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11
Jan24

O Império

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O Império  -  A teias que o Império teceu

43

Em tempo de paz, os agenciadores de escravos, os pumbeiros, vasculhavam o sertão angolano comprando os prisioneiros de tribos rivais

Nas idas e vindas ao interior, levavam cerca de 150 escravos, para carregarem as mercadorias usadas como pagamento

Demoravam cerca de um ou dois anos nas jornadas e voltavam com filas de 500 a 600 escravos

Nas guerras de captura, os capitães partiam acompanhados por centenas de soldados europeus, mulatos brasileiros ou mesmo angolanos

Enfrentavam as tribos e escravizavam os homens capturados. Em Luanda, os cativos ficavam em grandes barracões, esperando o embarque

Quando os navios demoravam para os transportarem, os escravos trabalhavam na plantação e cultivo da mandioca

A comodidade, fundada pelos dois casais, contribuiu para que os seus membros tenham tido bons rendimentos e um grande melhoramento no seu nível de vida, conseguiram acabar com a fome e construíram cubatas mais confortáveis

O facto de se entre ajudarem, fez com que tudo mudasse, ninguém ficava entregue à sua sorte, o problema de um, era um problema de todos

Como todos os pais, todos queriam uma melhor vida para os filhos, mas era tão difícil  encontrar quem soubesse ler, quanto mais quem ensinasse

A ambição dos dois casais era que os seus filhos aprendessem a ler e escrever, mas constataram que esse seu sonho não era realizável, portanto, o melhor era ensiná-los a trabalharem a terra, aproveitando a experiência das mães, a Rosinha e a Miquelina, que eram duas competentes produtoras de alimentos

Os dois primeiros padres da Companhia de Jesus chegaram à Ilha de Luanda, em fevereiro de 1575, tinham saído de Lisboa, acompanhados de Paulo Dias de Novais, em  23 de setembro de 1574

Em 1580, chegaram a Luanda 2 missionários Jesuítas, em 1584 outros 2 e, em 1593, mais 4

Em 1590, os cristãos eram cerca de 20.000

Uma vez que estava fora de hipótese a Leopoldina, o Roberto e o Zacarias aprenderem a ler e escrever, o melhor seria toda a família dedicar-se à agricultura, onde já tinham uma boa capacidade de produção

A Rosinha, que era a mais experiente no cultivo da terra, estava interessada em aumentar a produção, e para isso contava com a opinião do marido, da cunhada e do cunhado, em conjunto, queria que tentassem criar novos utensílios e novos métodos de produção

Também queria que ouvissem os miúdos, porque não se deve desperdiçar nenhuma boa opinião.

Continua

 

02
Nov23

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

33

Falhada a tentativa, da pequena comitiva dos brasileiros, de avisarem o comandante do Forte de Massangano, da chegada de reforços com o propósito de expulsarem os  holandeses, da cidade de Luanda, e retomarem o negócio da escravatura. O Forte continuava a resistir ao cerco, ordenado pela rainha Jinga, soberana do reino de Matamba, no leste de Angola, que comandava uma horda de guerrilheiros canibais, os jagas, habilidosos na luta com machadinhas

Jinga teve uma vida longa ( 1581 a 1663 ) era conhecida pela luxúria e perversidade

Possuía um harém de homens, dispostos a morrerem por ela, que viviam do roubo, vitimando diversas tribos

A vida no Forte estava a tornar-se muito difícil. O cerco já durava há muito tempo, e não viam maneira dos jagas se irem embora.

Não sabiam nada do que se passava na colónia, nem sequer o que se passava em Luanda, que era o que interessava mais, por ser onde os holandeses se tinham instalado

Salvador de Sá enviou três emissários para negociarem a rendição dos holandeses

Mas, estes não hastearam a bandeira branca

Colocou os seus oitocentos soldados e mais 200 marinheiros a fazerem fila na praia, para impressionar os holandeses

Na madrugada de 17 de agosto de 1648, cinco dias depois de chegar a Luanda, mandou os seus homens avançarem contra os holandeses, depois de ter destruído, os seus canhões, com a artilharia brasileira

Quando o sol raiou, 150 dos 400 brasileiros estavam mortos, do lado dos holandeses, apenas 3 mortos e 8 feridos

Mas, com os canhões destruídos, os holandeses pediram a paz

Deixaram Luanda, e os postos avançados de Cuanza e Benguela, levando na bagagem os escravos propriedade da Companhia Holandesa

Deixaram os jagas armados até aos dentes, para oferecerem resistência aos colonizadores.

 

(fonte: civilizacoesafricanas.blogs.pt)

 

Continua.

 

 

 

 

31
Mar22

Flores em março!

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Flores em março

 

São flores, são flores, para suavizarem os amores

Mais flores, mais flores, menos dores

Nesta primavera de horrores, mais flores, mais flores

Contra a cegueira dos que agitam os tambores

Para todos os heróis, mais, mais flores de girassóis

Para a embustice todos os anzóis

Mais flores, mais flores para todos os sóis

Aos agressores, ninguém dê flores!

São os autores de todos os rancores

Para quem a sua pátria defende, mais, mais flores

As maiores dores, pra todos os impostores

Para quem teve de abandonar o seu doce lar, mais, mais flores

 Todas as condenações para os usurpadores

Para quem está a ajudar, todos os que tiveram de abandonar o seu país, mais, mais flores

Todos os agressores terão de dormir, com os gritos dos homens, das mulheres e crianças, que mataram

Com a condenação, da maior parte do mundo, pela brutal barbaridade que estão a cometer

Para todo o sempre, ficarão responsáveis e nunca ninguém lhes perdoará os crimes

A invasão e destruição de um país a quem roubaram a paz, o trabalho, o pão

Mas, não foi só uma nação, que sofreu os efeitos de uma guerra sem sentido, foi todo o mundo

A tragédia foi ainda maior, fazendo com que os recursos, que poderiam ser utilizados para uma vida melhor das populações, sejam afetados ao esforço de guerra, na fabricação de mais material de guerra e mais letal, sabendo que todo esse material só servirá para o mal: a guerra

Mas, os efeitos desta barbárie podem, também, mais direitos dos cidadãos ofender, fazendo com que alguns países já comecem a voltar a instituir o serviço militar obrigatório

Não era tão bom, vivermos em paz

Sem sermos obrigados a ir para a tropa

Gastando o dinheiro em coisas mais úteis

Ajudar os mais desfavorecidos, reduzindo a pobreza!

José Silva Costa

 

 

 

23
Mar22

Boa sorte, Princesa

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Erasmo!

 

 

Boa sorte, Princesa

A minha neta, mais velha, viajou hoje para a Alemanha, vai fazer Erasmo, na Universidade de Leipzig, a mesma onde estudou a Ex-Chanceler da Alemanha, Merkel

Em breve teremos uma engenheira física, na família

A cooperação entre países, ao contrário da invasão, pode contribuir para uma melhoria de vida dos seus habitantes

Se conseguíssemos trocar a vingança pelo perdão, então, o Mundo faria sentido!

Foi a Paz, foi a UE., que fizeram com que os jovens possam beneficiar deste intercâmbio, tornando-se cidadãos do mundo

Não nos bastam as calamidades naturais?

Faz sentido, matarmo-nos uns aos outros, destruir tudo o que, com tanto sacrifício, foi construído ao longo dos séculos?  

E, até as religiões, que deviam contribuir para as uniões, têm provocado tantas, sangrentas, guerras, como está a acontecer na Ucrânia, em que há uma igreja, que defende a guerra como purificação

O Homem é o maior perigo!

 

José Silva Costa

24
Fev22

A guerra!

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A guerra

 

Voltaram os canhões

A paz não passou de ilusões

Porque há povos que se julgam campeões

Não conseguem viver em paz com as outras nações

Têm outras pretensões

Sonham com as suas antigas possessões

Não compreendem os que sonham com, livres, nações

Sem ditaduras, nem pressões

Como é que gostam tanto de ditadores?

Se nos seus governos não há liberdade, nem flores

As ditaduras alimentam-se de horrores

Enquanto as democracias se alimentam de valores

Como é que pessoas avisadas e educadas se deixam enganar

Por políticos cheios de rancores?

Quando deviam lutar por governos sufragados pelos eleitores

Mas, infelizmente, há povos que não conseguem, pelas suas cabeças, pensar

Assim, colocam todas as decisões nas mãos de um ditador

Se não sabem saborear a Liberdade e a Paz

Então, não sabem o que é viver!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

08
Dez21

A vida pode espear!

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A vida pode esperar!

 

É Natal, os sinos estão-nos a chamar

Já nasceu o Deus Menino, vamos vê-lo

Todos os anos nos vem visitar

É tempo de, com todos, festejar

Já nasceu o Deus Menino para nos salvar

Vamos todos, o Deus Menino, beijar

É tempo de paz, de alegria e harmonia

Vamos todos fazer com que nasça um novo dia

Onde todos caibamos, sem muros, nem murros

Temos de ser solidários com aqueles que estão desesperados

Ninguém consegue, toda a vida viver sem um futuro ter

Quando perdemos a esperança, já morremos

Não podemos continuar a empurrar os nossos irmãos para a morte

Já basta a falta de sorte: nascer no meio das bombas, no desnorte

Nascer e morrer em campos de refugiados

Sem nunca saber o que é viver em paz, ter um país, emprego, pão

Nascer e viver no meio da confusão, à espera que lhes deem a mão

Que um dia encontrem uma nação, onde possam ganhar o pão

Como é bom, ter um lugar, onde em paz, a vida possa passar

Sem o egoísmo de querer tudo e de todo o mundo querer percorrer

Enquanto outros, nem sequer têm onde morrer

Mas só ouço as palavras vencer, ser o melhor, passar à frente do outro

Ser mais competitivo, pôr a carreira acima de tudo, vestir a camisola da empresa

A vida pode esperar e a maternidade também, depois da reforma logo se vê.

 

José Silva Costa 

 

 

 

09
Mai21

A Europa!

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Dia da Europa

 

A nossa bela Europa

Tem um dia, a ela, dedicado

Para que cada dirigente

Se sente à volta de uma mesa

Para beberem uns copos

Em honra da sua gente

E proclamarem solenemente

Que mesmo aos solavancos

Ela seguirá em frente

Enquanto isso acontecer

Pode ser que não peguem em armas

Para se matarem, novamente

Com a saída, do Reino Unido, da C.E.

Os peixes não sabem onde pôr o pé

Fazendo com que os pescadores

Franceses e britânicos já agitem a maré

Brindemos aos 27, para que se mantenham de pé

Transmitindo, aos seus povos, fé

Para que não se revoltem

Não exijam, mais uma vez, um banho de sangue

Não há nada que pague a Paz!

 

José Silva Costa

25
Abr20

Em confinamento

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46 anos

Foi a madrugada mais radiosa, que nasceu

As balas foram substituídas por cravos vermelhos

Quando a madrugada rompeu

Lisboa foi acordada pelos carros de combate

A cidade, de medo, estremeceu

Mas, quem os mandou disparar, não venceu

Porque o atirador não obedeceu

Não quis manchar o dia que, tão radioso, apareceu

O povo ocorreu à rua

De peito afogueado, com medo que algum passo fosse maldado

Quando o sol raiou, uma senhora, um cravo vermelho, colocou

No cano de uma espingarda G3

O povo sorriu e aplaudiu

Estava quebrado o vazio

Um punhado de militares acabava de derrubar uma ditadura de meio-século

E um império de cinco séculos

Nos cinco cantos do mundo, houve choros e desejos

Que do velho império, nascessem povos inteiros

Que finalmente regressasse a paz

Foi um parto muito doloroso e difícil

Após treze anos de guerra

Valeu-nos o cansaço da espera

Para que sete povos decidissem os seus destinos

As transições são quase sempre, difíceis e dolorosas

Mas com disse uma futura rainha de Portugal:

“ Vale mais ser rainha por um dia, do que duquesa toda a vida”.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

06
Jun19

O dia D

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O Dia D

Há 75 anos começava o princípio do fim da segunda guerra mundial

Foi um esforço enorme, de uma grande parte do mundo, para combater os alemães

É bom que reflitamos sobre o que foi viver, na Europa, durante as duas guerras mundiais!

Para que quando formos chamados a decidir, que europa queremos, estarmos preparados

Agora que alguns parecem, estar com saudades desses tempos

Quando propõem a saída da União Europeia, ou do Euro

Como se a construção desta união não tivesse levado muitos anos e não fosse benéfica para todos!

Não está acabada, não é a ideal! Mas, é o melhor que conseguimos fazer até hoje

Querem voltar a fechar as fronteiras, ao passaporte, à moeda nacional, ao orgulhosamente sós!

Hoje, o mundo está interligado: transportes, comércio, telecomunicações, etc.

A UE permite-nos viajar, trabalhar, negociar, residir, num qualquer país da união

Portanto, não compreendo o fervor dos nacionalismos, dos egoísmos, das separações

Ninguém se deixe enganar com as falsas promessas de que podemos voltar a viver, como no tempo do colonialismo

À conta da exploração dos outros!

A Europa precisa de solidariedade, igualdade, fraternidade, porque esse é o preço a pagar, pela paz

A Europa é o farol! Em nenhum outro local, por muito que a denigram, se vive, como na velha Senhora.

Apesar das desigualdades, de todas as diferenças, de todas as dificuldades, continuo a acreditar numa Europa Federalista

Só vale a pena viver, quando se luta, para que todos tenham uma vida digna, mesmo que digam que é impossível!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

13
Mai19

A Europa

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Europa, 74 anos depois

A velha senhora, a jovem moça, a mulher feita

Por estes dias celebra os setenta e quatro anos do fim do massacre a que foi sujeita

Deveria ser uma festa perfeita, mas nuvens negras voltam a toldar o céu europeu

Quem é que de tanto horror, já se esqueceu!

Lá porque, depois, nasceu, não é desculpa, para ignorar o que aconteceu

O holocausto não foi só para quem era judeu

Todos os povos, da Europa, muito sofreu.

Ao fim de sete décadas, parece que há, quem já se tenha esquecido!

O sofrimento e a destruição foram de tal dimensão

Que um estadista – Robert Schuman - procurou uma solução

Em vez de se guerrearem deviam cooperar

Em 18/4/1951, Alemanha, França, Bélgica, Luxemburgo e Holanda criaram a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço

Estava aberto o caminho para a União Europeia

A coisa mais maravilhosa, que os europeus criaram

Por ser um projeto de solidariedade e cooperação

Mas ao fim destes anos, voltaram os egoísmos e os nacionalismos

As barreiras de arame farpado

O Reino Unido não sabe qual é o seu lado!

Um espaço onde, livremente, podemos viajar, trabalhar, viver

Com uma moeda no bolso que não é preciso cambiar

É uma longa construção, que espero vá, por muitos anos, continuar

Viver em paz, progresso e harmonia é um privilégio

Que não devemos menosprezar

Neste planeta todos temos de ter lugar.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

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