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08
Jun23

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

12

O Januário e a sua Rosinha continuavam muito felizes, por em breve terem nos seus braços o seu primeiro rebento, toda família partilhava dessa imensa felicidade

O Soba, depois de o conhecer melhor o Januário, pediu-lhe para o ajudar nas contas com o negócio dos escravos, nos quais também estava envolvido

Luanda teve um papel importante nos negócios da escravatura, por ser uma das mais importantes feitorias portuguesas na costa africana, fazendo com que fosse um centro de formulação e execução de operações militares contra reinos africanos

Foi, também, uma base de intensa diplomacia entre africanos e europeus

Os escravos podiam vir de prisioneiros de guerra, comprados por traficantes, ou por meio de emboscadas

Os escravos eram levados a pé até aos portos, onde eram revendidos aos europeus, a troco de mercadorias importantes como: tabaco, cachaça, pólvora

 Eram marcados a ferro quente para se saber a que comerciante pertenciam

Os barcos que os transportavam eram conhecidos por tumbeiros, por muitos morrerem na viagem

Três anos depois de o Januário ter deixado Lisboa, nasceu a primeira filha da Rosinha e do Januário, chamaram-lhe Leopoldina, toda a família ficou muito feliz com a chegada de mais um membro para a família, que vinha ganhando notoriedade desde que o Januário se tinha associado ao Soba, no negócio da escravatura

A armada, que tinha permitido ao Januário a grande aventura de ter ido ao Oriente, já tinha atracado em Lisboa, depois de terem descansado três meses em Angra do Heroísmo, Nos Açores

Foram recebidos em festa, toda a cidade acorreu ao cais, para aplaudirem os valentes homens, que tinham ido tão longe e passado tanto tempo no mar

Mal sabia a multidão que uma mulher, também tinha participado, sem que ninguém tivesse descoberto que era mulher

O irmão do Januário, o Ezequiel, mais novo dois anos, que tinha ficado em Lisboa, porque tinha de tomar conta da mãe deles, que entretanto morrera, também estava entre a multidão, junto à saída do barco, onde o irmão tinha embarcado

Já tinham saído quase todos, e o irmão não aparecia, resolveu perguntar, a um grupo que acabara de abandonar o barco, se conheciam o Januário, e se sabiam alguma coisa dele

Disseram-lhe que tinha ficado em Luanda, nada que o irmão não temesse, uma vez que, na despedida, lhe tinha dito que queria tentar a sua sorte numa Colónia

Como não tinha mais nenhum familiar, pensou em ir ter com o irmão, mas para isso tinha de tentar fazer como ele tinha feito.

Continua

 

 

21
Mar22

Poesia e Primavera

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Poesia

 

Flores, amores, mar, maresia

Hoje, é o teu dia, mas todos dias devem ser dias de poesia

A harmonia, a alegria, a empatia deviam, sempre, fazer parte do dia

Os sorrisos das crianças, os seus abraços e beijos são a mais bonita fantasia

Os voos das aves, as suas melodias, os seus acasalamentos são bonitos movimentos

As árvores vestem-se de novo, há um perfume viçoso

A Primavera irradia uma luz cintilante, há um ambiente diferente, no horizonte

Toda a Natureza mostra a sua exuberante beleza

Nesta Primavera de guerra acesa: as mortes, a destruição, são mais uma lição

Para termos muita atenção a todas as guerras, porque delas nunca vem coisa boa

Há sempre quem queira justifica-las, mas nenhuma tem justificação

O pão, a razão, a ambição enfurecem a multidão

Mas, a poesia, essa não, procura a beleza, a sensibilidade, o amadurecimento, a idade!

Há quem desdenhe de ti, culpando-te pela falta de produtividade

Mas muitas empresas já chegaram à verdade, sabem que podes contribuir para a felicidade

Não é na brutalidade de muitas horas de trabalho, que está a chave

Mas na criatividade, na realização pessoal, no ambiente saudável

Podem dizer e fazerem o que quiserem, mas tu vais resistir

Como tens resistido ao longo dos séculos

Amanhã, vão esquecer-te, de novo, e só vão falar de ti, novamente, daqui a um ano!

 

 

José Silva Costa

  

08
Set20

Sintra

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Sintra

 

Minha romântica Sintra

Estás mais bela que nunca

O Covid-19 afastou de ti a multidão

Que por todo o lado, tudo atravancava

Há muito que não te beijava

Quem é que a ti chegava!

Estás mais radiosa

Com essa cabeleira airosa

A emoldurar o Palácio da Pena

Vestida com encantadores palácios e jardins

Com recônditos recantos

Onde rainhas e princesas beijavam a lua, a ver o mar

Os sonhos e os aís inundavam os ares

O perfume dos pomares

Inebriava todos os olhares

Ao rio caíram, da rainha, os colares

Nasceu uma nova vila, que já foi sede de Concelho

Perdeste a vergonha, já não te importas de mostrar o joelho

Nas tuas praias banha-se o mundo inteiro

E, tu, de vez em quando, escondes-te por detrás do nevoeiro

Jogando às escondidas, como faziam as princesas e rainhas

Faz parte do romantismo

De quem és a última rainha

Fazendo com que os namorados, não te vendo o rosto, fiquem baralhados

Estou, contigo, cada vez, mais encantado.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

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