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cheia

cheia

07
Out21

Sorrisos

cheia

Sorrisos!

As árvores vão-se despindo

Folhas mortas atapetam o outono

Menos horas de sol

Mais horas de sono

São os dias do outono

Manhãs e noites frias

No entardecer do sol

Os idosos voltam ao calor do lar

Recordam os verdes anos

Em que o frio não os impedia de namorar

Vão-se habituando às condições

Têm de viver com as suas estações

Sonham com os bailaricos nos dias de feira

Onde descansavam da canseira

Nos verdes anos julgavam-se imortais

Voavam nas asas dos sonhos

Deixavam a lua na rua

A sombra ficava nua

Tudo lhes sorria

À medida que a vida vai encurtando

A magia tem, ainda, mais alegria

As correrias da impetuosidade dos jovens

Ajudam-nos a recordar o que faziam 

As crianças transportam o novo dia

Trazem as cores do infinito sorriso

Na ponta dos dedos guardam os segredos

Para eles não há medos!

 

José Silva Costa

 

 

 

21
Fev20

Sol

cheia

O Sol

Hoje não vieste

Deixaste o teu lugar vazio

Tanto foi o frio!

Hoje, ninguém te viu

Todos tremeram de frio

Sabes como todos te esperamos

Todos os dias

Só tu nos aqueces!

Os ossos regelados dos anos 

Todos adoramos

O sol de Inverno

Sem ti, as nossas vidas são um inferno

As nossas magras pensões

Não dão para aquecer as casas

O soalheiro é o nosso ponto de encontro

As nossas pernas já não dão para mais

Ficamos, ali, com o teu agasalho

Na má-língua

Mas, hoje, como não vieste

Não resistimos ao vento agreste

Voltámos para as nossas casas

Que estavam tão frias como a rua

Agasalhámo-nos com as mantas

À espera da Lua.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

09
Nov19

Rua

cheia

Rua

Vives na rua

À luz da lua

Na indiferença, nua

De quem passa

Olha para o lado

Para não ver o frio duro

Que te agasalha

No aconchego

Das pedras da calçada

Com as estrelas como almofada

Em lençóis românticos, deitada

Sonhando com um mundo de fada

Que não tem data anunciada!

Prometido em cada eleição, marcada

Mas, as legislaturas passam, e nada!

Tu aguardas desesperada

Por uma mão amada

Que te ajude a subir a, social, escada.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

01
Nov19

Novembro!

cheia

Novembro

 

Novembro, as árvores vão-se despindo, mas devagar

Não têm pressa, o frio, ainda, não está a chegar

Vão, lentamente, erguendo ao céu, os braços nus, para, com ele, comungar

E, assim, sem roupa, ao contrário de nós, vão, o Ano Novo, aconchegar

Há cheiros de outono, no ar, que podemos mastigar

Aproveitemos, estes últimos dias de 2019, para os saborear

Antes que chegue o inverno, e os venha branquear

Os cheiros de outono têm as cores do arco iris

Não podemos perder tempo, para que os possamos agarrar

Há muito brilho, quando as nuvens nos vêm visitar

Gotas de ouro, das nuvens, podem-se precipitar

Os rios abrem as mãos, para as agarrar

Cada gota tem um sonho: uma semente germinar

Dando origem a uma planta, um arbusto, uma árvore

Que podem viver dias, meses, anos ou, até, séculos

A Natureza tem muita beleza!

E, nós, só temos de a comtemplar

Todos os dias nasce, para nos encantar

Muito, com ela, podemos aprender

Basta abrir os olhos, sorrir, e o Mundo abraçar.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

22
Dez18

Vai e vem

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Inverno

Chegou mais um Inverno

Espero que não sejas muito frio

Porque o frio é um inferno

O pobre quer mais sol

Deita-se no frio da noite

A sonhar com o calor do dia

Não tem ar condicionado, nem o teto forrado

E alguns nem casa, nem telhado

A vida é um passo adiado

Tem presente e passado

O inverno vai e vem

No calendário tem dia marcado

Nunca chega atrasado

Pode vir seco, com frio ou molhado

Em Dezembro é esperado

Está ao Natal associado

Mal ele chega, o ano tem os dias contados.

 

Feliz Natal e próspero ano Novo

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

27
Out18

Uma só noite!

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Vigésima quinta hora

 

No frio do tempo

Escondo o meu peito do vento

No teu apertado abraço

Enquanto planto flores

Nos teus rubros lábios

Na noite fria, com sabor a magia

Vamos florir a alegria de mais uma hora

Vamos beijar-nos pela noite fora

Neste dia da vigésima quinta hora

De muito frio lá fora

Mas os nossos corações fervem de emoções

No quentinho das nossas imaginações

Onde depositamos todo o tempo das horas

Que juntos, gastamos, que não quantificamos

Que se evaporam com a luz do luar e o brilho do teu olhar

Mal nos deitamos já a manhã o dia está a anunciar

Hoje, temos mais uma hora para saborear

Beijemo-nos atá o dia chegar.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

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