Flores!
Flores, 2022!
As tenras flores
Só querem amor
Crescer sem, violência, sofrer
A quem, alguns continuam a bater
Sabendo que não se podem defender
Não pediram para nascer
Querem ser homem ou mulher
Livres, para a vida entender
Quão difícil é crescer
No meio de tanta violência
Não só pela vizinhança
Mas, até por quem lhe deve segurança
Como é possível tanta vingança!
Tanta miséria e tanta ganância
A miserável imoralidade
De quem é capaz de uma flor matar
Por causa de uma dívida de serviços de bruxaria
Como é que ainda há quem acredite em bruxas!
Como vamos reduzir a violência?
Como vamos diminuir a violência doméstica?
Hoje, mata-se por dá cá aquela palha
Como se a vida não fosse o único bem que temos
Por mais comissões de acompanhamento que criem
Enquanto a opinião pública tolerar a violência
Seja no desporto, no trânsito, por todo o lado
A violência não vai diminuir
Se a sociedade, contra ela, não se unir
O que não pode acontecer é continuar a fingir
Que não há violência, que está tudo bem.
José Silva Costa