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25
Abr24

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

 

57

A união faz a força, foi essa força que fez com que a cooperativa tenha contribuído para melhorar a vida de todos os cooperantes

Cada vez produziam mais, produção que estava sempre vendida, porque a procura era superior à produção, fazendo com que continuassem a desmatar mais terreno, para aumentar a produção

Era com entusiasmo que todos, novos e velhos, se dedicavam ao trabalho, sentiam uma enorme alegria ao verem as suas sementeiras a nascerem, crescerem, colherem os produtos de que alimentavam era uma sensação indescritível

Com o aumento da produção e o funcionamento da cooperativa, as famílias passaram a ter sempre que comer, deixaram de estar abandonadas à sua sorte, imperava a solidariedade, não sendo permitido o açambarcamento, porque enquanto houvesse, era dividido criteriosamente e proporcionalmente às necessidades de cada família

A Rosinha e o Januário estavam muito orgulhosos de toda aquela família, que constituía a cooperativa, por acreditarem que a sua obra continuaria pelos séculos fora

Seria muito importante, que continuasse, para melhorar a vida de muita gente, que tanta alegria estava a proporcionar àquelas mulheres e homens, jovens e velhos, que tanto se orgulhavam daquele trabalho, honesto e produtivo, arrancando da terra os seus alimentos

A Rosinha, desde a criação da creche, que ela, sempre que tem tempo, ajuda na creche:  fala com as jovens mães, dá-lhes algumas dicas, como cuidarem dos bebés

Contava a sua experiência, como mãe e avó, tenta desdramatizar o papel da mãe e do pai, dizendo que ser pai e ser mãe aprende-se ao longo da vida, e nunca se sabe tudo

As jovens contavam com ela para desabafarem, revelando-lhe as suas dúvidas, alegrias, medos, a todas dava atenção, tentando convencê-las das suas muitas competências, para serem mulheres e mães

O Januário, cada vez, tinha mais dificuldade em andar, tinha receio de ficar acamado, todos os dias fazia muito esforço para fazer uma caminhada, gostava de ir ver as lavras, ver como estavam as plantações, falar com quem andava a tratar delas, lembrar o tempo em que esse era o seu trabalho

Não gostava de ir sozinho, gostava muito da companhia da neta, a Milene, acompanhava a Rosinha, quando ela ia para a creche, sempre, com o fim de conseguir que a neta, depois, fosse com ele

Nem sempre o conseguia, mas muitos dias ela foi a sua companhia, gostava de ir ver os pais e as outras pessoas, que com eles trabalhavam nas lavras

Para o avô, era como se fosse uma borboleta, sempre a saltar e correr, e ele a querer que lhe desse a mão, com medo que caísse e se magoasse

Nos dias em que tinha a sua companhia, esquecia-se das dores, o tempo passava a correr, as lavras tinham outro encanto, aquela borboleta, como ele dizia, a correr, ao longo das plantações, a falar com os pais e todos os que lhe dessem atenção, parecia uma  estrela cintilante, da qual não conseguia desviar o olhar

No regresso, quando chegavam a casa, a avó beijava-a e mimava-a muito, como se estivesse a agradecer-lhe por ter feito companhia ao avô, e ela percebia que eles ficavam muito contentes, com a sua companhia. 

 

Continua

 

 

26
Mai22

A incerteza (9)

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A incerteza (9)

Quase todo “o mundo livre” já foi à Ucrânia prestar solidariedade ao povo ucraniano, por causa da brutal invasão das tropas russas, a mando de Putin

No dia 21/05/2022, foi a vez do nosso primeiro-ministro, o primeiro primeiro-ministro português a visitar aquele país, para reforçar a solidariedade de Portugal e condenar a barbara invasão, que tanta morte e destruição tem causado, e que colocou todo o mundo em sobressalto

Enquanto a nova lei dos metadados não ata nem desata, a Procuradora Geral da República disse que há “um nicho” na lei, que permite continuar a aceder a metadados para investigar, trata-se da autorização que as empresas de telecomunicações têm para guardarem os dados durante seis meses, para efeitos de faturação

O porto de Sines, hoje tão elogiado, não deixou de, nas primeiras décadas, ser considerado mais um elefante branco, onde muito dinheiro tinha sido enterrado

Problemas na construção do porto e excesso de otimismo quanto a certas indústrias petroquímicas contribuíram para que muita tinta corresse, dizendo mal da opção da sua construção

Entre 1970 a 1972 foi criado o Gabinete da Área de Sines, em 1971, foi delimitada a área de Sines, abrangendo uma área de 400 km2

O porto de Sines entrou em exploração em 1978, e o Gabinete da Área de Sines foi extinto em 1986

O pão nosso de cada dia!

A 24/05/2022 centenas de inspetores da Polícia Judiciária, um juiz e magistrados do Ministério Público foram incumbidos da execução de 54 mandados de busca

Aveiro, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Lisboa, Porto e Portalegre, onde foram constituídos arguidos 21 pessoas singulares e 16 pessoas coletivas

Dedicavam-se à produção de projetos, com informações e faturação falsas, suscetíveis de obterem financiamento pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) Portugal 2020

Financiamento para a internacionalização das pequenas e médias empresas no montante de 3 milhões de euros, que não iriam para as empresas, mas para os seus bolsos

Também, no mesmo dia, foram presos dois fiscais da Câmara Municipal de Lisboa e o proprietário de uma obra, na cidade, por terem sido apanhados, em flagrante delito a receber 2 mil euros, pela Polícia Judiciária, devido a denúncia

Os fiscais ficaram em prisão preventiva

Nos Estados Unidos da América, no Texas, mais um tiroteio numa Escola Primária fez 21 mortos: 18 alunos, duas professoras e o atirador

Quantas mais crianças terão de morrer, para que consigam vencer o lóbi das armas, e consigam perceber que aramas não são pães, são o horror para muitos pais e muitas mães?

Continua

 

07
Mar19

Dia de luto nacional

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Luto pela violência doméstica

Não vamos lá com dias de luto!

Para grandes males, grandes remédios

Alterem a lei para este crime

Nada de atenuantes

Porque quem mata é um assassino

Não pode evocar que matou a companheira, porque ela cortou o cabelo, foi ao café, vestiu uma saía, etc.

Instituam a pena perpétua

A obrigatoriedade da pena ter de ser cumprida integralmente

Nada de palavrinhas suaves e de cor-de-rosa

Nem de chá de camomila, quando se apresentam nas esquadras, para beneficiarem de atenuantes

Nada de programas de reinserção, porque já se viu que não funcionam

Nada de paninhos quentes

São precisas medidas enérgicas e urgentes

Quem tira a vida a outro, não pode ter o direito de continuar a viver livremente!

Tem de saber antecipadamente que vai ficar preso, para o resto da vida

Porque tirou a outro, a vida!

Ninguém, em caso algum, pode tirar a vida a outro!

E, a opinião pública tem muita culpa

Porque está sempre a perdoá-los

Neste crime não podem existir perdões

São poucas, todas as punições

Vamos continuar a manter todas as pressões

Até se encontrarem soluções.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

25
Nov18

Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher

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Doméstica, Violência

O que se passará?

Para matarmos as nossas companheiras

Deixando os filhos ao deus dará!

Somos animais racionais?

É que os outros não matam as companheiras

Nem deixam os filhos ao deus dará!

O que é que connosco se passará

Para matarmos, a quem dizemos, amar?

Aquela que escolhemos para nossa companheira

Aquela, que escolhemos para mãe dos nossos filhos

Aquela a quem dissemos que queriamos, nos bons e maus momentos

Não pensamos no sofrimento que causamos

Matamos as nossas mulheres!

Com que direito matamos?

Se a vida não nos pertence!

Devemos, a todas, respeito.

 

José Silva Costa

 

14
Jul18

Sul, sem sol!

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Mulheres

 

Jovens, crianças, bebés

Filhas de reis, condes, viscondes

Sentenciadas à nascença

Deserdadas de bens imóveis

Enclausuradas em conventos

Dos quais nunca tinham ordem de sair

Enclausuradas em bebés, crianças, jovens

Contactos com o exterior, só através do parlatório

Casavam com Cristo, entregando o dote ao convento

Setenta e tal anos de isolamento (Mariana)

Foi uma eternidade de casamento (sozinha)

As mulheres têm toda a razão para se sentirem indignadas

A História tem-lhes pregado cada partida!

E têm de continuar a lutar

As mentalidades levam muitos séculos para mudar

As mulheres, o Mundo, continua a discriminar

No convento de Nossa Senhora da Conceição, em Beja

Formaram-se como que dois clubes

Umas veneravam um Santo, outras, outro

A rivalidade, por vezes, levava-as a vias de facto

Aqueles longos corredores assistiram a muitas dores

Cada grupo concentrava todas as energias e dinheiro em embelezar o andor do seu Santo

Para que, aquando das procissões, lhes chegassem ecos, de qual o andor mais bonito

Era uma maneira de libertar tanta energia reprimida

A adolescência, a mocidade, a vida

Todos os sonhos, todas as ambições, todas as paixões

Presas naquelas paredes, grades e tenções

A verem abrir e fechar aqueles portões, sem poderem agarrar as ilusões

Sepultadas vivas, sem liberdade para serem mães!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

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