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27
Jan22

Pais (6)

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Pais (6)

Ao longo dos anos foram experimentando o que pensavam ser do seu agrado, mas como em tudo, só depois de se experimentar é que se sabe do que se gosta

A Inês acabou por escolher a natação e o Pedro o futebol. Mas o que os pais queriam era tirá-los dos ecrãs, sem ser à força, porque os computadores e os telemóveis vão ser os responsáveis por muitas miopias, uma doença irreversível, que vai atacar muitos dos jovens, que passam os dias sem verem o sol

O melhor estratagema, para os tirar dos computadores, é proporcionar-lhes uma atividade, que os entusiasme tanto ou mais que estar on-line

Faziam uma grande ginástica para acompanharem os filhos nos tempos livres, quando não dava para irem os quatro juntos, ia um par para cada lado, a Ana gostava de acompanhar o filho ao futebol

Desde o primeiro dia que tinha ficado horrorizada com o comportamento dos pais de miúdos de 10 ou 11anos, incentivando-os, sonhando com grandes craques, que fossem famosos e ganhassem milhões

Pais e mães gritavam de fora do campo: “ vai para cima dele, dá-lhe uma canelada, uma cotovelada, corre, remata, rasteira-o”

A Ana não queria acreditar no que via e ouvia, tinha de fazer alguma coisa, mas sentia-se um soldado contra um exército

Disse ao filho para nunca magoar, intencionalmente, os colegas ou os adversários, porque seria o suficiente para o tirarem do futebol

Quando contou, ao Francisco, o que se passava, este ficou curioso e disse que também queria ver o horrível espetáculo, porque nos poucos dias em que acompanhou o filho ao futebol, ou não houve, ou estava tão embevecido a ver o filho, que não deu por nada

Não sabiam o que fazer, mas não queriam enfrentar meia centena de pais enfurecidos a incentivarem os seus rebentos para serem grandes craques da bola

O melhor seria falarem com o presidente do clube e o treinador

Entretanto chegaram as férias grandes, e a Inês e o Pedro foram para casa dos avós, que cada vez estavam mais orgulhosos dos netos

Os netos são as flores dos avós, e este gostavam de apresentarem as suas lindas flores a todos os que regressavam de férias, vindos dos diversos países, onde estão emigrados, e enchiam a aldeia, de nova vida

Já não passavam sem o mês de férias dos netos. Quando as férias acabavam, sentiam que a casa ficava sem vida, e sonhavam com as férias do próximo ano

Também os netos não se importavam que as férias continuassem, o convívio com os filhos dos emigrantes tinha-se intensificado nos bailaricos e nos namoricos, fazendo com que as despedidas fossem dramáticas, porque os namoros na adolescência são, sempre, platónicos

O mês de Agosto é um mês de férias, um mês de sonhos, o mês, por todos, mais desejado.

Continua

 

17
Mai19

Rosas

cheia

Rosas de Maio

Nas asas da Natureza

Vejo toda a tua beleza

Lábios de rubro veludo

Como as Rosas de Maio

Todas as manhãs sigo os teus passos

Todos os dias vou no teu encalço

Para saborear o teu perfume

Que armazeno na memória

Para desfrutar dele a qualquer hora

Mas, tu não olhas para ninguém

Não tiras os olhos do telemóvel

Do eBook, onde lês os romances

E, andamos assim há anos!

E, tu sem saberes que vivo para te ver

Mas tu não tiras os olhos dos romances!

Nem sequer, para a cor, lhes ver

Hoje, ninguém tem tempo de olhar para o próximo

Absortos no seu mundo, de fones nos ouvidos

Dedos e olhos pregados nos telemóveis

Passamos todos os dias, quase uma hora

Lado a lado, no comboio, mas nem uma palavra!

Antigamente, conseguíamos entabular um diálogo

Nem que fosse a falar do tempo

Depois, todos os dias desabafávamos sobre a vida

Emprestávamos livros uns aos outros

Jogávamos às cartas

Agora nem os bons dias, damos uns aos outros

Como faço, para te dizer, que sem ti não passo?

José Silva Costa

 

 

 

 

Rosas de Maio

Nas asas da Natureza

Vejo toda a tua beleza

Lábios de rubro veludo

Como as Rosas de Maio

Todas as manhãs sigo os teus passos

Todos os dias vou no teu encalço

Para saborear o teu perfume

Que armazeno na memória

Para desfrutar dele a qualquer hora

Mas, tu não olhas para ninguém

Quanto mais para mim!

Não tiras os olhos do telemóvel

Do eBook, onde lês os romances

E, andamos assim há anos!

E, tu sem saberes que vivo para te ver

Mas tu não tiras os olhos dos romances!

Nem sequer, para a cor, lhes ver

Hoje, ninguém tem tempo de olhar para o próximo

Absortos no seu mundo, de fones nos ouvidos

Dedos e olhos pregados nos telemóveis

Passamos todos os dias, quase uma hora

Lado a lado, no comboio, mas nem uma palavra!

Antigamente, conseguíamos entabular um diálogo

Nem que fosse a falar do tempo

Depois, todos os dias desabafávamos sobre a vida

Emprestávamos livros uns aos outros

Jogávamos às cartas

Agora nem os bons dias, damos uns aos outros

Como faço, para te dizer, que sem ti não passo?

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rosas de Maio

Nas asas da Natureza

Vejo toda a tua beleza

Lábios de rubro veludo

Como as Rosas de Maio

Todas as manhãs sigo os teus passos

Todos os dias vou no teu encalço

Para saborear o teu perfume

Que armazeno na memória

Para desfrutar dele a qualquer hora

Mas, tu não olhas para ninguém

Quanto mais para mim!

Não tiras os olhos do telemóvel

Do eBook, onde lês os romances

E, andamos assim há anos!

E, tu sem saberes que vivo para te ver

Mas tu não tiras os olhos dos romances!

Nem sequer, para a cor, lhes ver

Hoje, ninguém tem tempo de olhar para o próximo

Absortos no seu mundo, de fones nos ouvidos

Dedos e olhos pregados nos telemóveis

Passamos todos os dias, quase uma hora

Lado a lado, no comboio, mas nem uma palavra!

Antigamente, conseguíamos entabular um diálogo

Nem que fosse a falar do tempo

Depois, todos os dias desabafávamos sobre a vida

Emprestávamos livros uns aos outros

Jogávamos às cartas

Agora nem os bons dias, damos uns aos outros

Como faço, para te dizer, que sem ti não passo?

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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