Vento!
Vento
Invisível vento
Quantas vezes te defendo
Dizendo, que também tens o teu assento
Mas tudo o que é demais não presta
É o que, sempre, ouvi dizer
Mas não sei se vou continuar a fazê-lo
É que já estou pelos cabelos!
Mesmo sem te ver
Não sei se és gordo, magro, bonito ou feio
Já não aguento mais os teus empurrões e atropelos
Levas tudo à frente
Quem não tiver boas raízes não se sustem
Tu tanto praticas o mal, como o bem
E, não olhas a quem
Parcialidade insubmissa!
É essa a tua justiça?
E, quando matas tudo, até os sonhos
Como é que essa justiça fica?
Não respondes
É o que todos fazem
Quando praticam atrocidades
Quando tudo matam e destroem cidades.
José Silva Costa