Novembro
Novembro, as árvores vão-se despindo, mas devagar
Não têm pressa, o frio, ainda, não está a chegar
Vão, lentamente, erguendo ao céu, os braços nus, para, com ele, comungar
E, assim, sem roupa, ao contrário de nós, vão, o Ano Novo, aconchegar
Há cheiros de outono, no ar, que podemos mastigar
Aproveitemos, estes últimos dias de 2019, para os saborear
Antes que chegue o inverno, e os venha branquear
Os cheiros de outono têm as cores do arco iris
Não podemos perder tempo, para que os possamos agarrar
Há muito brilho, quando as nuvens nos vêm visitar
Gotas de ouro, das nuvens, podem-se precipitar
Os rios abrem as mãos, para as agarrar
Cada gota tem um sonho: uma semente germinar
Dando origem a uma planta, um arbusto, uma árvore
Que podem viver dias, meses, anos ou, até, séculos
A Natureza tem muita beleza!
E, nós, só temos de a comtemplar
Todos os dias nasce, para nos encantar
Muito, com ela, podemos aprender
Basta abrir os olhos, sorrir, e o Mundo abraçar.
José Silva Costa