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cheia

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14
Dez20

Bissexto

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O Mundo

O Mundo sempre foi conturbado

Ódios, amores, flores, rancores

Cada um a defender o seu quinhão

Muralhas, castelos, fossos, fortes

Cruzadas, guerras, religiões, multidões

Inquisições, fogueiras, livros, explosões

Medos, castigos, infernos, mutilações

Uma forma de amedrontar os vilões

Fomes, convoluções, êxodos, milagre

Migrações, emigração, terra prometida

Procurando levar a fome de vencida

Na procura de melhores condições de vida

Dentro do mesmo Continente

Em Continentes diferentes

Ninguém para as gentes

Que não consentem tantas desigualdades

Vidas paradas, por guerras

Políticos que passam o tempo a contar votos

Que não se importam com os mortos

Tantos séculos tortos!

Mas chegou o século vinte e um

Que alguma coisa mudou

As igrejas pediram perdão às crianças

E os escuteiros, também

Cinema, produtores, tenores, acabou a impunidade

Acabaram-se os favores

O racismo, essa praga sem fim!

Levou à interrupção de um jogo de futebol

Que só, no dia seguinte, o final foi possível ver

O 2020 parou o Mundo inteiro

 

Veio nos avisar que temos de mudar

A bem ou a mal

É preciso, a Natureza, respeitar.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

26
Nov20

Contas

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Contas

 O Outono é, sempre, suave e doce

Mesmo que, este ano, seja um inferno

Não pode haver céu!

Quando o medo, a insegurança nos toldam o olhar

Vamos tentar levá-lo até ao fim

Falta pouco mais de um mês

Depois, pedimos contas ao que vier

Porque este é para esquecer

Mas não tenhamos ilusões!

Temos de, desde já, começar a fazer provisões

Não nos deixemos, pelas estrelinhas, embebedar

Porque estes tempos vão passar

A Natureza está a avisar!

Não podemos fingir que tudo vai ficar bem

Porque algumas coisas vão mudar

E, nada melhor que o antecipar

Para minorar o que muito nos vai custar

 Ver o desemprego a galopar

As empresas a desaparecerem

E nós, na crista da onda, sem saber para onde remar.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

28
Out20

Nova era

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Uma Nova Era

De nariz e boca tapada

Vamos todos de ter de andar uma temporada

Para evitar a entrada da bicharada 

Vai fazer com que tenhamos o nariz quentinho e a boca sem cieiro

Nem tudo é mau, daqui até janeiro

Estávamos a exagerar nos festejos do Natal e Ano Novo

Este ano cada um vai ficar no seu canteiro

Poupa-se tempo e dinheiro

Pagamos bem caro os erros, já podemos passar sem ir ao estrangeiro

A Natureza faz-nos recuar, quando não a sabemos respeitar

É tempo de mudar!

Quanto mais depressa o fizermos, menos sofreremos

Não podemos continuar a correr sem parar

Tudo tem um limite, e nós estávamos a abusar

Somos obrigados a parar, para pensar

Temos de voltar a ter tempo para viver e amar

Não podemos querer o Mundo abarcar

Não precisamos de passar a vida a acumular

Para, de um segundo para o outro tudo deixar

Todos temos direito a ter um lugar

Mas há quem queira com o dos outros ficar

A ganância é a nossa perdição

Temos de dar mais atenção aos outros

Temos de voltar a admirar a Natureza

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

  

03
Fev20

O brilho do sol!

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O brilho do sol!

 

Neste dia de maravilhoso sol

Acendemos os corações

Fomos ver o mar

Os teus olhos estavam radiosos

Cheios de mar, sol e lua

Onde os meus navegam e sonham

Saboreámos um dia de primavera, no inverno

Por onde tu passavas, a natureza sorria

Tudo parecia querer agradecer

O brilho do calor deste dia

Ficámos ali a olhar

As ondas a correrem e a dançarem

A participarem na nossa festa

Beijaram-te os pés, e o sol, os lábios

Ficámos os quatro abraçados

Até o sol se despedir

Despedimo-nos das ondas

Unimos os lábios e sorrimos

A natureza anunciava a noite e preparava a cama

Aproveitámos e fomo-nos deitar

A desejar mais dias radiosos.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

23
Mai19

Flores e amores

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Flores e amores

Maio, flores, perfume, amores

Luz, Sol, Calor, sonhos

Um mês cheio de encantos e recantos

Quando nos pomos a cantar e a escutar

A beleza da Natureza, na pureza do seu bem - estar

Todos os anos, de novo nascida, para nos mostrar

Quão curta é a vida

Mas, presos na nossa ambição, nas nossas correrias

Como se tudo não acabasse um dia!

Nem temos tempo para a contemplar, desfrutar dos seus cheiros

Da sua harmonia, do som sussurrado dos ribeiros

Outrora, puros e cristalinos, hoje, depósitos de maus cheiros

É o progresso, o custo de termos água canalizada e saneamento

Que tanto contribuem, para que tenhamos uma mais longa e asseada, vida!

É por isso que se diz, que nem tudo são rosas, também há espinhos

Mas, o progresso trouxe-nos, e cada vez mais nos trará mais mimos

Só temos que pensar e não exagerar

Para não deitarmos tudo a perder

Voltando às trevas e começar tudo de novo

Parece que estamos num ponto de grande viragem

Oxalá consigamos equilibrar o barco, mantendo-o na senda do progresso

Que mesmo, carregado de nuvens, aqui e além, atravessadas por brilhantes raios de Sol

Como aconteceu, em Taiwan, com a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo

O Sol rompeu no Oriente!

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

22
Fev19

Os meus vizinhos!

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A Natureza

A um mês da Primavera

Os meus vizinhos andam numa roda-viva

Ainda o sol está ensonado, e nem, os olhos, tem esfregado

Já, elas e eles, andam numa correria e cantoria

Andam a escolher os parceiros e as parceiras

Tanto elas como eles tentam encontrar a parceira ou o parceiro ideal

A Natureza não espera! Apesar e andar um pouco perturbada, ainda tem alguns ciclos definidos

Assim, à medida que o inverno dá sinais de abrandar e a primavera preste a chegar, os meus vizinhos não param de se agitar

Aproxima-se o ciclo de reprodução

O acasalamento tem o seu tempo e encantamento

Matinais melodias, despiques e correrias

Eles procuram os pontos mais altos

Para melhor difundirem as mensagens

Acasalados, segue-se a construção dos ninhos

Fecundação dos ovos, pô-los, chocá-los

Está, um novo ciclo de vida, iniciado

Perdizes e perdigões são os meus vizinhos foliões.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

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