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cheia

cheia

18
Abr22

Papoilas!

cheia

Primavera das papoilas

Minha Primavera florida, cheia de papoilas a incendiar o ar

Um mar vermelho onde me perco a comtemplar o seu sorriso

Para esquecer o fumo, as sirenes, os gritos, as dores, os horrores

Nos campos onde mataram as papoilas, as flores: tudo o que era encantador

Refujo-me no mar, onde não há trigais, nem papoilas, nem pessoas a sangrar 

Respiro o perfume que exala das suas profundezas, com sabor a sal

Por muito que me esforce não consigo esquecer os que semeiam o mal

Impedindo os rijos e frios campos de darem o doce, o saboroso, o desejado pão

Com que os famintos tanto sonham e, em desespero, procuram nos caixotes do lixo 

Como é que não compreendem que semear o pão é uma mui nobre missão?

O contrário de semear bombas, minas, ódio, luto, tristeza, morte, destruição

Como é diferente o coração e as mãos de quem com arte espalha os grãos de trigo

Dos que, com mãos ensanguentadas, destroem estradas, casas, homens, mulheres, crianças, corações!

Cegos de ódio, não conseguem ver, por todo o Mundo, praças inteiras a gritarem para pararem

Parem de matar, deixem as flores sonhar, os campos perfumar, e os corações gritar

O mundo precisa de respirar, não pode mais violência suportar, nem canhões escutar

Não separem as mulheres dos maridos, os pais dos filhos, tirem os dedos dos gatilhos

Vão para os jardins, mostrar a beleza e o perfume da natureza aos vossos filhos

Não percam tempo com coisas menores, abracem os vossos sonhos e voem

A vida é bela demais, devemos aproveitá-la, e nem um segundo desperdiçar

Não percam a magia de ver uma criança começar a andar, dizer a primeira palavra, e o mundo beijar

No amor há muita beleza, nós e que nem sempre a conseguimos ver

Gostava de ver, em cada coração, uma flor a florescer, como se fossem jardins a amanhecer

E fossem crescendo, brilhando, perfumando o sol até ele, no horizonte, desaparecer

Amadurecer os sonhos, prender os ventos nos dedos, abraçar todas as pessoas, sem medos.

José Silva Costa

 

 

21
Set20

Bem-vindo!

cheia

outono

O tempo vai suavemente mudando

A chuva, apesar de tardia, chegou

Há muito que a desejávamos

Nem todos! Porque ela não é tão agradável como o sol

Mas, tal como ele, faz muita falta

Vem ai o outono, com mais horas para o sono

Com menos horas de sol, venho mais cedo para dentro de casa

E, o trabalho não se vai azedar

Se há reformados que não têm que fazer

Todos os dias tenho de escolher, entre o muito que tenho para fazer

Por mim, ficava aqui todo o dia a ler e escrever

Mas não pode ser

Tenho o quintal para me entreter e as roseiras, que são a paixão da minha mulher, para admirar

Quando chove tenho água para engarrafar, para no verão regar

Não utilizo água tratada, para regar

Porque isso era, água, desperdiçar

Às vezes fico a pensar

Como é que há pessoas que se queixam que não sabem o que fazer!

Quando tenho tanta coisa para me entreter

Ficar aqui todo o dia a falar com vocês é que era

 Se calhar não iam gostar da ideia

Mas as plantas fariam uma gritaria, pedindo a minha presença

Porque elas dão me uma grande recompensa

A minha alimentação conta com a sua bênção

Semear, plantar, ver crescer, tratar, colher é um grande prazer

Falar convosco  também, mas tem de ficar para o entardecer

Para todos, um feliz outono.

José Silva Costa

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