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26
Jul23

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu  

19

Entretanto a Rosinha deu à luz o seu segundo filho: um rapaz. Correu tudo bem, chegaram a acordo para que se chamasse Roberto

Toda a família estava muito feliz, mas o Januário tinha um sorriso de orelha a orelha, de tanta felicidade

A Leopoldina também parecia muito contente, mas quando o viu ao colo da mãe, ficou com ciúmes, pediu aos pais para o darem, o que acontece com muitas crianças, por verem que têm de dividir as atenções, que eram só delas, ou pior, os adultos, erradamente, mimarem mais os bebés, que nem percebem o que está a acontecer, em vez de, nos primeiros tempos, privilegiarmos os que se sentem ameaçados, por os pais dedicarem tanto tempo ao bebé

Pais, famílias e amigos, aquando da chegada de bebés, que tenham irmãos pequenos, devem  fazer um esforço para darem toda a atenção aos que se sentem preteridos pela chegada dos bebés

Com a chegada do Roberto, nova pontinha de tristeza a toldar a grande alegria de Januário, por não conseguir transmitir a sua grande felicidade à mãe e ao irmão, quanto gostariam de saber da chegada dos novos membros da família, de conhecê-los, de vê-los!

Só lhe restava tentar saber novidades de Lisboa, estava na altura das naus, da carreira da Índia, atracarem no porto de Luanda, tinha de tentar passar mais vezes junto ao cais, para ver se notava alguma movimentação

Mas as obras ocupavam-lhe muito tempo, para além do que fazia questão em passar com a mulher e os filhos

Gostava de preparar a papa e dá-la à Leopoldina, enquanto a Rosinha dava de mamar ao irmão, para que ela não  sentisse que as atenções eram todas para ele

A avó materna e as tias também estavam muito contentes com a chegada do Roberto, mas estranhavam a maneira como o Januário participava nos cuidados com os filhos, o que não admirava, porque se tratava de costumes de duas sociedades diferentes, e ainda por cima o Januário estava muito à frente, no que dizia respeito à participação dos pais, nos cuidados com os filhos, no velho continente

Muito poucos, mas houve, sempre, quem pensasse que os cuidados com os filhos era uma tarefa do casal, mas eram muito mal vistos, insultados e até agredidos, por irem contra as tradições, que funcionam como leis

O Januário queria ser diferente, apostava na harmonia, queria viver com alegria o dia-a-dia, acreditava que havia uma complementaridade entre homens e mulheres, e que todos os povos eram irmãos

Teve muitas contrariedades e problemas, devido ao seu avançado pensamento, e mais por apregoar uma coisa e fazer o seu contrário, como acontece com muito boa gente, é muito difícil ser-se coerente.

 

Continua

 

 

 

 

 

07
Out20

Critérios

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Critérios

 

Presidente e Primeiro-Ministro em dramática sintonia

Procuradora Geral da República, Presidente do Tribunal de contas não são reconduzíveis

Desde que não sejam submissos, que se permitam discordar do Governo

Porque o Governo acha que tem de alterar, as leis dos Concursos Públicos, para conseguir gastar o muito dinheiro, que virá

Enquanto o resto do país não concorda, porque teme que arrefeça em bolsos de quem não faz nada

Triste fado o nosso, que contamos mais, com o ovo no rabo da galinha, do que com o nosso trabalho.

 

Custa-me ver o Governo pintar tudo cor-de-rosa, como se vivêssemos no paraíso

São tudo maravilhas, vão reforçar tudo, como se ainda não estivéssemos cá a pandemia

Não tiveram tempo de antecipar o caus em que estão os Centros de Saúde!

Se antes já havia dificuldades em marcar consultas, agora os doentes desesperam

Não atendem os telefones, dizem para enviar e-mail, como se todos soubessem mexer em computadores

É muito triste ver filas intermináveis de pessoas de 70,80,90 anos, à espera duma palavra, duma consulta, mas o que têm mais certo é apanharem o vírus

Atendam os telefones, ouçam as pessoas, sosseguem-nas com uma palavra de confiança, deem lhes conselhos, que podem, nalguns casos, ser mais uteis que as consultas

Não continuem a fazer das pessoas parvas, assumam as responsabilidades, tentem resolver-lhes a ansiedade e os problemas, porque ir dormir para a porta dum Centro de Saúde e ver e ouvir o vosso discurso, irrita-nos.

José Silva Costa

 

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