O Império
O Império - As teias que o Império teceu
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A Marina e o Roberto terminaram os estudos na Universidade de Coimbra, o facto de ser o primeiro casal a licenciar-se, na única Universidade do país, foi muito comemorado por todas as faculdades, com o desejo de um bom regresso a casa e de muitas felicidades
Em casa, a Anastácia fez um almoço especial, para comemorarem o acontecimento, que tinha tanto de alegria como de tristeza, devido à separação dos dois casais
Mas, primeiro era preciso festejar a alegria e a felicidade da Marina e do Roberto, por terem conseguido concretizar o seu sonho, e não menos alegria e felicidade de quem os ajudou a concretizá-lo: a Anastácia e o Elisiário
Assim que terminaram as licenciaturas, a Marina e o Roberto começaram a preparar o regresso a Luanda, se quando vieram para Coimbra, a viagem, entre Lisboa e Coimbra, tinha sido o cabo dos trabalhos, como seria com uma criança de quatro anos?
Valeu-lhes, o facto do Elisiário conhecer um Conde, que todos os anos se deslocava a Lisboa, para tratar de vários assuntos, junto da Corte, a quem o Elisiário pediu se podia dar boleia a um casal de Luanda, que se tinha acabado de formar na Universidade, e que queria voltar à sua terra natal, com o filho de quatro anos
O Conde disse que não só lhes dava boleia, como lhes ficava muito agradecido, por contribuírem para o engrandecimento do Império, esperando que mais jovens seguissem o exemplo deles, para que as colónias fossem mais desenvolvidas e prósperas
Assegurado o transporte para Lisboa, de onde esperavam embarcar para Luanda, era preciso pensar nas despedidas, que para o Afonso poderiam ser muito traumatizantes
Havia quem defendesse que a despedida devia ser quando ele estivesse a dormir, mas a Anastácia não estava de acordo, porque era importante que se despedisse dos “avós”
Assim, explicar-lhe-iam que iria conhecer os avós de Luanda, e que os “avós” de Coimbra os iriam, quando pudessem, visitar, para conhecerem toda a família.
Continua.