O Império
Império - As teias que o Império teceu
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A exportação de mão-de-obra escrava pelo porto de Luanda terá sido alvo de competição, no século XVII, entre portugueses e holandeses
A disputa entre os colonizadores, cujo vencedor foi o Reino de Portugal, originou a captura direta de escravos, nas chamadas Guerras Angolanas, no seio de certas tribos, que tinham lutado contra os portugueses
Tornando-se, Angola, num centro, importante de fornecimento de mão- de-obra escrava, para o Brasil, onde crescia não apenas a produção de cana-de-açúcar, no Nordeste, mas também a exploração de ouro na região central
Os navios, com mercadorias de Goa, faziam escala em Luanda, para deixarem panos, as chamadas “fazendas de negros”. Dali, seguiam para Salvador, na Bahia, carregados de escravos e de outras mercadorias provenientes da Índia (como louças e tecidos)
Salvador tornou-se um centro difusor de mercadorias, vindas da Índia, para América do Sul
Os negócios foram estruturados aos poucos. Num primeiro momento, os Governadores da colónia tinham o poder de determinar o preço dos escravos. O pagamento era feito com ouro proveniente de Minas Gerais, no Brasil
Mais tarde, em 1715, a coroa portuguesa proibiu os governadores de se envolverem no tráfico de escravos
Os negociantes provenientes do Brasil (principalmente do Rio de Janeiro, da Bahia e de Pernambuco) assumiram as rédeas do comércio, que teve um grande incremento
A principal feira fornecedora de escravos, para o porto de Luanda, era a feira de Cassanje
A cachaça brasileira (jeribita) passou a ter um papel de destaque nas trocas, sendo valorizada tanto em Angola, quanto no Brasil. Figurava, ao lado da seda chinesa e as armas europeias, como uma das principais moedas de troca
Era, na verdade, a moeda mais corrente, já que o comércio de armas era controlado e a seda chinesa só chegava a África, depois de passar por Lisboa, o que elevava o preço e reduzia a sua liquidez
Outro produto brasileiro, muito valorizado, em África, era o fumo de corda de Salvador
A Rosinha e o Januário, aliviados das responsabilidades dos destinos da cooperativa, ajudavam na construção da creche, eram da opinião de que os idosos devem acabar os seus dias na companhia das crianças
Podiam muito bem acompanhá-las no recreio, nas suas brincadeiras, nas refeições, fazendo com que aqueles, que não têm avôs, sintam, também, o amor e a compreensão de quem já tantos anos passou, que mais tolerantes os tornou.
Continua