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15
Mai25

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

113

Quando saíram da mata e depararam com leoas e leões a banquetearem-se com uma zebra, todos ficaram arrepiados, mesmo os que já tinham visto refeições semelhantes, o facto de serem apanhados de surpresa, fez com que ficassem muito tristes, esquecendo-se de que a natureza está muito bem organizada e a cadeia alimentar não é exceção

Alguns temeram pela vida, ficaram parados, queriam voltar para dentro da mata, mas o senhor Rocha tranquilizou-os, dizendo que os leões não os atacariam, e se isso acontecesse, bastaria fazerem um pouco de lume, para que eles os deixassem em paz

Serenados os ânimos, procuraram uma picada, (caminho estreito através do mato, dicionário da  Porto Editora ) por onde pudessem regressar a casa, não havia tempo a perder, o sol não esperava, tal como eles, também se sentia cansado, mas enquanto eles tinham uma casa à sua espera, onde poderiam descansar, ele não tinha ordem de descansar, já tinha outros povos à sua espera, para os iluminar 

Foi uma jornada extenuante, mas todos diziam ter valido a pena, porque a natureza é encantadora, e temos muito a aprender com ela, de regresso a casa, tinham muito para contar

O almoço, onde tinham decidido escolher a data do casamento, correu muito bem, mas o pai da noiva disse que era melhor os noivos escolherem a data em que queriam casar

A Zulmira e o Miguel não perderam tempo, ele sugeriu-lhe que marcassem o casamento para o dia dos anos dela, que estava prestes a chegar, concordou e agradeceu-lhe ter-se lembrado do seu aniversário

Foram, juntos, à cooperativa anunciar o data do seu casamento e convidar, todos, para o mesmo, acrescentando que seria uma cerimónia simples, à qual todos teriam acesso, tivessem ou não sido convidados

O Miguel tinha pressa em ter a Zulmira a seu lado, para o ajudar a gizar o plano, que iria transformar a Colónia, como tinha prometido ao Rei

Pensava implementar um imposto, para criar uma autoridade, que ocupasse o território, que impedisse o seu desmembramento por algumas potências, que há muito o cobiçavam

Não sabia como, não havia moeda, era tudo à base te trocas de bens ou serviços. Afinal, no terreno, era tudo muito mais complicado do que imaginara, em Lisboa

Queria muito saber a opinião da Zulmira, mas não a queria ocupar com essas preocupações, antes do casamento

Já tinha sondado o seu antecessor, seu conselheiro, mas a proposta não tinha merecido a sua simpatia.

Continua

     

08
Mai25

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

112

Antes de se despedirem, ainda, tiveram tempo para marcar um almoço, no palácio do Governador, para toda a família, a fim de escolherem a data do casamento e como seria a cerimónia, que deveria ser simples, como informou o Miguel, um pedido da noiva

A turma do Roberto estava ansiosa, para que chegasse o dia da nova aula do senhor Rocha, que lhes tinha prometido de que iriam entrar numa mata onde, em certos sítios, não seria possível ver o sol, porque as altas árvores estariam cobertas de lianas, dificultando a penetração na mata, que teria de ser feita com catanas, para abrir trilhos por onde pudessem passar

No dia aprazado, ninguém faltou, todos estavam curiosos em saber o que se iria passar, as expetativas eram muitas, uns esperavam ver elefantes, outros leões, hienas, rinocerontes, zebras, como se os animais, na floresta, estivessem à espera deles

O guia aconselhou que não se assustassem, nem fizessem barulho, caso vissem algum animal, para que ele não se sentisse ameaçado, porque os animais, normalmente, só reagem quando se sentem em perigo

Antes de entrarem na mata, num charco, perto de um rio, viram um grande crocodilo a apanhar banhos de sol, estiveram alguns minutos a contemplá-lo, olhou-os, mexeu-se um pouco, parecendo ter a incumbência de lhes desejar boas-vindas

O guia fez uma pequena palestra, pediu-lhes para seguirem em fila indiana, tentando não fazer barulho, para ver se conseguiam ver algum animal, ainda a dormir ou a descansar, depois de uma noite de procura de alimento

Dois homens, munidos de catanas iam abrindo caminho, o senhor Rocha colocou-se a meio da fila, para que todos ouvissem as suas explicações, o Roberto fechava a fila, para que ninguém ficasse para trás e se perdesse

Passado mais de uma hora, sem que acontecesse algo de extraordinário, a não ser o cansaço e a dificuldade na visibilidade, uma brusca agitação fez as árvores e as lianas estremecerem, era uma enorme cobra a deslocar-se, por cima das cabeças dos intrusos, que entraram na sua casa, sem autorização, acordando-a dos seus belos sonhos

Alguns gritaram, outros agacharam-se, para que ela não lhes tocasse, mesmo que ela estivesse a mais de um metro de altura, acima das suas cabeças. O senhor Rocha pediu-lhes que parassem e não fizessem barulho até ela se distanciar

Recuperados do susto, seguiram à descoberta dos segredos da impenetrável mata

Mas, o tempo escasseava, não podiam ficar presos na mata, tinham de sair o mais depressa possível, o regresso à claridade foi arrepiante.

Continua

 

 

 

   

 

 

23
Jan25

O Império

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O Império  -  As teias que o Império teceu

97

Chegara a hora de atracar a nau do comandante da armada, era preciso agir rapidamente, porque as horas de sol eram poucas

Enquanto estiveram ao largo, a Marina e o Roberto explicaram ao filho que a linda cidade, que viam, era Luanda, a sua cidade, onde contavam encontra  a avó Rosinha, o avô Manuel, governador da colónia de Angola, e muitos outros familiares: uma tia avó e um tio avô, muitos tios, tias e as primas Milay e Milene

O areal estava semeado de gente, todos queriam ser os primeiros a ver quem vinha para Angola e quem regressava à sua terra

A Rosinha, o compadre e restante família estavam junto à escada, que ligava o cais à nau, o primeiro a sair foi o comandante da armada, a quem o governador deu as boas-vindas, o comandante agradeceu-lhe a calorosa receção e disse que lhe entregava a filha, o genro e o bonito neto sãos e salvos, a seguir a Marina abraçou e beijou o pai, que a seguir abraçou o genro, pegou ao colo o Afonso, não parava de o beijar e abraçar, parecia querer recuperar todo o tempo em que não o pôde ver

Mal o avô o libertou, a avó olhou-o de alto abaixo, prendeu-o nos seus magros e longos braços, beijou-o, disse-lhe que era muito bonito, que estava muito feliz por o conhecer

Não havia tempo, para mais cumprimentos, o sol, em breve, imediatamente desapareceria, o Governador, acompanhado do Comandante da Armada, pediu, que os seguissem, que se dirigissem, todos, para o palácio, onde poderiam continuar a falar, da longa separação, do que uns e outros, dos dois continentes tinham para contar, de todas as novidades dos  cinco anos

O Afonso estava atónito com tantos beijos e abraços, quando chegou ao palácio, à casa do avô, foram as tias, os tios e as primas, ( a Milene, mais velha que ele e a Milay, a mais nova dos três)  a abraçarem-no e a beijá-lo

Quando se viu livre de tantos beijos e abraços, foi brincar com as primas, a Milay, que vivia no palácio com os pais e o avô, foi mostrar-lho e tentar adivinhar onde é que ele iria dormir

Enquanto os adultos continuavam a falar sobre os cinco anos de ausência, da Marina e do Roberto, na Europa, querendo saber como era a Metrópole, como eram Lisboa e Coimbra, as duas cidades, que eles conheciam, havia muita curiosidade para saber quais eram as grandes diferenças entre a África e a Europa. O Afonso e as primas, cansados de tanta euforia, já faziam planos, para o dia seguinte, porque a noite já ia longa e o sono apertava

 

Continua

 

16
Jan25

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

96

Quando avistaram terra, ficaram eufóricos, era sempre assim, em todas as viagens, com todos os marinheiros e passageiros, chegar a terra firme era como que conseguir uma vitória

Como o sol se estava a pôr, fundearam na baia de Luanda, fazendo com que os passageiros com destino a Luanda, tivessem de dormir mais um noite abordo

A Marina e o Roberto estavam tão eufóricos, com a chegada à sua terra natal,  que não conseguiram dormir, no dia seguinte, pelas seis horas, quando o sol rebentou e iluminou  tudo, Luanda vista do mar parecia, ainda, muito mais bonita

As árvores, umas floridas, outras com frutos, com os embondeiros em destaque, com os seus frutos a lembrarem ratazanas penduradas pelo rabo, deslumbravam o olhar

A Marina e o Roberto estavam encantados com os muitos recantos, que nunca tinham visto, ainda não tinham tido oportunidade de ver, do mar, a beleza da linda cidade de Luanda, para eles parecia que tudo era novo, que tudo tinha sido lá colocado, depois de terem ido para a Metrópole

O sol já ia alto, os barcos continuavam fundeados, sem se mexerem, a ansiedade era muita, em terra as pessoas agitavam-se, acenavam, pareciam não perceber a razão pela qual não atracavam, na cidade, já todos sabiam da chegada das naus da carreira da Índia

A Marina e o Roberto, não queriam incomodar o comandante da armada, que andava a constituir as equipas e distribuir as tarefas, para que tudo corresse bem

Mas, também, eles não compreendiam a razão de tanta espera, vendo que o comandante tinha feito uma pausa, decidiram aproximar-se dele e perguntar-lhe por que razão a nau não atracava. Respondeu-lhes que estavam à espera que a maré subisse, para puderem proceder às manobras de atracagem, mas que em breve iam levantar ferro, para se encaminharem para o cais

Ninguém queria perder o espetáculo do desembarque, todas as viagens traziam passageiros para Angola, havia, sempre, abraços, beijos e choros de alegria, por terem conseguido chegar sãos e salvos

Os familiares da Marina e do Roberto não passaram o dia no cais, porque o Governador tinha sido informado da hora prevista para a atracagem.

Continua

 

 

11
Mai23

O Império

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O Império - As teias que o Império teceu

8

Assim que o sol os voltou a iluminar, ele apertou-a nos braços, beijou-a, acariciou-a, tentando que ela percebesse que não lhe faria mal

Mas um dos grandes problemas era entenderem o que cada um dizia, recorriam aos gestos, que, também, não resolviam o problema, ainda que ajudassem, só o tempo ajudaria a que cada um aprendesse a língua um do outro

Não sabia o seu nome, batizou-a de Rosinha, era a sua Rosinha, que parecia mais calma, talvez já tivesse acreditado que ele não lhe queria fazer mal

Estavam cheios de fome, comeram os búzios, que ela tinha apanhado no dia anterior, que ela teria vendido, caso não tivesse sido raptada

Vendo que ele não a deixava voltar para junto da mãe e das irmãs, os irmãos e o pai tinham sido levados como escravos, encaminhou-se para um terreno com muitas árvores, conseguiu que ele percebesse que ia à procura de comida

Apanharam mangas, bananas e mandioca, no meio de toda aquela azáfama, em que ele parecia estar completamente perdido, por estar cansado, não ter dormido e estar sob uma grande pressão, com medo que aparecesse algum animal, que lhes fizesse mal, encontraram um grande embondeiro, cujo tronco, tinha uma grande cavidade onde podiam dormir

Comeram umas frutas, estavam muito cansados, na noite anterior não tinham dormido nada, para além de estarem, ambos, sob grande tensão, nervosismo e medo

Aquele tronco seria dali em diante a sua casa, enquanto não tivessem outra melhor

O Januário sabia que já não aguentava outra noite sem dormir, mas tinha medo que a sua Rosinha aproveitasse para fugir

Depois de estarem deitados lado a lado, o Januário, que já tinha tirado o cinto, passou-o por uma perna dela e outra dele, para que ela não fugisse

Foi uma noite muito tranquila, como estavam exaustos dormiram toda a noite e acordaram com muito boa disposição

O Januário achava que ela estava conformada, que não queria fugir, dava sinais de gostar da companhia dele

A maior dificuldade era não conseguirem dizer um ao outro o que queriam, tanto um como o outro desesperava por não se conseguirem entender, depois de muitos gestos e muito cansaço desistiam, já se conseguiam entender no que dizia respeito a comer, procurar comer e água

Ele já notava que os olhos dela brilhavam quando a beijava, a apertava contra ele, lhe afagava   os cabelos

Tanto que ela gostava de lhe fazer compreender que queria ir dizer à mãe e às irmãs que estava bem, que estava muito contente por ele a tratar tão bem e lhe dar sempre as frutas maiores, as mais maduras, que a tratava como uma princesa.

Continua

30
Mar23

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

2

Os descobrimentos portugueses foram um grande empreendimento, não foi menor o sofrimento, lutar no oceano contra o vento, o imprevisto, o desconhecido, tudo foi tão sofrido

Não foram só os elementos naturais, que tiveram de enfrentar, também a alimentação foi uma grande preocupação: falta de alimentos, alimentos estragados, água cheia de bichos, um inferno, de muitos, desconhecido

Nem com a primeira estação de serviço, na Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo, os problemas foram resolvidos, seriam precisas muitas mais estações de serviço entre Lisboa e Nagasaki

Contra ventos e marés, os portugueses nunca viraram a cara ao perigo, e com arte e engenho lá foram criando fortalezas, feitorias, erguendo padrões, tudo para conseguirem controlar o comércio da seda e das especiarias da Índia

Oh imenso mar, se pudesses falar, muito poderias dizer, sobre a bravura dos portugueses!

Tanta gente que morreu, de um país tão pequeno, para saberem o que havia para além de ti

Criaram um Império, que ia de onde o sol nasce até ao pôr, e também o meio-dia o via

Para ficarmos famosos, para nos livramos” da lei da morte” tudo fazemos, de todos os sacrifícios somos capazes, querermos ser famosos, faz-nos ser audazes

Vasco da Gama ficou famoso por ter conseguido ir à Índia, mas fala-se menos dos custos, de quantas vidas foram perdidas, de quantos filhos ficaram órfãos, de quantas mães perderam os filhos, de quantas noivas ficaram por casar, de quantas mulheres ficaram sem marido

No regresso da sua primeira viagem, o seu irmão, Paulo da Gama, adoeceu, diz-se com o mal de Luanda, (o escorbuto) outra designação, porque tanto as naus que saíam de Lisboa, em direção à Índia, como as que saíam da Índia em direção a Lisboa, antes de chegarem a Luanda, já todos os alimentos frescos tinham acabado, quase tudo já estava estragado, e a doença aparecia

O irmão tentou salvá-lo, ordenou que se dirigissem para a Ilha Terceira, para Angra do Heroísmo, sendo que a uma das naus foi dada ordem de que seguisse para Lisboa, para darem a boa nova ao Rei

Não resistiu, chegou morto ou muito doente, ficou sepultado na Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo, no meio do Atlântico, foi o preço pago por ter tido a oportunidade de participar na primeira viagem à índia

Os anónimos, os que não têm nome, aqueles que ninguém sabe quem são não tiveram tanta sorte, não tiveram sepulturas eternas, foram atirados ao mar.

 

Continua

 

 

 

 

29
Set22

Resto do vento!

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Restos do verão!

 

Dias de sol radioso

Outono risonho

Um tempo de sonho

Sem muito frio, nem muito calor

A apelar ao amor

Que é uma bonita flor

Para beijarmos nestes dias de cor

Em que a Natureza nos estende tapetes de seda

Despindo as árvores para hibernarem no inverno

Ressuscitando-as, com novas cores e flores, na primavera

Aproveitemos estas longas noites

Para ver a lua e as estrelas

Escutar o escuro da noite

O silêncio do descanso do sono

Ver a cidade deitada

Tranquila e apagada

Cada um preso à sua amada

À espera da alvorada

Para mais um dia de agitação

Para sustentar a Nação

Dizem, que essa é nossa obrigação

Nós não concordamos com essa noção

Vamos ficar aqui agarradinhos a ver passar a madrugada

Depois vamos deitar o sono

Não queremos saber da alvorada

Para nós, a noite é só nossa.

José Sila Costa

 

 

 

 

28
Mar22

Um mês!

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Um mês!

 

A primavera chegou triste, chuvosa, nervosa, de luto

O Mundo unido contra a barbárie nunca vista

Até o magma está revoltado, tendo-o, nos vulcões, mostrado

Ninguém consegue continuar a ver esta chacina a acontecer

Tem de haver qualquer coisa mais, que possamos fazer

Não podemos continuar a ver homens, mulheres, crianças a morrer

Este é um Mundo para viver, e não para o mal vencer

Levante-se o sol, a lua e o mar para esta estupidez parar

O mar não consente, que no seu seio continue, o perigo, a navegar

Este março é para, da história, nunca mais apagar

O que está a acontecer não é para alguma vez esquecer

Abril parece trazer tréguas. Mas com quem mente é de desconfiar

Não conseguiu, toda a Ucrânia, abocanhar, talvez tenha de esperar

Graças à determinação de um povo que não quer, o seu país, abandonar

Tendo-se mobilizado para, o inimigo, rechaçar

Há vizinhos com quem não se pode confraternizar

O melhor é não lhe franquear nem a porta, nem a rua

Se possível, apagar-lhes a lua

Dizer-lhe que na amizade não cabem ajudas indesejadas

Que essas ajudas são mais que facadas

São mortes, destruição, mentiras, anexação

Um lobo disfarçado de cordeiro, a matar um povo inteiro, a arrasar uma nação

Cada dia de guerra é uma eternidade

Não bombardeiem mais a cidade

Não matem toda a mocidade

Todos têm direito a um minuto de felicidade.

 

José Silva Costa

 

23
Ago21

Os dias

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Os dias

O sol a declinar

Os dias a encurtar

O agosto a voar

As férias a passar

Mais um ano a trabalhar

Para ver o agosto a chegar

Para os amigos encontrar

E, o mar, visitar

E a todos cumprimentar

Dias devagar

Sem hora para chegar

Ver as flores a namorar

Sobre um sol de rachar

É agosto para recordar

É o sonho, ano após ano

Ninguém vai ao engano

Cada um é soberano

De se vacinar ou não

Não exijam garantias

Porque ninguém as pode dar

Se quiserem esperar

Dez ou vinte anos

Saber-se-ão os resultados

Da vacinação

Por agora, ou se arrisca ou não

Para vacinarem a minha família

Utilizaram todas as marcas autorizadas: 4

Há quem não se queira vacinar

E, nós temos de respeitar.

José Silva Costa

11
Ago21

Férias 2021!

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Férias 2021

Na era da internet

Com o simplex

Com as vacas voadoras

E, algumas tiradas bacocas

O Governo oferece aos portugueses

Novos locais para passarem o agosto

As ojas do cidadão e os registos civis

Com o sol arredado das praias

Nada melhor que passar os dias

Nas filas para obter o cartão de cidadão

Três meses de espera, por marcação

Quem conseguir que lhe atendam o telefone!

As entregas do cartão de cidadão

Também tem sido uma via-sacra

Alguns carteiros, como não têm tempo

Nem sequer tocam à campainha

Deixam o aviso, para irem levantá-lo

À estação dos Correios

Que fica na sede de Concelho

Estes são os ótimos Serviços Públicos, que temos!

José Silva Costa

 

 

 

 

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