A pintura
A pintura
O vento liso desliza suavemente sobre o monte
Leva o perfume e o branco frio à sua frente
Tudo à sua volta é atraente
As altas árvores, de folhas pintadas com as cores do outono, encantam
Mostram-nos um lindo quadro, pintado pela Natureza
O riacho corre, sonolento, encosta a baixo, amolecendo a sua dureza
Com pressa de dar de beber ao rio, vazio
Triste, por ver as hortas, das suas margens, mortas
Pomares sem flores, cheios de dores, a morrerem de sede
As abelhas estão preocupadas, sem flores, por quem é que vão ser alimentadas?
Esperam que aqueles que vivem do seu tralho, não as abandonem
A biosfera é composta de muitas interdependências
Esta nossa casa tem muitas vizinhanças
É da nossa responsabilidade mantê-la habitável
Mas, a nossa ganancia não é sustentável
Queremos, sempre, mais e mais
Desflorestamos tudo, para termos mais terrenos aráveis
Sem nos preocuparmos com quem vivia lá dentro
Que ficou sem qualquer sustento!
Será que ainda vamos a tempo de virar este momento?
Os técnicos dizem que não podemos perder mais tempo.
José Silva Costa