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17
Jul25

O Império

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O Império   -    As teias que o Império teceu

122

 A assembleia geral da cooperativa foi muito participada, pela primeira vez os novos sócios, quase todos jovens, estavam em maioria. Os que estavam a par do fenómeno, em que se  tinham tornado as aulas do Roberto, sabiam do contentamento dos jovens sobre as aulas e a vontade de serem sócios da cooperativa

A escola do Roberto não tinha portas nem janelas, tanto podiam decorrer a uma sombra, como numa praia, ou numa lavra, o que todos procuravam era soluções, para as questões, que o Roberto lhes colocava

Responder às necessidades diárias, a começar pela alimentação, um abrigo para pernoitar, o resto só viria, quando estivesse assegurado o essencial

Alguns idosos não compreendiam toda aquela excitação dos jovens, já diziam que o Roberto tinha poderes de feiticeiro

Fosse como fosse, com ou sem poderes de feiticeiro, o que estava à vista de todos, é que ele estava a fazer com que os jovens, principalmente os rapazes, cortassem com os hábitos antigos, o que não agradava aos Sobas

Os que seguiam o Roberto sentiam-se valorizados, aprendiam a fazer coisas úteis, essenciais à vida, o que fazia com que a sociedade os apoiasse e admirasse

Naquela escola não se obtinham provas de conhecimento, cada um tinha de demonstrar o que sabia, pondo-o em prática

O Roberto não lhes ensinava soluções, apenas lhes apresentava questões que, muitas vezes,  eram resolvidas com muita colaboração, muito tempo, muitas experiências, até conseguirem encontrar um resultado positivo, isto é  produtivo

Como o principal objetivo era a produção de alimentos, conseguir que todos tivessem qualquer coisa, para comerem, todos os dias, quase todos queriam participar e tentar inovar, deixar uma marca, daí o grande empenho em todas as experiências

Tanto o Roberto, como os mais idosos tentavam travar o entusiasmo dos jovens de que todas as sementeiras corriam bem, lembrando-lhes de que a agricultura é influenciada por muitos fatores: a qualidade do terreno: se é apropriado para  aquela cultura, as condições atmosféricas, as pragas de insetos, que devoram as culturas em pouco tempo, os animais, que também podem estragar tudo em menos de um fósforo

Os jovens diziam-se cientes das dificuldades na agricultura, mas muito contentes por conseguirem produzir alimentos, vendo as sementes germinarem, crescerem, sendo as colheitas a maior magia, principalmente nos produtos, que crescem debaixo da terra, cujo resultado só se vê, quando se destapam e colhem.

Continua

 

 

 

 

25
Jul22

Água!

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Água!

Mais um quente verão

Dizem que, cada vez, serão mais quentes

Queixam-se as sementes

Que com tão alto calor, não conseguem germinar

Queixam-se as pessoas, as árvores, os peixes, que estão a asfixiar

Sem água, como é que podem respirar e nadar!

Como é que vão fazer, para tanta gente alimentar?

Se a água continuar a escassear, vamos ter de nos adaptar

A muito menos água gastar e deixar de a desperdiçar

Caía do céu, com abundância!

Mas, começou a faltar, e se assim continuar

Temos de a ir buscar ao mar

Vai ficar muito mais cara

Que remédio, se o céu deixou de a dar!

Cansou-se de ver como a estragávamos

Agora, vamos ter de aprender como utilizá-la

Não há nada como a Natureza, para nos castigar e ensinar como a respeitar

Vamos ter de, a água, poupar

E de a valorizar, como se de ouro se tratasse

Água é fonte de vida!

Não podemos continuar a desperdiçá-la

Temos de reutilizá-la, armazená-la, não a deitando toda ao rio

Que vai ficando vazio, fazendo com que tudo, o que dele dependia esteja a morrer

Os espelhos de água são bonitos de se ver

Onde os pensamentos podemos esconder e sabedoria beber

Quando abrirem a torneira, admirem a alegria de a ver correr

Poupem-na, para que não deixem de a ver.

 

José Silva Costa

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