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29
Ago24

O Império

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O Império  -  As teias que o Império teceu

 

76

A Anastácia estava felicíssima por voltar a ter um companheiro, mesmo que a sociedade a censurasse por a sua decisão ir contra os bons costumes de viúvas e viúvos não voltarem a casar

Como era uma mulher muito à frente do seu tempo, não se preocupava com o que dissessem da sua decisão

Mesmo assim, quis saber a opinião da Marina e do Roberto, que lhe disseram que era uma ótima notícia, que aceitasse, porque o Elisiário parecia ser uma pessoa boa, capaz de a fazer muito feliz, e que eles também ficariam muito contentes, não só pela possibilidade de voltar a ser muito feliz, mas por a deixarem acompanhada, quando tivesse de voltar para Lunda, facto que os atormentava há muito tempo

Até já tinham pensado em convidá-la, para os acompanhar no regresso a África, para que não voltasse a ficar sozinha, depois dos felizes anos, que tinham passado juntos

Ficou muito comovida por terem tão grande coração, agradeceu-lhes muito a boa intenção, mas nunca aceitaria deixar a sua cidade, com aquela idade

Mas não deixou de lhes lembrar o quanto a sua companhia tinha contribuído para a sua felicidade, e que graças a eles, conheceu o Elisiário, com quem espera passar o resto da vida, num apaixonado e romântico namoro

Estavam todos tão eufóricos e felizes, que os jovens pais pediram-lhe, para fazer feliz, quanto antes, o Elisiário, perguntando-lhe se não o tinha já feito sofrer o suficiente

Respondeu-lhes que não, porque assim, ficaria muito mais contente do que teria ficado, se ela, imediatamente, tivesse aceitado, o pedido dele em casamento, acrescentando que assim que o voltasse a ver, dar-lhe-ia a notícia, que ele tanto queria, para o, também, fazer muito feliz

Finalmente, a Luanda, chegara a carta do Roberto, com a notícia do nascimento do Afonso. O Governador deu uma vista de olhos pelo correio, que tinha acabado de chegar, não viu nenhuma carta da filha, facto que o deixou muito triste, por não saber a razão, por que se soubesse que tinha sido por lhe ter acabado de dar um neto, teria ficado muito contente

Agarrou na carta do Roberto para a Rosinha, e dirigiu-se, a correr, para a casa dela. Esta, ao vê-lo chegar esbaforido, temeu que lhe trouxesse más notícias. Mas, ele sossegou-a

 de imediato, dizendo que não tinha recebido nenhumas notícias. No entanto trazia-lhe uma carta, que tinha acabado de chegar, do Roberto, para ela

A Rosinha abriu-a e pediu-lhe que lha lesse. Começava por dizer que estava tudo bem e que o Afonso tinha acabado de nascer

Afonso! Exclamou ela. “Sim, Afonso o nome do primeiro Rei de Portugal,” respondeu o Governador

Ambos ficaram muito felizes por terem um neto com um bonito nome, abraçaram-se e beijaram-se, estavam floridos de felicidade, mas passado algum tempo veio o vazio de o não terem visto, nem saberem se algum dia o viriam

Tudo por causa da triste sina da emigração, de não vivermos onde nascemos, por termos de procurar melhores condições de vida, para fugirmos à fome, às guerras, ao ódio, à intolerância, às eternas divisões entre as muitas religiões, neste caso, os jovens angolanos tiveream de imigrar, para puderem estudar.

Agradeceu muito ao compadre, as maravilhosas notícias, que lhe trouxera, mas tinha de ir dar a notícia à restante família, passar, também, pela cooperativa, para que todos soubessem que a Marina e o Roberto tinham um filho, chamado Afonso.

Continua

 

 

 

11
Jan24

O Império

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O Império  -  A teias que o Império teceu

43

Em tempo de paz, os agenciadores de escravos, os pumbeiros, vasculhavam o sertão angolano comprando os prisioneiros de tribos rivais

Nas idas e vindas ao interior, levavam cerca de 150 escravos, para carregarem as mercadorias usadas como pagamento

Demoravam cerca de um ou dois anos nas jornadas e voltavam com filas de 500 a 600 escravos

Nas guerras de captura, os capitães partiam acompanhados por centenas de soldados europeus, mulatos brasileiros ou mesmo angolanos

Enfrentavam as tribos e escravizavam os homens capturados. Em Luanda, os cativos ficavam em grandes barracões, esperando o embarque

Quando os navios demoravam para os transportarem, os escravos trabalhavam na plantação e cultivo da mandioca

A comodidade, fundada pelos dois casais, contribuiu para que os seus membros tenham tido bons rendimentos e um grande melhoramento no seu nível de vida, conseguiram acabar com a fome e construíram cubatas mais confortáveis

O facto de se entre ajudarem, fez com que tudo mudasse, ninguém ficava entregue à sua sorte, o problema de um, era um problema de todos

Como todos os pais, todos queriam uma melhor vida para os filhos, mas era tão difícil  encontrar quem soubesse ler, quanto mais quem ensinasse

A ambição dos dois casais era que os seus filhos aprendessem a ler e escrever, mas constataram que esse seu sonho não era realizável, portanto, o melhor era ensiná-los a trabalharem a terra, aproveitando a experiência das mães, a Rosinha e a Miquelina, que eram duas competentes produtoras de alimentos

Os dois primeiros padres da Companhia de Jesus chegaram à Ilha de Luanda, em fevereiro de 1575, tinham saído de Lisboa, acompanhados de Paulo Dias de Novais, em  23 de setembro de 1574

Em 1580, chegaram a Luanda 2 missionários Jesuítas, em 1584 outros 2 e, em 1593, mais 4

Em 1590, os cristãos eram cerca de 20.000

Uma vez que estava fora de hipótese a Leopoldina, o Roberto e o Zacarias aprenderem a ler e escrever, o melhor seria toda a família dedicar-se à agricultura, onde já tinham uma boa capacidade de produção

A Rosinha, que era a mais experiente no cultivo da terra, estava interessada em aumentar a produção, e para isso contava com a opinião do marido, da cunhada e do cunhado, em conjunto, queria que tentassem criar novos utensílios e novos métodos de produção

Também queria que ouvissem os miúdos, porque não se deve desperdiçar nenhuma boa opinião.

Continua

 

17
Ago20

Petições

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Deixem-nos trabalhar!

Dizem Rui Rio e António Costa

Rio diz, se quere uma petição arranjem 15.000 assinaturas

Costa contrapõe, isso é dar um passo maior que a perna

Passar de 4.000 para 15.000

Vamos fazer um desconto, cobramos só 10.000

Marcelo não aceitou

Disse que isso era dar um sinal errado

Queixarem-se da abstenção

E, depois dificultarem a participação do cidadão

Ao menos deixem-lhe a ilusão

De que contamos com a sua opinião

Já acabaram com a ida do Governo à Assembleia da República

Não querem dar explicações sobre a governação

Sobre os problemas da Europa, nem uma palavra

Logo agora, que estamos a 4 meses de a Presidir

Temos de fingir

Que não queremos que só utilizem as mãos para fazem cruzes, nas eleições

Neste momento, nem futebol lhes podemos dar!

É bom que tenham a perceção de que, é transparente, a Governação

Que foi com a sua apreciação

Que irão pagar a faturação

Da enorme receção

Desde que seja bem embrulhada em palavras cor-de-rosa

Não será tão dolorosa.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

05
Jun20

O futuro!

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Quanto pior, melhor!

A democracia é o melhor sistema político

Porque quem está no poder, tem que fazer com que os eleitores não o substitua

Os partidos da oposição desejam que quem está a governar falhe

Para poderem, mais facilmente, ganhar as eleições

Como seria diferente se os eleitores se interessassem mais pelos assuntos da governação!

Como estamos numa encruzilhada, sem saber o que fazer, nem o que nos espera

Como estamos na espectativa de receber, da U.E., uma boa maquia, por causa da pandemia

Graças a um conjunto de coincidências: a saída do Reino Unido, a pandemia, a contestação dos extremistas, tanto de esquerda, como de direita, termos, pela primeira vez, uma mulher, na Presidência da Comissão, a Senhora Merkel não se recandidatar a Chanceler, e pretender ficar para a posterioridade como uma grande mulher

O Primeiro-ministro achou por bem pedir ajuda ao Engenheiro Costa e Silva, para o ajudar a melhor gastar os milhões

É certo que o fez à socapa, quando o devia ter publicitado, porque o povo tem de saber, com que linhas se cose o futuro

Mal se soube do convite, caiu o Carmo e a Trindade

Toda a oposição se indignou, porque não é político, não foi eleito, não entregou a declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional ………

Os muitos comentadores também afinaram pelo mesmo diapasão

Acho que não têm razão, todos devemos participar na discussão

Todos temos o direito de dar a nossa opinião

É o futuro que está em construção!

Desta vez, não podemos permitir que construam mais estádios de futebol

Que estão às moscas, por pagar, sem dinheiro para a sua manutenção

Enquanto as escolas continuam à espera de remodelação

Há escolhas que são grande aberração

E põem o futuro em estagnação

Sei que não é fácil mobilizar as pessoas para o salto no desconhecido

Mas nós só teremos êxito se formos capazes de inovar e acrescentar valor ao nosso tecido

O ensino é a melhor ferramenta para fazer avançar o país

Temos de fazer o maior investimento, que seja possível, em professores, equipamentos tecnológicos e edifícios

Outro setor, que a pandemia veio demonstrar, que não o podemos descurar, é o Serviço Nacional de Saúde

Para sermos coerentes, com o que a Natureza exige, as energias renováveis temos de incrementar

A ferrovia não a podemos dispensar!

E, as novas tecnologias é que nos fazem sonhar

Mas, para tudo isto, é preciso, as amarras, cortar.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

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