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19
Dez24

O Império

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O Império   -   As teias que o Império teceu

92

São Tomé e Príncipe

 

A ilha de São Tomé foi descoberta em 21 de dezembro de 1470, por João de Santarém, no dia de São Tomé; 27 dias depois, em 17 de janeiro de 1471, no dia de Santo AntãoPêro Escobar chega à ilha do Príncipe.[11] Príncipe foi inicialmente chamado de Santo Antão ("Santo António"), mudando o seu nome em 1502 para a Ilha do Príncipe, em referência ao Príncipe de Portugal para quem foram pagos impostos sobre a produção de açúcar da ilha.

O primeiro assentamento bem-sucedido de São Tomé foi estabelecido em 1493 por Álvaro de Caminha, que recebeu a terra como uma concessão da coroa. Príncipe foi liquidado em 1500 sob um arranjo semelhante. A atração de colonos mostrou-se difícil, sendo assim, a maioria dos primeiros habitantes foram "indesejáveis" enviados de Portugal, a maioria judeus.[12] Com o tempo, esses colonos encontraram no solo vulcânico da região o local adequado para a agricultura, especialmente o cultivo de açúcar.[(Wikipedia)

A Marina, o Roberto e o Afonso já conheciam todos os becos de Lisboa, as suas canoas, os miradouros, tudo quanto havia, para os olhos entreter

As naus, da carreira da Índia, já estavam atracadas ao cais de Belém, para serem reabastecidas, em breve estariam de partida, para a viagem anual, era preciso encher bem os porões de tudo quanto é essencial à vida ( diz o ditado popular, quem vai para o mar, avia-se em terra)

A Marina e o Roberto ficavam horas a comtemplar aqueles barcos, recordando a viagem, que tinham feito de Luanda para Lisboa, uma viagem com alguns susto, principalmente quando o oceano parecia querer engolir o barco, e este todo se contorcia, esperava a onda passar, para se voltar a endireitar

Era a única estrada que tinham para regressarem a Luanda, uma estrada com muitas ondas, mutos perigos escondidos, os ventos eram o combustível, nem sempre disponíveis, para as velas enfunar, fazendo com que a pressa de aportar tivesse de esperar

Os peixes voadores animavam a viagem, exibindo-se à frente do barco, com as suas bonitas acrobacias, que ajudavam a suportar a perigosa e dura aventura, em que só se vê água e o céu azul.

Continua

 

 

12
Jan23

A sedutora

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Lisboa! A sedutora

12

Três homens solteiros, num primeiro andar: o patrão, o irmão e o empregado

Uma casa forrada com peças de cairo, só a casa de banho não tinha matéria-prima para fazer os tapetes

Era uma casa pequena: um quarto, cozinha, casa de banho, sala e uma salinha muito pequena

Os empregados dormiam na sala, no local onde trabalhavam de dia

À noite, no cetro da sala, único espaço disponível, cada um fazia a sua cama, o soalho e uma peça de cairo faziam de colchão

Com o novo contrato, verbal, ganhava mais dez escudos: 200 escudos, por mês, oito horas de trabalho, descansava ao domingo, com a possibilidade de fazer horas extraordinárias, pagas à peça

Com moldes em papel, dois para cada modelo, um para a frente outro para trás, marcavam os cortes a fazer, para que assentassem bem e os pedais ficassem livres

Todos os cortes tinham de ser costurados com uma agulha, um pouco maior que uma sovela de sapateiro, com um buraco na ponta, para que o tecido não se desfiasse

Para além de fazer os tapetes, ia aos Bancos, entregar tapetes nos standes, de transportes públicos ou de táxi, dependendo da urgência ou da quantidade, e ainda despachar encomendas, para todo o país, por caminho-de-ferro, em alta ou pequena velocidade

As estações de caminho-de-ferro tinham um armazém onde guardavam as mercadorias recebidas ou para expedição, ainda era rara a entrega de porta a porta

Também chegou a ser incumbido de ir tirar moldes de modelos que não tinham, um trabalho delicado, porque o papel assentava melhor que o tapete, por isso era preciso saber compensar as diferenças, para que o fato assentasse bem

O patrão passava muitos dias, percorrendo o país, de comboio, visitando standes de automóveis, para angariar novos clientes

 

Em Tondela, travou conhecimento com uma rapariga que, como muitas outras, por este país fora, sem trabalho nem expectativas de vida, aguardava, na casa dos pais, por um príncipe, que um dia a desencantasse

Como bom vendedor, disse à rapariga que tinha mundos e fundos, e ela acreditou, namoraram uns meses e casaram

Depois de casados e da lua-de-mel, quando a trouxe para Lisboa, e lhe apresentou o palacete para onde ia viver, a rapariga ia desmaiando

 

  Triste, mas sem queixumes enfrentou a realidade, arregaçou as mangas e lutou ao lado dele

Tiveram duas meninas

Passados alguns anos, quando os tapetes de cairo, para automóveis, caíram em desuso, e apareceram outros materiais, era ela que, com uma máquina de costura industrial, fazia os tapetes

No primeiro carnaval, que  passou em Lisboa, mascaram-se: ela e o empregado trocaram as roupas, fizeram uma cegada, fazendo com as tristezas fossem esquecidas, mesmo que por pouco tempo.

 

Continua

 

 

 

 

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