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04
Set25

O Império

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O Império  -  As  teias que o Império teceu

129

Liberto da pressão de angariar fazenda para a Coroa, o Miguel e a Zulmira ficaram com  mais tempo e empenho, para ouvirem a população falar dos seus problemas, que em conjunto tentavam solucionar

Todos os dias eram vistos a deambular pela cidade e arredores, ouvindo aqui, intervindo além, tentando solucionar problemas, que para eles poderiam ser considerados simples. Mas, para muitos eram motivo de muitas dores de cabeça

Quando se cruzavam com o Roberto e a sua turma que, como sabemos, não tinha lugar certo onde dar as aulas, porque em qualquer lugar se pode ensinar ou aprender, o casal também ficava a assistir à aula até ao fim, para aproveitar a oportunidade para trocar algumas impressões com o professor, sabendo que ele era um privilegiado observador dos desabafos sobre a governação e o estado da Colónia

 

O Roberto conseguia transmitir-lhes as aspirações dos seus alunos, bem como as criticas que faziam ao Governador, e isso era muito importante para que o Miguel tentasse ajustar a sua governação às necessidades de quem não estava de acordo com ele, sabendo que nunca conseguiria agradar a todos 

Como é natural, puxava a brasa à sua sardinha, sempre que tinha oportunidade, pedia ao Governador para incentivar a educação, porque só ela, na sua opinião, poderia fazer a diferença, quando se conseguisse estudar os terrenos, tentando utilizar culturas adaptadas aos terrenos, o que faria aumentar muito a produção

Mas, o Miguel que, não acompanhava as visões do Roberto, que via coisas, que só com a passagem de mais séculos, seriam vistas por todos, queria saber como isso seria possível

O Roberto disse-lhe que, felizmente, tinha um discípulo: o Tico, presidente da cooperativa, que já estava a fazer esses estudos, fazendo várias sementeiras contiguas, para saber as que se adaptavam melhor aquele terreno, e várias vezes ao ano, para tentar perceber a melhor altura, para cada sementeira

Os resultados estavam a chamar a atenção de quem há muitos anos trabalhava nas lavras e nunca tinha visto nada assim

Primeiro, por ser um homem a trabalhar nas lavras, segundo, porque aquelas colheitas só podiam ser obra de feitiçaria.

Continua

 

26
Jun25

O Império

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O Império    -    As teias eu o Império teceu

119

O sonho da exploração dos diamantes parecia, cada vez, mais longínquo. Assim, o Governador deu ordens, para que a agricultura fosse o motor de desenvolvimento da colónia de Angola

Para além dos bons indicadores dos jovens, que seguiam o Roberto, rapazes e raparigas, na procura de novas culturas e mais produção, coisa nunca vista, porque os homens nunca tinham trabalhado na agricultura, deixando esse duro trabalho, para as mulheres, era preciso pedir-lhes que transmitissem os seus conhecimentos aos mais novos, mesmo que eles, no impeto da juventude, achassem que já sabiam tudo

Para todas as mães era muito agradável ver os filhos, porque as filhas já sabiam o que as esperava,  interessarem-se por um trabalho, tão importante, para a alimentação de todos, que os séculos tinham reservado só para as mulheres

As mães estavam muito gratas, pela criação da creche, fazendo com que tivessem deixado de andar com os filhos atados às costas, enquanto faziam o duro trabalho do campo, disseram ao novo Governador e à esposa que era muito bom, terem um local onde  deixar os filhos, em segurança

Os governantes pediram-lhes para ensinarem os filhos, as filhas e a todos os jovens, que o quisessem, os conhecimentos, que tinham das lavras, porque todos viveriam melhor, quanto mais e melhores produtos conseguissem tirar da terra

A Zulmira e o Miguel aproveitaram aquele agradável encontro, na creche, para informarem as mães de que iriam continuar a trabalhar, para que todos tivessem uma vida melhor

Assim, contavam com as suas sugestões, para melhorarem o funcionamento dos serviços da cooperativa e os trabalhos nas lavras

A cooperativa já tinha serviços muito importantes, como o apoio à agricultura, o armazenamento e distribuição de alimentos, a creche e o posto médico, mas a Zulmira e o Miguel queriam saber se poderia prestar mais serviços ou se poderia melhorar os existentes

A Leopoldina, que era a presidente da cooperativa, disse-lhes que iam convocar uma assembleia geral, para proceder à nomeação de una nova direção, porque ela já se sentia cansada, sem força para imprimir um novo ritmo à associação, exigido pelos jovens agricultores

Alguns dos jovens que, aprenderam a ler e escrever com o Roberto, tinham paixão pela agricultura, queriam alterar os métodos de produção, armazenagem, comercialização e distribuição. Assim, a próxima assembleia geral, seria a oportunidade, para todos apresentarem as suas ideias, fazendo com que a cooperativa desse um passo em frente, no seu desenvolvimento e nomeasse uma nova direção

Como sócios, o Manuel e a Zulmira, poderiam, então, apresentar as suas sugestões e participar no novo rumo da cooperativa

O Manuel disse que, como Governador não queria interferir nos destinos da cooperativa, mas que tencionava apoiar todas as iniciativas, que contribuíssem para o progresso da Colónia

A Zulmira informou que iria participar na discussão, apresentação de sugestões e escolha da nova direção.

Continua.

 

29
Mai25

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

115

Mesmo em lua-de-mel, o Miguel não queria que a questão da cobiça da rica Angola, por parte de outros países, caísse no esquecimento. Por isso, pediu à esposa se o acompanhava nas visitas, que tencionava fazer às povoações ao redor da cidade, para falar com os Sobas, mostrando que era um Governador diferente, não impondo que fossem ao Palácio do Governador, para ouvir as suas opiniões

A Zulmira ficou encantada com a postura do marido, não gostava de pessoas arrogantes, que se julgam superiores, que fazem dos outros os seus capachos, parecia que tinha sido feito, para ela

As visitas aos Sobas fizeram com que o Governador se apercebesse da importância da sua missão, na apresentação e solução dos problemas entre os povos de Angola e os poderes, que representavam o Rei de Portugal

Miguel prometeu a todos, que tudo faria para que a conjugação de esforços fosse benéfica tanto para as populações, como para a Coroa

A turma do Roberto, que cada vez era maior, tinha, no dia que ia para as lavras, o seu maior empenho. Havia uma competição saudável entre todos, era preciso produzir mais e melhor, e isso só se obteria com novos produtos,  melhores e mais sementes, melhores utensílios, irrigação, novas ideias, que todos queriam pôr em prática

Assim, pediram ao Roberto que aumentasse o tempo dedicado à agricultura, porque era nesse trabalho, que muitos se sentiam realizados

Semear, cuidar, ver crescer, apanhar, comer, partilhar, sentir o carinho e admiração de quem via e comia, pela primeira vez, determinado produto, era uma grande recompensa, para a dureza do trabalho no campo

O Roberto colocou esse pedido à discussão e votação, se a maioria estivesse de acordo, até podiam ir todos os dias para o campo, porque como ele dizia: “ a terra é como as palavras, ambas precisam de ser acarinhadas, revolvidas, adubadas, mondadas, semeadas, para se conseguir uma boa colheita”

Alguns votaram contra, a maioria votou a favor, como era uma turma completamente livre, cada um aderia ao que queria, aparecia ou desaparecia

Passaram a ir quase todos os dias para as lavras, mesmo que tivessem de esperar meses, pelos frutos, era muito compensador aparecer em casa com o que tinham conseguido produzir

Em casas, em que tudo faltava, era ainda mais apreciado, tudo o que aparecesse, sem ser esperado.

Continua

 

 

 

 

03
Abr25

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

107

Quando ele regressou a casa, não resistiu a perguntar-lhe o motivo do longo “namoro”

O marido disse-lhe que o Governador era um homem muito sensível, mostrando-se muito interessado em tudo o que se passava na Colónia, tendo-lhe dado muitos parabéns por o que estava a fazer, para que as futuras mulheres e homens estivessem mais preparados para engrandecerem Angola

Todos gostaram e ficaram bem impressionados com a visita do novo Governador, mostrou-se interessado pelo funcionamento da cooperativa, do posto médico e da escola

Numa Assembleia-geral da cooperativa, o Manuel informou todos os cooperantes de que estava muito confiante no novo Governador, o facto de ser seu conselheiro, fazia com que fosse conhecendo as suas ideias e objetivos para Angola

O Rei tinha-o encarregado de tentar dar uma nova vida à Colónia, disse-lhe que teria de encontrar meios de sustentabilidade que substituíssem a escravatura  

Em 15 de Junho de 1856 o parlamento português aprovou o decreto abolindo a escravatura no distrito de Ambriz e nos territórios de Cabinda e Molembo, o que contribuiu para a resignação britânica sobre a titularidade de Ambriz.

Para fazer face aos apetites sobre Angola, por outros países, como ingleses e americanos, era preciso avançar para o interior e ocupá-la, desenvolver as pescas e a agricultura, onde a cooperativa poderia ter um papel importante

Tinham de inventar novas alfaias agrícolas, para conseguirem aumentar a produção, novas culturas e melhorar as que já faziam, todas as contribuições eram bem-vindas

O Roberto comprometeu-se a levar os seus alunos para as lavras, pedir-lhes para também se pronunciarem sobre como conseguir produzir mais e melhores alimentos

Na turma do Roberto havia gente de todas as idades: meninos, meninas, mulheres e homens, todos queriam mostrar os seus talentos, uma escola inédita, livre e aberta a todos

Para ele, todas as pessoas tinham talento, só dando-lhes oportunidades, os poderiam mostrar

Era cansativo, dar atenção a todos, mas era o que gostava de fazer, descobrir em cada um, o que o fazia correr, para a sua escola.

Continua

 

27
Mar25

O Império

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O Império   -   As teias que o Império teceu

 106

Portugal foi o primeiro país europeu a expulsar os jesuítas.[1]

Declaro os sobreditos regulares [os Jesuítas] (…) rebeldes, traidores, adversários e agressores que estão contra a minha real pessoa e Estados, contra a paz pública dos meus reinos e domínios, e contra o bem comum dos meus fiéis vassalos (…) mandando que efetivamente sejam expulsos de todos os meus reinos e domínios.

— Decreto de expulsão dos Jesuítas, 1759. (D. José I  )  (Wikipedia)

O novo Governador de Angola, acompanhado do ex-Governador foi visitar a cooperativa, e gostou muito do que viu

Deu os parabéns a todos, por estarem a construir uma grande obra, que muito contribuía para melhorar a vida dos cooperantes e engrandecimento da cidade

Disse que iria transmitir tudo o que vira ao Rei, para que soubesse como as populações trabalhavam, para tornar a Colónia mais próspera

Depois de passar algum tempo a ver como funcionava a escola do Roberto, pediu-lhe para interromper a aula, para lhe agradecer o excelente trabalho, que estava a fazer

Quis saber como é que tinha conseguido tirar os miúdos da rua, fazendo com que fossem à escola, e participassem em tantas atividades, parecendo muito felizes

Roberto respondeu-lhe que os tinha convidado para mostrarem as suas habilidades e em troca ensinar-lhes-ia a ler, escrever e contar

Acrescentou que nem ele acreditava que tivesse êxito, mas apercebeu-se de que todos queriam mostrar o que sabiam fazer e também aprender a ler

O Governador prometeu mandar fazer uma escola, para que não estivessem tão expostos ao pó, à chuva e ao sol  

O Roberto agradeceu-lhe o interesse pelo bem-estar daquelas crianças, que estavam tão interessadas em aprender, estava a pensar levá-los para as lavras, com o objetivo de saberem quanto as suas mães trabalhavam, para arrancarem da terra o seu sustento

O Governador, depois daquela confissão, ficou, ainda, mais impressionado com os métodos e entusiasmo daquele professor

Vendo que aquele era um professor diferente, continuou a ouvi-lo sobre os seus projetos, sempre com muito interesse, o que fez com que a conversa se tivesse prolongado por mais de uma hora

A Marina ficou, no posto médico, a falar com o pai, já estavam intrigados com tanta conversa entre o Roberto e o Governador, tendo ela questionado: “ que raio têm eles tanto que falar?”

Por fim despediram-se, o Roberto continuou com a aula. O Governador, quando chegou perto do ex-governador e da filha, disse-lhes: “ nunca vi uma pessoa que gostasse tando do que faz como o seu marido”

“Sim! O Roberto adora o convívio com os miúdos”

 

Continua

 

 

25
Jan24

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

45

Em Luanda, os cativos ficavam em grandes barracões esperando o embarque, quando os navios demoravam para transportar a “carga”

Os Jesuítas, que possuíam numerosos escravos em Luanda, tinham um importante papel durante essa estadia, catequizando as almas

Antes de embarcar, todos os escravos eram batizados com nomes bíblicos, recebendo a nova alcunha por escrito, num papel

Eram orientados a esquecer os costumes da sua terra e a serem felizes na nova fé

Desde que regressara do Brasil, que o Januário tinha notado que a filha, a Leopoldina, tinha muita intimidade com um rapaz, que a acompanhava nos trabalhos do campo, o que não era habitual, por que raramente os homens trabalhavam nas lavras

Achava que não deveria fazer perguntas, mais tarde ou mais cedo perceberia o que se passava, ou alguém o informaria do que se passava entre os dois pombinhos

Poucos dias depois, a Rosinha perguntou ao marido, o que é que achava daquele novo associado

Respondeu-lhe que parecia bom rapaz, bom trabalhador e muito interessado na Leopoldina

A Rosinha riu-se e disse-lhe que o Jeremias gostava tanto dela, que tinha aceitado trabalhar ao lado dela, coisa que raramente os homens faziam

O amor é capaz de levar as pessoas a fazerem grandes transformações, move montanhas, tira pedras do caminho e estende rios de carinho

O Januário disse à Rosinha que o seu maior desejo era que o Jeremias gostasse tanto da Leopoldina, como ele gostava da Rosinha

A Rosinha respondeu-lhe que também ela gostava muito do Januário, que o amor entre eles era um exemplo para todos

Acrescentando que esperava que a Leopoldina e o Roberto seguissem o exemplo deles

Finalmente, toda a família estava muito feliz, desde o regresso do Januário, que se notava, que o facto de estar definitivamente afastada do negócio da escravatura, que a família estava unida, não querendo voltar a colaborar, com quer que fosse, que apoiasse a escravatura

Pelo contrário, queriam lutar contra a barbárie de comercializarem seres humanos, como se fossem animais irracionais

Toda a família estava muito revoltada com os horrores, que os seus três familiares tinham sofrido, como escravos

Queriam evitar que outros sofressem o mesmo. Mas era tão difícil dizer, em público, que não concordavam com a escravatura, porque poderiam ser presos ou mortos

Até os Jesuítas a praticavam, portanto, o melhor era não se meterem em aventuras, que lhes poderiam custar a vida, sem conseguirem ajudar ninguém.

Continua

 

 

28
Set23

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

 

28

 

Frei Luís Brandão escreveu a um jesuíta, que questionou a legalidade da escravatura dos nativos angolanos: ” Estamos aqui há quarenta anos e tem havido muitos homens instruídos aqui e na colónia do Brasil que nunca consideraram o comércio ilícito."

Acrescentando que apenas um pequeno número de nativos teria sido escravizado

Angola terá exportado 10.000 escravos por ano

Mesmo que nem todos tenham aderido ao pedido do governador, para que fugissem para o Forte de Massangano, este não conseguiu albergar a multidão, muitos ficaram fora do Forte, ocupando o espaço à sua volta

O Januário, o irmão e outros foram incumbidos de organizarem e ajudarem na defesa do Forte, a pedido Governador

Às mulheres pediu-lhes que se dedicassem às lavras, para que pudessem alimentar toda aquela gente

A Rosinha disse-lhe que tinha trazido algumas sementes, que iria semear, para obter mais sementes e, assim, conseguirem produzir quanto fosse possível

De seguida pediu à Miquelina que a ajudasse na organização de uma reunião com todas as mulheres, para distribuírem as tarefas, de modo a que todas participassem e se sentissem mobilizadas para a nobre missão de alimentar tantas bocas

Tinham de formar equipas, trabalhar por turnos, escolher as que ficariam encarregues de tratar das crianças, não lhe faltavam tarefas

A cultura do amendoim tinha de ser guardada, todo o dia, assim que o amendoim estivesse quase formado, para que os macacos não se antecipassem a colhê-los

Muita gente, em pouco espaço cria, sempre, atrito, que foi atenuado por terem de estar unidos contra a ocupação dos holandeses

Um ano antes da ocupação de Lunda, pelos holandeses, o Forte de Massangano tinha  sido  atacado pelas forças da rainha Nzinga, sendo as suas duas irmãs, Cambu e Fungi, feitas prisioneiras, a última das quais foi executada em agosto de 1641

Com a ocupação de Luanda pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, Massangano passou a funcionar como capital de Angola

Devido à sua posição estratégica, perto da confluência de dois rios, torna-se a povoação mais importante do interior, centro do comércio e das operações militares, que se faziam na Jamba, Dong, Libolo.

 

Continua

 

 

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