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13
Fev25

O Império

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O Império  -  As teias que o Império teceu

100

A Marina e o Roberto estavam muito contentes pelo carinho com que tinham sido recebidos por todos, e que continuavam a receber todos os dias

Ela falou ao pai, no espaço, para o posto médico, estava ansiosa, queria começar a trabalhar, mas ele não se mostrou recetivo à sua proposta, disse-lhe que era melhor falar com a cunhada, para que o posto médico ficasse, também, junto da cooperativa, perto da escola

Acrescentou que o Palácio do Governo, de um dia para o outro, poderia ter um novo inquilino, porque havia muitos fidalgos, que cobiçavam o cargo de Governador de Angola,  o Rei precisava do apoio deles, por isso tinha de os compensar com cargos, que gostassem de exercer

A Marina, que não contava com o não do pai, depois da explicação, achou que ele tinha razão. Mas, quando regressou a casa, o Roberto notou que ela estava muito triste, tentou saber a razão, ao que ela respondeu que tinha criado expetativas muito altas, em relação ao exercício da medicina, numa cidade onde ela não existia, o que fazia crer que não era necessária

O marido tentou animá-la, dizendo-lhe que em breve se sentiria muito útil, muito gratificada por ajudar a salvar vidas, evitar sofrimentos, ajudar nos nascimentos, que tantas mulheres matavam

Quanto ao espaço para abrir o posto médico, poderia ficar com espaço cedido para a escola, caso os cooperantes estivessem de acordo, por ser pequeno para tantos alunos, sem condições, sendo preferível dar as aulas ao ar livre, debaixo de uma frondosa árvore, localizada muito perto da cooperativa

Ficou mais animada, sabia que tinha um marido muito amigo, que a adorava, que gostava que ficasse a trabalhar perto dele, que não se importava de lhe ceder o espaço que tinham destinado para ele

Foi falar com a Leopoldina, que se mostrou radiante, confidenciou-lhe que já tinham abordado o assunto, na assembleia geral, tendo todos dito que o posto médico deveria ficar na cooperativa, era uma mais-valia para os cooperantes e para toda a cidade, desde que fosse de acesso livre

A Marina agradeceu-lhe, dizendo que estava totalmente de acordo, o que mais queria era ajudar as pessoas, evitar-lhes todos os sofrimentos, que fossem evitáveis, livrá-las das dores, contribuir para a redução da mortalidade das mulheres, no parto

Ambas ficaram muito felizes, a Marina disse que iria começar a trabalhar imediatamente, estava ansiosa por pôr em prática o que tinha aprendido, iria fazer o que soubesse com o que houvesse, como se o seu posto médico fosse um bebé, cresceria com o tempo, com a continuação da sua aprendizagem, como acontece com todas as profissões, só que a dela lidava com a vida, o que lhe exigia muita atenção e responsabilidade.  

  Continua

 

13
Jun24

O Império

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 O Império  -  As teias que o Império teceu

 

64

Em Luanda, a Rosinha e a restante família estavam muito preocupados por não terem notícias do Roberto e da Marina, que já tinha conquistado aquela família, pela sua simplicidade, por se preocupar com os problemas daquela comunidade e pelo amor que todos sentiam que tinha pelo Roberto

Em Coimbra, a Marina inscreveu-se na Faculdade de Medicina e o Roberto na de Direito

Apesar da gravidez, queria a todo custo Licenciar-se em Medicina, e logo nos primeiros tempos, mostrou que era uma ótima aluna

 

( A troca das Infantas, para evitar guerras)

 

Conflitos entre Portugal e Espanha, por causa da fundação pelos portugueses de Montevidéu, no Rio da Prata, a 22 de novembro de 1723

Era uma zona que os portugueses consideravam ser o limite meridional natural do Brasil, enquanto os espanhóis de Buenos Aires queriam controlar todo o estuário do Rio da Prata

Os portugueses tinham desde 1680 a Colónia do Sacramento na região, que fora ocupada pelos espanhóis durante a Guerra da Sucessão Espanhola

Para evitar novas controvérsias e fortalecer ainda mais a aliança que se pretendia, a diplomacia espanhola propôs um duplo matrimónio: para além do casamento entre o príncipe herdeiro espanhol e Maria Bárbara, o príncipe herdeiro português poderia casar com a regressada Mariana Vitória

A infanta Mariana Vitória fora originalmente prometida a Luís XV de França ( a jovem infanta Espanhola fora rejeitada quatro anos depois, quando tinha sete anos, tendo voltado a Madrid )

  1. João V aceitou a proposta, e dois anos mais tarde, tendo os príncipes e as infantas chegado a idade um pouco mais crescida, firmaram-se então os acordos pré-nupciais: o duplo casamento da Infanta espanhola Mariana Vitória de Espanha ao herdeiro do trono português, José, Príncipe do Brasil e de seu meio-irmão mais velho Fernando, Príncipe das Astúrias à irmã de José, a infanta Maria Bárbara de Portugal, em Janeiro de 1729

Foi um complexo arranjo diplomático e protocolar, os dois conjuntos de príncipes e princesas foram escoltados até a fronteira Espanha-Portugal pelas duas cortes reais ibéricas

Por fim, após demorada preparação, a troca das Princesas realizou-se a 19 de janeiro de 1729. A troca foi feita no Rio Caia

A cerimónia fez-se literalmente a meio do rio, numa grande ponte-palácio de madeira

Houve uma grande preocupação em garantir que o cerimonial fosse perfeitamente simétrico para que ambos os reis, João V de Portugal e Filipe V de Espanha, tivessem  igual precedência

A coroa portuguesa pediu dinheiro aos quatro cantos do Império, incluindo Minas Gerais, para costear tão dispendiosa cerimónia.

Todas as localidades, entre Lisboa e o Rio Caia, por onde o cortejo passou, estavam  engalanadas.  ( da internet)

Continua

 

03
Set19

A Medicina!

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Mãe

A realização de um sonho

Graças à medicina

A prenda mais desejada

Para quem temeu

Que o sonho, de ser mãe, fosse impossível!

Quanta gratidão há?

Nesses dois enormes e lindos olhos!

Que a todos dão força e encanto

Como que a dizerem, consegui!

Incentivando, todos, a lutarem pelos seus sonhos

Porque a vida é só isso!

Uma luta constante, para atingir os sonhos.

 

José Silva Costa

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