Resto do vento!
Restos do verão!
Dias de sol radioso
Outono risonho
Um tempo de sonho
Sem muito frio, nem muito calor
A apelar ao amor
Que é uma bonita flor
Para beijarmos nestes dias de cor
Em que a Natureza nos estende tapetes de seda
Despindo as árvores para hibernarem no inverno
Ressuscitando-as, com novas cores e flores, na primavera
Aproveitemos estas longas noites
Para ver a lua e as estrelas
Escutar o escuro da noite
O silêncio do descanso do sono
Ver a cidade deitada
Tranquila e apagada
Cada um preso à sua amada
À espera da alvorada
Para mais um dia de agitação
Para sustentar a Nação
Dizem, que essa é nossa obrigação
Nós não concordamos com essa noção
Vamos ficar aqui agarradinhos a ver passar a madrugada
Depois vamos deitar o sono
Não queremos saber da alvorada
Para nós, a noite é só nossa.
José Sila Costa