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10
Out24

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

82

 

A resistência à ocupação colonial no sul de Moçambique

Em 1885 (ano da Conferência de Berlim - da partilha de África), a autoridade colonial portuguesa no sul de Moçambique confinava-se a Lourenço Marques mas, com o início da exploração das minas de ouro do Transvaal, no ano seguinte, e o consequente aumento do tráfego naquele porto, os portugueses decidiram finalmente organizar o controlo das populações desta região. Estas constituíam um mercado, não só para os produtos exportados de Portugal (em particular as bebidas alcoólicas), mas também de mão-de-obra para as minas sul-africanas, dificultando a sua mobilização para a construção do caminho-de-ferro que ligaria o Transvaal ao porto de Lourenço Marques.

No ano seguinte, foi nomeado um Comissário-Residente para Gaza, que foi "promovido" a Intendente Geral em 1889, com a transferência de Gungunhana de Mossurize para Manjacaze; em 1888, foi estabelecido um posto militar perto de Marracuene e, em 1890, foi nomeado um Comissário-Residente para Lourenço Marques. Entretanto, em 1888, as autoridades coloniais reavivaram os "Termos de Vassalagem" com os reinos da região.

Mas estas medidas não foram suficientes, nem para cobrar o "imposto de palhota" (contribuição por família, expresso nos "Termos de Vassalagem", fixado naquela altura em 340 réis), nem para assegurar o recrutamento de mão-de-obra, uma vez que o trabalho nas minas sul-africanas rendia seis vezes mais do que os concessionários do caminho-de-ferro pagavam. Em 1892, o governo de Lisboa enviou a Moçambique António Enes como Comissário Régio, para avaliar as condições económicas da Província e, no mesmo ano, os portugueses conseguiram realizar uma cobrança maciça do imposto, ameaçando os indígenas de verem as suas palhotas queimadas, se não pagassem. (Wikipédia)

O Afonso, antes de fazer um ano, já corria tudo, não deixava a Anastácia fazer nada, tinha saudades do tempo em que ele não saía do lugar onde o deixavam, o que lhe valia era o grande corredor, onde podia brincar, com uma bola, durante muito tempo

Os pais e o Elisiário passava todo o dia na Universidade, muitos dias só o viam a dormir, o que muito os entristecia. Mas, o curso de medicina é muito exigente, o que fazia com que a mãe, nem todos os dias o visse acordado

A Marina e o Roberto estavam tão feliz, por a Anastácia se ter cruzado com eles, que não sabiam como lhe agradecer, diziam-se as pessoas mais afortunadas do mundo

Estavam tão preocupados com ela, devido à sobrecarga de trabalho, que o Roberto sugeriu-lhe deixar os estudos, para tomar conta do filho.

Continua

 

04
Jul24

O Império

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O Império  -  As teias que  o Império teceu

67

Estado Português da Índia

Vasco da Gama atracou em Calecute, em 20 de Maio de 1498, conseguiu assegurar uma carta de concessão para as trocas comerciais com o Samorim, o governador de Calecute

Os portugueses estabeleceram um porto comercial, mas foram incapazes de pagar os direitos aduaneiros dos seus bens em ouro

Mais tarde, funcionários de Calecute detiveram temporariamente agentes de Vasco da Gama, como garantia de pagamento. Isso irritou Gama, que levou alguns nativos e dezasseis pescadores com ele pela força, A expedição foi bem-sucedida, levando carga com valor sessenta vezes o custo da expedição

A frota de Pedro Álvares Cabral chegou a Calecute a 13 de setembro de 1500, obteve autorização para instalar uma feitoria e um armazém na cidade-estado

Em meados de dezembro, a feitoria foi atacada por cerca de 300 homens, 50 portugueses perderam a vida, os restantes retiram-se para os navios, alguns a nado

Cabral esperou 24 horas por um pedido de desculpas, que não chegaram, mandou atacar 10 navios mercantes dos árabes, ancorados no porto

Mataram cerca de 600 tripulantes, confiscaram o carregamento, antes de incendiar os navios

Cabral também ordenou que os seus navios bombardeassem Calecute durante 24 horas, mas percebeu que tinha poucos homens, regressou a Portugal, com a convicção que seriam sempre poucos em comparação com os indianos

Queria que aquela traição fosse punida de modo a que os portugueses fossem temidos e respeitados no futuro

Disso encarregou-se Afonso de Albuquerque, que conquistou Goa, tornando-a na sede do Estado Português da Índia

A Marina e Roberto, depois do encontro, no café, com a viúva Anastácia, ganharam uma nova vida

Convidou-os para almoçarem, no domingo a seguir, na sua casa, que ficava muito perto da Universidade, queria que vissem as condições da casa, para onde iriam viver com o seu bebé

Assim foi, passaram uma semana a pensar no casual encontro, e em como tudo seria diferente

Já não precisavam de se preocupar em arranjar com quem deixar o bebé, ainda por cima,  iam viver com uma senhora, que os ajudaria a criá-lo, nem queriam acreditar no que lhes tinha acontecido

Até parecia que a semana não tinha fim, tal era a ansiedade de confirmarem tudo o que aquela mulher lhes tinha dito, parecia ser sorte a mais, não se conheciam de lado nenhum

Mas tudo levava crer que, era uma senhora muito boa, tinha pena de não ter tido filhos, enviuvara ainda muito nova, não voltara a casar, como era normal naquela época, tudo parecia dar certo, não devia ter dificuldades financeiras, atendendo a como estava vestida, nem falou de qualquer recompensa por tudo o que oferecia.

Continua

 

21
Mar24

O Império

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Império - As teias que o Império teceu

 

52   

 

A exportação de mão-de-obra escrava pelo porto de Luanda terá sido alvo de competição, no século XVII, entre portugueses e holandeses

A disputa entre os colonizadores, cujo vencedor foi o Reino de Portugal, originou a captura direta de escravos, nas chamadas Guerras Angolanas, no seio de certas tribos, que tinham lutado contra os portugueses

Tornando-se, Angola, num centro, importante de fornecimento de mão- de-obra escrava, para o Brasil, onde crescia não apenas a produção de cana-de-açúcar, no Nordeste, mas também a exploração de ouro na região central

Os navios, com mercadorias de Goa, faziam escala em Luanda, para deixarem panos, as chamadas “fazendas de negros”. Dali, seguiam para Salvador, na Bahia, carregados de escravos e de outras mercadorias provenientes da Índia (como louças e tecidos)

Salvador tornou-se um centro difusor de mercadorias, vindas da Índia, para América do Sul

Os negócios foram estruturados aos poucos. Num primeiro momento, os Governadores da colónia tinham o poder de determinar o preço dos escravos. O pagamento era feito com ouro proveniente de Minas Gerais, no Brasil

Mais tarde, em 1715, a coroa portuguesa proibiu os governadores de se envolverem no tráfico de escravos

Os negociantes provenientes do Brasil (principalmente do Rio de Janeiro, da Bahia e de Pernambuco) assumiram as rédeas do comércio, que teve um grande incremento

A principal feira fornecedora de escravos, para o porto de Luanda, era a feira de Cassanje

 A cachaça brasileira (jeribita) passou a ter um papel de destaque nas trocas, sendo valorizada tanto em Angola, quanto no Brasil. Figurava, ao lado da seda chinesa e as armas europeias, como uma das principais moedas de troca

Era, na verdade, a moeda mais corrente, já que o comércio de armas era controlado e a seda chinesa só chegava a África, depois de passar por Lisboa, o que elevava o preço e reduzia a sua liquidez

Outro produto brasileiro, muito valorizado, em África, era o fumo de corda de Salvador

A Rosinha e o Januário, aliviados das responsabilidades dos destinos da cooperativa, ajudavam na construção da creche, eram da opinião de que os idosos devem acabar os seus dias na companhia das crianças

Podiam muito bem acompanhá-las no recreio, nas suas brincadeiras, nas refeições, fazendo com que aqueles, que não têm avôs, sintam, também, o amor e a compreensão de quem já tantos anos passou, que mais tolerantes os tornou.

Continua

 

25
Jul22

Água!

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Água!

Mais um quente verão

Dizem que, cada vez, serão mais quentes

Queixam-se as sementes

Que com tão alto calor, não conseguem germinar

Queixam-se as pessoas, as árvores, os peixes, que estão a asfixiar

Sem água, como é que podem respirar e nadar!

Como é que vão fazer, para tanta gente alimentar?

Se a água continuar a escassear, vamos ter de nos adaptar

A muito menos água gastar e deixar de a desperdiçar

Caía do céu, com abundância!

Mas, começou a faltar, e se assim continuar

Temos de a ir buscar ao mar

Vai ficar muito mais cara

Que remédio, se o céu deixou de a dar!

Cansou-se de ver como a estragávamos

Agora, vamos ter de aprender como utilizá-la

Não há nada como a Natureza, para nos castigar e ensinar como a respeitar

Vamos ter de, a água, poupar

E de a valorizar, como se de ouro se tratasse

Água é fonte de vida!

Não podemos continuar a desperdiçá-la

Temos de reutilizá-la, armazená-la, não a deitando toda ao rio

Que vai ficando vazio, fazendo com que tudo, o que dele dependia esteja a morrer

Os espelhos de água são bonitos de se ver

Onde os pensamentos podemos esconder e sabedoria beber

Quando abrirem a torneira, admirem a alegria de a ver correr

Poupem-na, para que não deixem de a ver.

 

José Silva Costa

24
Mar22

Primavera!

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Primavera 2022

Primavera: luz, bonita, florida, alegria, vida

Todos os anos renasces, com novas cores

Rainha, formosa, flores, amores!

A tua chuva vai lavar a Natureza, dar-lhe mais beleza

Todos estão gratos pela tua pureza

Pela chuva, que nos trouxeste, com tanta leveza

Não há maior riqueza!

Do que as gotas de ouro que estás a espalhar pela Natureza

Como ela te agradece, a vida que lhe trouxeste

Sem água não há vida!

Por muito que gostemos das tuas flores, dos teus perfumes

A tua chuva é muito bem-vinda

Mesmo que muitos esperem de ti: sol, flores, calor, risos, abraços e beijos

Este ano fizeste uma exceção, começaste por dar de beber a quem tinha sede

Oxalá não te esqueças de, em Abril, mandares águas mil

Para que os campos sejam mais felizes.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

17
Set19

A água!

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A água

A Água! Esse líquido precioso

Mais, do que o ouro, valioso

A que nunca demos muita importância

Por cair do céu com abundância

Caía devagar, ritmada, parecendo um bailado

Para matar a sede, a todos, suavemente

Durante dias, ou meses

Agora, caí abruptamente, em horas, o que caía num ano

Revoltada, agressiva, mata, destrói tudo o que lhe aparece à frente

É uma torrente impetuosa a castigar tudo e todos!

Tão necessária e desejada

Agora, chega, quase sempre, desesperada

Parece que se cansou de ser ignorada

Desprezada, mal tratada

Tanto animal e planta desesperados com a sua ausência

Nos humanos, os mais evoluídos, procuram-na a centenas de metros de profundidade!

Os outros rezam para que volte

Dela, depende a vida

Sem ela, teremos agonia e morte.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

26
Jun19

Limpezas!

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Todos os dias

Todos os dias, a Polícia Judiciária, convida alguns cidadãos

A acompanha-la, para serem interrogados, por suspeita de corrupção

Que está tão enraizada, que levou o Conselho da Europa

A dizer que nós ficámos atrás da Grécia, da Turquia, da Roménia

Na implementação das recomendações, para a sua prevenção

Num só dia foram vinte e sete!

Catorze empresários, muito preocupados, com o estado dos cofres das Finanças

A abarrotarem, devido as cativações

Inventaram um esquema, nisso nós somos muito bons!

Para ajudarem a esvaziar os cofres, não entregando o IVA, cobrado

Para que os cofres pudessem ser limpos!

Quem é que gosta de dinheiro sujo!

As outras treze lembraram-se de se intitularem de enfermeiros e trabalhadores da Segurança Social

Deslocavam-se por todo o país, abordando os idosos entregues à sua sorte

Dizendo-lhes que iam a mando da Segurança Social e das paróquias

Para os ajudarem nas limpezas e toma dos medicamentos

Alguns idosos ainda disseram: ” até que em fim!

Que alguém se lembrou de nos ajudar a levar a vida atá ao fim”

Os tarefeiros eram maioritariamente do sexo feminino

Enquanto umas se encarregavam de explicar, aos idosos, os propósitos

As outras avançavam para a limpeza, das coisas que não limpam todos os dias

O ouro, as pratas, o dinheiro

Em pouco tempo se apercebiam das reais intenções dos intrusos

Ficando muito confusos!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

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