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19
Out23

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

31

 

Dois anos depois, os brasileiros fizeram-se de novo ao mar, queriam, a todo o custo, expulsar os holandeses e reconquistar a bonita cidade de Luanda, com cinco mil casas de alvenaria e um bom mercado de escravos

Desta vez, capitaneados pelo governador do Rio, Salvador de Sá

Largaram da Baía de Guanabara, no dia 12 de Maio de 1648

Para angariar e recrutar soldados, Salvador de Sá apelou ao apoio divino

Os Jesuítas pregaram por toda a colónia, pedindo a expulsão dos “hereges calvinistas”

Conseguiram reunir cerca de 1.200 homens, que foram distribuídos por 11 naus e quatro pequenas embarcações

O Padre António Vieira, que defendia os indígenas e os escravos, criticou o governador, por deixar o Rio de Janeiro, sem defesas

A Miquelina, finalmente, sentiu que o seu corpo estava diferente, numa bonita manha, depois do Ezequiel sair, para o trabalho, sentiu algo mexer dentro do seu ventre

Ficou florida de felicidade, tinha de planear como dar a maravilhosa notícia ao marido

Tinha de ser um momento inesquecível, queria agradecer-lhe por a ter, sempre, animado, fazendo com que conseguisse engravidar, o que ambos tanto queriam

Foi um dia longo, as horas não passavam, o Ezequiel não aparecia, e ela, cada vez, estava mais ansiosa

Tinha de se controlar, para que o momento de tão boa revelação fosse o momento mais feliz das suas vidas

Aquando da largada da Baía de Guanabara, o mar não colaborou, duas naus, a Gamela e a Canoa, tiveram de voltar pra o Rio de Janeiro

Quando avistaram a costa de África, só tinham onze dos quinze navios, que tinham saído do Brasil

Estava planeado atracarem a Benguela, mas ancoraram em Quicombo, no dia 27 de Julho

enquanto se preparavam  para o desembarque, cerca das 2 horas, na noite escura, uma onda gigante partiu e afundou o navio São Luís, levando consigo mais de 200 soldados, entre os melhores da expedição.

 

(fonte: civilizaçõesafricanas.blogspot.pt)

 

 

Continua

 

 

 

04
Mai19

Primavera portuguesa

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Portugal deitou-se nas trevas de uma ditadura

Acordou na radiosa Primavera de 1974

Ninguém imaginou que estávamos na esquina do futuro!

Passou o dia na incerteza de qual seria o seu futuro

Foi uma noite, que se prolongou por todo o dia, sem se saber o desfecho

Na falta de um cigarro, que um soldado pediu a uma senhora, para queimar o nervosismo

Esta, muito triste por não ter cigarros, deu-lhe um cravo vermelho, que ele colocou, no cano da espingarda

Foi o fim das guerras coloniais, o nascimento da revolução dos cravos

Mas, a noite, a madrugada e o dia foram muito longos e de muita ansiedade

Primeiro foi o frente a frente, na rau do Arsenal, dos carros de combate de Cavalaria

Felizmente, imperou o bom senso: os militares do Regimento de Cavalaria nº7, de Lisboa, não obedeceram à ordem de fogo

Estava ultrapassado o primeiro obstáculo: os militares não iam disparar uns contra os outros

De seguida os homens da Escola Prática de Cavalaria, de Santarém, comandados por Salgueiro Maia, dirigiram-se para o Convento do Carmo, onde se tinha refugiado o Primeiro-Ministro, Marcelo Caetano

Depois de posicionados os carros de combate, para a eventualidade de terem de disparar, o largo do Carmo começou a encher-se de populares

Ao longo da tarde, por várias vezes, Salgueiro Maia utilizou um altifalante, pedindo que se rendessem

Sem resposta dos sitiados, o comandante militar mandou disparar uma rajada de metralhadora, sobre o edifício

Passado algum tempo, depois deste aviso, entrou no Convento um carro com o General Spínola, para que Caetano lhe entregasse o Governo do país

Foi um dia muito longo e muito importante, não só para os portugueses, como para todas as colónias portuguesas

Com a nossa Revolução nasceu uma nova era

O Mundo nunca mais foi o que era.

José Silva Costa

 

 

 

 

23
Abr19

45 anos

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25 de Abril de 2019 ( 45 anos)

Quarenta e cinco anos, na vida de uma pessoa, pode ser muito tempo, mas na vida do Mundo, ou de um país, não é nada!

Há 45 anos fomos acometidos por tantos sonhos, tantas expetativas, e, hoje, olhamos para trás e o que é que vemos!

Um rasto de corrupção, de vaidades, de desigualdades; aumentaram os muito ricos, muito pobres e os sem-abrigo

Para alguns, viver é mesmo um castigo!

A justiça não funciona: nem mesmo depois de o processo ter transitado em julgado, o condenado, para a prisão, não é levado

Felizmente ainda, podemos falar, mas isso não chega!

Com uma dívida de mais de 120% do produto Interno Bruto

Que nos custa, em juros, 14% dos impostos: a 3ª maior fatia, mais do que a educação!

Não conseguir um emprego é uma maldição

Com salários e pensões miseráveis, continuamos na cauda da Europa

Nem tudo é mau: temos muito mais e melhores vias de comunicação

Muito melhor educação e cuidados de saúde

Mas não conseguimos estancar o abandono do interior

Nem mesmo com avultados investimento em infraestruturas: água, luz, esgotos

Em localidades, que nunca teriam visto estes fatores de progresso

Se não tivesse acontecido a revolução

Mas, tudo foi em vão, porque muitas vão ficar sem nenhuma habitação

Num país tão pequeno, será assim tão difícil conseguir uma melhor distribuição!

Do dinheiro, para investimento, para conseguir fixar a população

Do talento, para fazer vibrar todo o território, e não só o litoral!

Pobre pais, que depois da revolução, já tiveste de chorar, três vezes, no ombro do FMI

Não conseguiste aproveitar os rios de dinheiro, que da europa, recebeste

Gasto em formação profissional, na qual ninguém aprendeu nada, por que o fim era o dinheiro conquistar

Em estufas, que se transformaram em carros de alta gama

Em aviários, que poucos anos duraram

Nos bolsos de alguns muito terá ficado!

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

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