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cheia

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18
Jul22

O calor!

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O calor

Longos dias de verão

Em cada festival uma multidão

Fogos e fumo em contramão

Com muita, muita destruição

No abrasador calor, muita dor

As chamas levam todo o labor de uma vida

Só restam os sonhos, na terra ardida

Com toda a terra ferida!

Algumas pessoas recusam, de suas casas, a saída

Custa muito, tudo perder, não querem a forçada ida

Preferem ficar, pondo em perigo a vida, acreditando na fé

De que o pior nunca vai acontecer

Deixar o nosso lar, quando já pouco conseguimos andar, é uma grande violência, a evitar!

Por muito que digam que é para nosso bem, não há nada como estarmos no nosso aconchego

Se possível, devemos procurar ter uma alimentação saudável, para uma velhice de qualidade

Tudo está na prevenção, tanto nos fogos, como na nossa saúde

Extinguiram a função de guarda-florestal, o resultado está à vista!

Façam uma restruturação, no ordenamento do território, com pés e cabeça

Dotem-na de meios humanos e financeiros, a tempo inteiro

A proteção das florestas tem de ser feita todo o ano, e não só na obrigação de cortar o mato

Se, cada vez, os verões serão mais quentes e secos, então deixem-se de retóricas e de sacudirem a água do capote

Virem falar da falta de cadastro, é desculpa de mau pagador e de quem não sabe o que fazer

Vão gastar 60 milhões de euros em 2 aviões Canadair!

Não seria melhor gastarem-nos na prevenção dos incêndios?

Já se viu que não chega atirar euros para as chamas dos incêndios

O vergonhoso caso das golas é um bom exemplo!

Enquanto as negociatas estiverem acima dos interesses do país, os incêndios não serão evitados.

José Silva Costa

 

11
Abr22

Violento!

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Violento

 

O vento diz-me para não pensar no momento

Tudo é tão violento!

A primavera quer um novo tempo

Não quer este mar sangrento

As flores da primavera vão perfumar o pensamento

É delas que as abelhas tiram o seu sustento

O constante movimento

Vai provocar um novo ordenamento

Nada ficará como era antes deste desencantamento

Têm sido muitas tempestades, muitos anos de sofrimento

Vai haver um grande desenvolvimento

Seja por causa da pandemia, da guerra ou do entendimento

Os custos é que assustam o firmamento

Não há rua, nem prédio, nem monumento que não tenha visto o horror, sedento

A História ensina-nos que depois da tempestade vem outro vento

Amassado na dor, na morte, em todos os horrores, nesse inesquecível fermento

Que faz com que o Mundo queira provar que nasceu um novo talento

Que, infelizmente, com o tempo, volta a cair no esquecimento

Fazendo com que voltemos a testar todas as armas nascidas do enlouquecimento

De quem acha que é capaz de prender o sol, a lua, o mar e o esquecimento

Mas, que um dia fica a saber que é mais frágil que o seu assento

E que quem faz um cesto, faz um cento

Não adianta irmos para um convento

Porque a terra vai continuar com o seu movimento.

 

José Silva Costa

 

 

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