Bem-vindo!
outono
O tempo vai suavemente mudando
A chuva, apesar de tardia, chegou
Há muito que a desejávamos
Nem todos! Porque ela não é tão agradável como o sol
Mas, tal como ele, faz muita falta
Vem ai o outono, com mais horas para o sono
Com menos horas de sol, venho mais cedo para dentro de casa
E, o trabalho não se vai azedar
Se há reformados que não têm que fazer
Todos os dias tenho de escolher, entre o muito que tenho para fazer
Por mim, ficava aqui todo o dia a ler e escrever
Mas não pode ser
Tenho o quintal para me entreter e as roseiras, que são a paixão da minha mulher, para admirar
Quando chove tenho água para engarrafar, para no verão regar
Não utilizo água tratada, para regar
Porque isso era, água, desperdiçar
Às vezes fico a pensar
Como é que há pessoas que se queixam que não sabem o que fazer!
Quando tenho tanta coisa para me entreter
Ficar aqui todo o dia a falar com vocês é que era
Se calhar não iam gostar da ideia
Mas as plantas fariam uma gritaria, pedindo a minha presença
Porque elas dão me uma grande recompensa
A minha alimentação conta com a sua bênção
Semear, plantar, ver crescer, tratar, colher é um grande prazer
Falar convosco também, mas tem de ficar para o entardecer
Para todos, um feliz outono.
José Silva Costa