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22
Jun23

O Império

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O Império – As teias que o Império teceu

14  

O negócio do Soba, com a ajuda do Januário, estava em grande progresso, o que fazia com que  as suas famílias tivessem, cada vez, melhores condições de vida

Havia uma grande necessidade de escravos para o Brasil, que já não conseguia dispensar os escravos, para assegurarem a laboração dos engenhos de açúcar

A Rosinha não gostou nada que ele se tivesse associado ao Soba, no negócio dos escravos. Mas  o Januário disse-lhe que só o tinha feito para tentar ir ao Brasil resgatar o pai dela e os irmãos

Para isso precisava de incrementar o negócio, de modo a ir ao Brasil, nem que fosse para levar uma carrada de escravos, e tentar encontrar o sogro e os cunhados

Essa promessa fez com que ela alimentasse a esperança de voltar a ver o pai e os irmãos

Mesmo que não acreditasse que isso fosse possível, porque não sabia de nenhum escravo, que tivesse conseguido libertar-se do cativeiro e tivesse voltado ao seu país

Entretanto, a Rosinha tinha ficado novamente grávida, e o Januário tinha esperança de que fosse um menino

Cada vez empenhava-se mais no negócio dos escravos, queria acumular riqueza, para tentar ir viver, com a família, para a cidade de Luanda

A Rosinha é que não estava nada entusiasmada com a ideia de ir viver para a cidade, preferia continuar a viver, onde sempre vivera e nascera, tratando das suas terras

Mas, também, concordava com o Januário, quando dizia que se vivessem na cidade, os seus filhos teriam oportunidade de ter uma vida melhor, diferente

Dizia que não valia a pena fazerem grandes planos, para o futuro, porque de um momento para o outro, tudo muda, como aconteceu com ela, cuja vida deu uma volta de trezentos e sessenta graus

Tinha passado de uma rapariga simples, que passava os dias a apanhar búzios, para se tornar na mulher do Senhor Januário: um branco que queria provar ser possível uma convivência, diferente, entre brancos e pretos 

Sem a arrogância de outros, com simplicidade e humildade, queria criar amizade com todos

Mas nem todos o viam como sendo assim tão exemplar, uma vez que se tinha associado ao Soba, para comprar e vender escravos, uma coisa que os outros não conseguiam entender

Bem tentava, o negócio justificar, dizendo que queria resgatar os familiares, mas ninguém, mesmo com esse objetivo  se ia calar, porque uma pessoa boa, nunca venderia um seu semelhante, o seu dever era protege-lo de tão grande barbaridade.

 

Continua

 

   

06
Jun22

Rosas!

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Rosas!

 

Rosas da Primavera

Que o tempo leva

Na flor da vida, uma

Princesa dessa era

Por que o tempo não espera

Vai-se com ele o brilho

Mas fica a sabedoria

De como roda a nossa esfera

Dos encantos passados

Ficam os rebentos, amados

Que darão os frutos

Na bonita idade das flores

Colhê-los, no embranquecer

É a recompensa de tanta dor

É a ajuda para um entardecer

Acompanhado das rosas do futuro.

 

José Silva Costa

09
Nov20

A beleza

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A Natureza

Como a pureza da Natureza é a tua beleza

Os teus olhos são estrelas cintilantes

Que guiam o Universo para patamares distantes

A tua boca é um botão de rosa a libertar perfumes inebriantes

Que me embebedam a todas as horas, a todos os instantes

Os teus seios são como rosáceas de alabastro, perfeitas!

Alimenta o presente e o futuro

Mulher, mãe, irmã, esposa, namorada, companheira

Como a Natureza, vocês são a esperança da continuidade

Tenho a certeza de que são as mais belas flores da Natureza

O Universo é pequeno, para tanta beleza

Não magoem, nem mal tratem, tanta delicadeza

É a elas que devemos toda a nossa grandeza

 Mãe! Faltam-me as palavras, para te agradecer, por me teres concebido e criado.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

01
Out20

Outubro

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Bem-vindo, Outubro

Vamos-te receber, mascarados

Não fiques magoado

Por não podermos sorrir

Este vírus está-nos a ferir

Bem gostava de te beijar e abraçar

Como no ano passado

Mas este ano é outro o fado

Ninguém pode dizer que está descansado

Espero que nos ajudes a chegar ao futuro

Deixando, cada dia, para trás, o escuro

Até conseguirmos, de novo, abraçar o outro

Sair alegre, a cantar, sem medo de o encontrar

Poder, de novo, de cara limpa, ver o sol e a lua

Cumprimentar a miúda que passa na rua

Ver tudo, de novo, sem máscara.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

19
Jun20

Adeus

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Adeus Primavera!

 

 

 Adeus Primavera!

Até para o ano

Que venhas, ainda, mais encantadora

Cá ficamos à tua espera

Vamos tentar viver mais de acordo com a Natureza

Para que venhas, ainda, com mais beleza

Sem máscaras, nem tristeza!

Nos próximos doze meses, prometemos viver de acordo com os teus desejos

Reciclar, reduzir, reutilizar

Nos esgotos, óleos alimentares e de carros, não deitar

Alimentos e outros produtos não desperdiçar

Andar de carro, temos de reaprender a andar

Os transportes públicos temos de privilegiar

As infraestruturas temos de apoiar

As obras de fachada, só para o dinheiro estragar, temos de detestar

Temos tanto em que pensar e nos ocupar

Doze meses para tanto, não são suficientes!

Mas, já é tempo de sabermos escolher entre o trigo e joio

De semear sementes para o futuro

Neste presente, muito duro!

Em que temos de desenhar um mundo melhor

Onde todos tenham direito a um lugar seguro

Não há tempo a perder

Porque todos os dias os filhos nos pedem de comer

Infelizmente, há quem, com a fome dos outros, se goste de entreter

Hoje, ainda, vão entreter-se com a discussão: “ casa onde não há pão, todos ralham, ninguém tem razão”

Não têm pressa, não é deles a aflição!

Se não, não precisavam de, tanto tempo para tomarem uma decisão

É por isso que muitas coisas são feitas tarde e a más horas.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

05
Jun20

O futuro!

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Quanto pior, melhor!

A democracia é o melhor sistema político

Porque quem está no poder, tem que fazer com que os eleitores não o substitua

Os partidos da oposição desejam que quem está a governar falhe

Para poderem, mais facilmente, ganhar as eleições

Como seria diferente se os eleitores se interessassem mais pelos assuntos da governação!

Como estamos numa encruzilhada, sem saber o que fazer, nem o que nos espera

Como estamos na espectativa de receber, da U.E., uma boa maquia, por causa da pandemia

Graças a um conjunto de coincidências: a saída do Reino Unido, a pandemia, a contestação dos extremistas, tanto de esquerda, como de direita, termos, pela primeira vez, uma mulher, na Presidência da Comissão, a Senhora Merkel não se recandidatar a Chanceler, e pretender ficar para a posterioridade como uma grande mulher

O Primeiro-ministro achou por bem pedir ajuda ao Engenheiro Costa e Silva, para o ajudar a melhor gastar os milhões

É certo que o fez à socapa, quando o devia ter publicitado, porque o povo tem de saber, com que linhas se cose o futuro

Mal se soube do convite, caiu o Carmo e a Trindade

Toda a oposição se indignou, porque não é político, não foi eleito, não entregou a declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional ………

Os muitos comentadores também afinaram pelo mesmo diapasão

Acho que não têm razão, todos devemos participar na discussão

Todos temos o direito de dar a nossa opinião

É o futuro que está em construção!

Desta vez, não podemos permitir que construam mais estádios de futebol

Que estão às moscas, por pagar, sem dinheiro para a sua manutenção

Enquanto as escolas continuam à espera de remodelação

Há escolhas que são grande aberração

E põem o futuro em estagnação

Sei que não é fácil mobilizar as pessoas para o salto no desconhecido

Mas nós só teremos êxito se formos capazes de inovar e acrescentar valor ao nosso tecido

O ensino é a melhor ferramenta para fazer avançar o país

Temos de fazer o maior investimento, que seja possível, em professores, equipamentos tecnológicos e edifícios

Outro setor, que a pandemia veio demonstrar, que não o podemos descurar, é o Serviço Nacional de Saúde

Para sermos coerentes, com o que a Natureza exige, as energias renováveis temos de incrementar

A ferrovia não a podemos dispensar!

E, as novas tecnologias é que nos fazem sonhar

Mas, para tudo isto, é preciso, as amarras, cortar.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

21
Jul19

Topo

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A Corrupção

Até que, enfim! A corrupção chegou ao topo

Numa sondagem, os portugueses mencionaram a corrupção, como segunda preocupação

Logo a seguir à saúde!

Os políticos estão, sempre, a desvalorizá-la

Mas, agora, têm de ir a reboque da opinião pública

Na próxima campanha eleitoral, o seu combate vai ser bandeira de todos os partidos

Mesmo que seja, só, mais um promessa eleitoral

Nos últimos anos, é que alguns se aperceberam da sua dimensão

Quando viram, todos os dias, pessoas detidas, para interrogação

Os relatórios dos organismos internacionais não se cansam de a divulgar!

As pressões do Governo não têm sido suficientes, para os apagar

A corrupção, em Portugal, chegou a ser a normalidade!

Quem não colaborasse era olhado com desprezo

Há outra bandeira inquestionável, nas próximas eleições

As alterações climáticas

Esta, imposta pelos jovens, que já perceberam que têm de lutar pelo seu futuro

Porque os políticos falam, falam, mas nada de ações

Presos no seu conforto, têm medo de afrontar os poderosos

Vão gerindo o presente

Fazendo com que o futuro fique descontente.

 

José Silva Costa

 

 

 

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