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05
Jun25

O Império

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O Império  -  As teias que o Império teceu

116

O Roberto não podia estar mais contente com o seu trabalho, ver os seus alunos quererem produzir mais e melhores alimentos, era o melhor resultado que eles lhe podiam oferecer, porque a alimentação é a base da sobrevivência, sem comida não se consegue viver, só depois de assegurada essa necessidade é que aparecem as outras

A Marina e a sua ajudante, a Alicia, sonhavam com a criação de um hospital. Numa visita do Governador, ao posto médico, acompanhado da esposa, a Zulmira, irmã da Marina, esta confidenciou-lhe o sonho de quem trabalhava naquele posto médico, pedindo que as ajudasse a concretizá-lo

O Miguel disse-lhes que era um bonito sonho, tão importante para toda a população, mas não as poderia ajudar, porque não aceitaram a sua proposta de criar impostos, e sem dinheiro, nada poderia fazer, uma vez que o Rei o tinha incumbido de tornar a Província rentável, para poder ajudar a Coroa

Uma missão quase impossível, que ele aceitara com a convicção de que era possível, todos diziam que Angola tinha muita riqueza, que a escravatura dava rios de dinheiro, mas os empresários desse negócio tinha ido para outras paragens, devido à pressão, que europeus e americanos exerciam sobre Portugal, para que acabasse com a escravatura

A esposa queria que fomentasse a agricultura, a extração de minério e diamantes, e ele contrapunha, fosse para o que fosse, era preciso dinheiro para comprar alfaias e utensílios para a exploração dos minérios, sendo um círculo vicioso, do qual ninguém conseguia sair, sem o vil metal 

Ela insistia que em Angola era diferente, nas margens do rio Quanza havia quem tirasse diamantes com um simples pau. As suas terras eram muito férteis, precisavam era de quem as soubesse amanhar

Estava convicta de que a cooperativa daria um grande impulso à agricultura, com a ajuda dos jovens, que o Roberto encaminhara para as lavras, a fim de contactarem com os mais velhos, principalmente as mulheres, que, sempre, dela tiraram o sustento para a família. O mais difícil era acabar com a tendência de serem só as mulheres a trabalharem a terra, coisa que o Roberto parecia estar a conseguir, incutindo nos jovens o prazer de semear, ver crescer, apanhar e comer, o que fazia com que se sentissem realizados e admirados, pela comunidade

Muitas vezes o que falta, aos povos,  é quem os consigam galvanizar, para feitos extraordinários, sendo que os seus representantes têm de ser pessoas sérias, confiáveis, capazes de dar o exemplo

Roberto tinha esperança que o entusiasmo dos jovens, que o seguiam, fosse o farol, para a construção de uma Angola mais próspera.

Continua

 

 

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