia e do Elisiário, nunca mais queria andar de barco

Os pais bem tentavam distrai-lo, contando-lhe histórias, falando-lhe de África, dos grandes animais selvagens, que ele teria oportunidade de ver, coisa que não podia fazer, na Europa, porque já tinham desaparecido desse continente

Depois de passarem um mês de calmaria, ao passarem na direção das Ilhas de Cabo Verde, enfrentaram uma grande tempestade, que parecia querer engolir os barcos, rasgando-lhes as velas e rachando um mastro

Todos temeram pela vida, até os marinheiros, que já tinham feito a viagem à Índia, diziam que nunca tinham visto uma coisa assim, o que fez com que tivessem de se dirigir para Cabo Verde, o que não estava previsto

Era preciso reparar as velas e o mastro, aproveitaram, também, para reabastecer os navios

Foram quinze dias de atraso, numa viagem, que nunca mais tinha fim

O Afonso pensava que já tinham chegado a Luanda, já perguntava onde estavam os avós

Os pais tiveram de lhe explicar o que se tinha passado, dizendo-lhe que tiveram de aportar na cidade da Praia, em Cabo verde, para reparar, nos barcos, o que o vento e as ondas tinham partido

Depois da escala forçada, fizeram-se de novo ao mar, deixaram as Ilhas de Cabo Verde, voltaram a navegar junto à costa Africana, utilizando a rota já conhecida, marcada por pontos de referência, para que não se perdessem

Voltaram a enfrentar tempestades, mas nenhuma como a que os fez aportar na cidade da Praia

Três meses e pouco de terem deixado Lisboa, avistaram Luanda, o sol estava quase a pôr-se.

Continua

 

 

 

 

 

14
Nov24

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

87

Esperava-se a toda a hora, o nascimento do bebé da Mité e do Leopoldo

O Governador estava mais nervoso que os futuros pais, não conseguia esquecer-se dos últimos momentos de vida da mulher, em que fez de tudo o que sabia, para a salvar, mas que, infelizmente, não foi suficiente

Só pedia que o parto da Mité corresse tão bem como o da irmã, a Marina, que lhe escreveu, dizendo que tudo tinha corrido bem, muito bem assistida, pela Anastácia  

Nasceu a Milay, a filha da Mité e do Leopoldo, tudo correu bem, todos estavam muito felizes, mas ninguém estava tão eufórico como o avô que, quando lhe colocaram a neta nos braços, não conseguia estar parado, não parava de chorar, até que tiveram de o ajudar a sentar-se, acalmá-lo, com receio que ele deixasse cair a bebé

As tias não podiam estar mais embevecidas com a chegada da Milay, a residência do Governador nunca mais seria a mesma, dali em diante estaria aberta a toda a cidade

Como lhes tinha sido pedido, pelo pai, iriam anunciar que tinha nascido a neta do Governador, a Milay, e convidar centenas de pessoas, para participarem na festa do nascimento da menina

Entre elas discutiam quem convidar, missão que lhes tinha sido incumbida, pelo pai, podendo convidar quem quisessem

A Mité e o Leopoldo também lhe disseram que podiam convidar quem quisessem, o que queriam é que fosse uma bonita festa, para celebrar a chegada da sua filha

As tias convidaram meio mundo, toda a cidade ficou a saber que tinha nascido a Milay, o que fez com que tenham ficado muito contentes e com a esperança de que seria uma grande festa

O Afonso tinha ficado muito triste com a conversa da Anastácia, não se queria separar dela, nem do Elisiário, pediu-lhes que fossem também para Luanda, para conhecerem os outros avós, as tias, os primos

Quando os pais chegaram a casa, correu para eles, dizendo-lhes que tinham de levar os avós para Luanda, para não ficarem sozinhos m Coimbra

Os pais, para o acalmarem, disseram-lhe que iam falar com eles e que ainda faltava muito tempo para irem para a terra deles

Adivinhava-se uma separação muito triste e dolorosa, tinham de escolher a melhor maneira de a fazerem.  

  Continua.

 

31
Out24

O Império

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O Império  -  As teias que o Império teceu

85

Quando a Mité e o Leopoldo lhe disseram que ia ter mais outro neto ou uma neta, os olhos do Governador incendiaram-se de um brilho, que a filha nunca tinha visto, a tristeza que o perseguia tinha desaparecido, para ela tinha acabado de nascer uma nova era, e a confirmação veio pouco depois, quando o pai lhes disse que queria uma grande festa, para comemorar o nascimento do bebé deles

Quando as irmãs souberam das novidades ficaram muito contentes, saltaram, dizendo que já era tempo de acabar com o luto naquele palácio, sempre fechado, sem vida, e elas, quase como freiras, privadas de contatar com pessoas da idade delas, a não ser com as empregadas e os empregados

Começaram logo a engendrar planos: era preciso convidar gente de todas as idades, mas mais rapazes da idade delas, para ver se conseguiam arranjar pretendentes e continuar a dar muitas alegrias ao pai 

As quatro solteironas estavam muito agradecidas à Mité por ter conseguido abrir o palácio, quando se juntou ao Leopoldo, ao contrário do que aconteceu com Marina e Roberto, que foram para a Metrópole estudar, não causando nenhuma alteração no comportamento do pai, que continuava a cumprir um luto carregado, depois de tantos anos da morte da mãe delas

Com o nascimento do bebé da Mité e do Leopoldo tudo iria mudar, como se vira, aquando do anúncio da gravidez, que fez o pai dizer que queria uma grande festa, para comemorar o nascimento do novo membro da família

Ainda faltavam uns meses, e isso é que seria mais difícil de suportar, quando não estamos à espera do acontecimento não medimos o tempo, mas se queremos muito que o acontecimento, esperado, chegue, as horas, os dias, os meses passam mais devagar, e essa espera, por vezes, desespera

O Governador foi dar a boa nova à comadre, a Rosinha, encontrou-a na cooperativa, onde passava a maior parte do seu tempo, transmitindo os seus conhecimentos aos mais novos

Quando o viu entrar, ficou muito contente, eram bons amigos, sempre que a visitava, era para lhe trazer notícias do filho, da nora e do neto

Mas, desta vez não havia notícias de Coimbra, mas não deixaram de se interrogar como estariam a Marina, o Roberto e o Afonso, sem resposta, confortava-os o facto de, pelas contas deles, já não faltar muito para os verem

Sem conseguir guardar por mais tempo o motivo da visita, disse-lhe que a filha mais velha estava grávida, a comadre ficou muito contente e deu-lhe os parabéns, acrescentando que quando as outras quatro casassem, ficaria com a casa cheia de netas e netos.

Continua

 

 

05
Set24

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

77

O Governador não a deixou ir sozinha, acompanhou-a à cooperativa, onde ambos foram recebidos com muita alegria, mas mais alegria houve, quando a Rosinha anunciou que tinha recebido uma carta do Roberto, dizendo que a Marina tinha tido um menino, e que se chama Afonso, por isso estavam muito felizes

Todos foram contagiados pela alegria da avó e do avô, beijaram-se e abraçaram-se, desejando muitas felicidades para os jovens pais e herdeiro, pedindo que o tempo passasse depressa para conhecerem o Afonso e voltarem a ver a Marina e o Roberto

Os avós também fizeram o mesmo pedido, a Rosinha acrescentou que era pena, o   Januário,não estar cá, para participar numa festa tão alegre e bonita

No regresso, enquanto acompanhava a Rosinha a casa, o Governador, que não cabia em si de contentamento, desabafou, dizendo: “ tenho 6 filhas, e foi a mais nova que me deu o primeiro neto, as outras, não compreendo o que querem, continuam a rejeitar os pretendentes, dizem-me que ainda não encontraram os príncipes, que as encantem, deve-lhes ter subido à cabeça o facto de serem filhas do Governador, o que não as torna diferentes das outras

A Marina apaixonou-se pelo seu filho, e como vemos, são um casal muito feliz, e seremos todos muito mais felizes, quando eles regressarem com o nosso Afonso”

Despediu-se da Rosinha, beijando-a e abraçando-a, dizendo que estava muito atrasado, que tinha muitos assuntos para tratar, mas que estava muito feliz, tinha sido um dos dias mais felizes da sua vida, e que, em breve, esperava trazer-lhe mais e boas notícias

A Rosinha agradeceu-lhe por tudo: pelas excelentes notícias e pela companhia, e acrescentou que só queria viver até a Marina e o Roberto regressarem a Luanda, acompanhados do Afonso

O Elisiário, no dia seguinte, não perdeu a oportunidade de ir ver o afilhado e a Anastácia, já não conseguia passar sem os ver todos os dias

Quando a Anastácia lhe abriu a porta, recebeu-o com um sorriso diferente, como que a anunciar que lhe iria dizer que aceitava o seu pedido de casamento

Dirigiram-se para o quarto do Afonso, onde o jovem casal contemplava o fruto do seu amor

Depois de se cumprimentarem e o Elisiário ter observado o afilhado, fez-se um minuto de silêncio, que a Anastácia aproveitou para lhes dizer que, uma vez que a família estava reunida, queria dizer ao Elisiário que, depois de ponderar sobre seu pedido, o aceitava como prova de amor reciproco

Foi um grande momento de alegria e felicidade: beijaram-se, abraçaram-se, todos queriam  que aquela felicidade e alegria se prolongassem para sempre

E, para que tudo ficasse esclarecido, a Anastácia disse ao Elisiário que se podia mudar, lá para casa, assim que quisesse e, se estivesse de acordo, não seriam precisas formalidades

O Elisiário disse que estava completamente de acordo, que no dia seguinte se mudaria lá para casa, e iria trazendo os seus poucos pertences até entregar a chave do quarto ao senhorio

Tirou do bolso do casaco, uma caixinha com um bonito anel, que entregou à Anastácia, esta ficou encantada com o bonito anel, beijaram-se mais uma vez, agradeceu-lhe muito a bonita prenda, pediu-lhe que lho enfiasse no dedo, e que dali em diante seriam mulher e marido.

 

Continua

 

 

 

15
Nov21

A pintura

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A pintura

 

O vento liso desliza suavemente sobre o monte

Leva o perfume e o branco frio à sua frente

Tudo à sua volta é atraente

As altas árvores, de folhas pintadas com as cores do outono, encantam

Mostram-nos um lindo quadro, pintado pela Natureza

O riacho corre, sonolento, encosta a baixo, amolecendo a sua dureza

Com pressa de dar de beber ao rio, vazio

Triste, por ver as hortas, das suas margens, mortas

Pomares sem flores, cheios de dores, a morrerem de sede

As abelhas estão preocupadas, sem flores, por quem é que vão ser alimentadas?

Esperam que aqueles que vivem do seu tralho, não as abandonem

A biosfera é composta de muitas interdependências

Esta nossa casa tem muitas vizinhanças

É da nossa responsabilidade mantê-la habitável

Mas, a nossa ganancia não é sustentável

Queremos, sempre, mais e mais

Desflorestamos tudo, para termos mais terrenos aráveis

Sem nos preocuparmos com quem vivia lá dentro

Que ficou sem qualquer sustento!

Será que ainda vamos a tempo de virar este momento?

Os técnicos dizem que não podemos perder mais tempo.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

28
Out20

Nova era

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Uma Nova Era

De nariz e boca tapada

Vamos todos de ter de andar uma temporada

Para evitar a entrada da bicharada 

Vai fazer com que tenhamos o nariz quentinho e a boca sem cieiro

Nem tudo é mau, daqui até janeiro

Estávamos a exagerar nos festejos do Natal e Ano Novo

Este ano cada um vai ficar no seu canteiro

Poupa-se tempo e dinheiro

Pagamos bem caro os erros, já podemos passar sem ir ao estrangeiro

A Natureza faz-nos recuar, quando não a sabemos respeitar

É tempo de mudar!

Quanto mais depressa o fizermos, menos sofreremos

Não podemos continuar a correr sem parar

Tudo tem um limite, e nós estávamos a abusar

Somos obrigados a parar, para pensar

Temos de voltar a ter tempo para viver e amar

Não podemos querer o Mundo abarcar

Não precisamos de passar a vida a acumular

Para, de um segundo para o outro tudo deixar

Todos temos direito a ter um lugar

Mas há quem queira com o dos outros ficar

A ganância é a nossa perdição

Temos de dar mais atenção aos outros

Temos de voltar a admirar a Natureza

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

  

15
Jun20

O amor

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O amor

Foi o teu olhar radioso

Esse olhar encantador

De uns olhos de flor

Que mudam de cor

Que me prenderam

Para sempre!

Acompanhados de um boca de amora

Com uns rubros lábios

Onde o amor mora

E o meu coração chora

De alegria!

Por poder beijá-los todo o dia

Não posso, deles, apartar-me

Prendeste-me!

Com essa magia de encantamento

Há muito tempo!

De que já não sei bem ao certo quanto

Mas, há quase cinquenta e cinco anos, que vivemos sob o mesmo teto

Como te agradeço as flores, que nos deste!

Que nos deram, ainda, mais flores

Para o nosso jardim perfumarem

Perfume, que esperamos, perdure pelos séculos

Enquanto, vamos, do perfume, desfrutando.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

15
Mai20

Estranho

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Estranho

Estranho o barulho do silêncio

Estranho o muito tempo

Estranho o preço deste tempo

Estranho o tempo sem tempo

Estranho o movimento deste tempo

Estranho o adiamento deste tempo

Estranho todo este tempo

Estranho o desequilíbrio do rendimento

Estranho que não aproveitem este tempo para mudarem o futuro tempo

Estranho que não oiçam o que diz o tempo

Estranho que não acudam aos que não podem esperar mais tempo

Estranho que não vejam os que nunca tiveram tempo

Estranho que só alguns tenham direito ao tempo

Estranho ver tudo encerrado

Estranho ver o gato arreliado

Estranho esta vida de confinamento

Estranho estar preso no tempo

Estranho não ter liberdade de movimento

Estranho ter de estar, sempre, neste apartamento

Estranho o nosso novo aspeto

Estranho ver o Mundo, sem movimento

Estranho o cheiro intenso

Estranho tanto avião no estacionamento

Estranho não ouvir a campainha do agrupamento

Estranho a saída de homicidas da prisão

Estranho a multidão no paredão

Estranho o meu comportamento

Estranho como me habituei a este tempo.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

26
Abr19

Campanhas eleitorais

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Esbanjar

Indiferentes aos vinte por cento de pobres, deficientes serviços públicos, baixos salários

Os partidos continuam surdos e mudos aos sinais dos tempos

Não aceitaram que os diferentes atos eleitorais se realizassem todos no mesmo dia!

Preferem meio ano de campanhas eleitorais, porque já produzimos demais!

Quanto se poderia poupar? Parece que temos muito, para esbanjar

Vão gastar cinco milhões, só para as europeias

Não admira que falte, para tantas coisas, também, muito importantes

Tornaram-se máquinas opressivas, que só veem e ouvem os que os apoiam

Quem discordar ou opinar é imediatamente insultado e expulso

No Governo e em algumas autarquias criaram centros de emprego

Primeiro para os familiares, para os outros só se sobrar.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

19
Nov18

Presente de Natal

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Prendas de Natal

Prendas de Natal, sem o vil metal

Este ano dê tempo, amor, amizade, coisas com valor

Visite uma amiga/o na cadeia, num lar, num hospital

Há situações em que dois dedos de conversa têm muito amor

As prendas que não se vendem nos supermercados deixam-nos esperançados

Que o mundo continua, de pessoas, povoado

Que ainda não estamos, pelos robots, ameaçados

Que, apesar de não termos tempo para nada, ainda nos conseguimos das redes digitais, nos, desligar

Por poucos minutos que sejam, vai ser um presente diferente

Lembre-se que nada substitui um abraço, um beijo, um olhar, um sorriso

Ganhe um dia, uma manhã, uma tarde ou uma noite com os filhos, netos, sobrinhos, afilhados

Acompanhando-os num evento escolhido, por eles

Eles vão preferir, a enterra-los em brinquedos

Hoje, muitos miúdos reclamam mais tempo com os progenitores

E, nós, muitas vezes, não nos apercebemos dessas dores

Pensando que podemos comprar o tempo, que lhes devemos

Comprando-lhes tudo o que querem

Uma alegria que só dura o tempo enquanto as prendas desembrulha

Num mundo virtual, continuarmos humanos é essencial.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

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