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07
Fev22

Pais (9)

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País (9)

Depois de ouvirem, com toda a atenção, os pais, tanto a Inês, como o Pedro perguntaram-lhes o que se podia fazer, para inverter a situação

Os pais disseram-lhes que pouco se podia fazer, porque os portugueses, para além de serem aventureiros, procuravam fazer fortuna fácil, viver de expedientes, não se importando de entregarem as suas poupanças a quem lhes prometesse melhor taxa de juro, sem quererem saber como o dinheiro era aplicado, para render o dobro do que era normal, convivem bem com as desigualdades, a corrupção, a cunha, não tendo brio no cumprimento das suas obrigações, vangloriando-se de não pagarem os impostos

Mas, se queriam fazer alguma coisa para inverter a situação, primeiro tinham de dar o exemplo, não fazendo nada que, moralmente, fosse condenável

Depois, tinham de se aplicar nos estudos, para poderem colocar os seus conhecimentos ao serviço do desenvolvimento do país, com a condição de que beneficiasse os mais desfavorecidos

Chamaram-lhes, mais uma vez, a atenção para as grandes desigualdades entre as cidades e o campo

Nas cidades, a maior parte dos habitantes têm emprego certo, férias, viajam pelo país e estrangeiro, ainda que alguns aproveitem as férias para fazerem outros trabalhos, porque os ordenados não chegam para as despesas, e outros, sem emprego, vivem da caridade

Nos campos, muitos não têm férias, não viajam, num país com muitas praias, nunca foram à praia, nem nunca puseram um pé num avião ou num barco

A luta por melhores condições de vida, de quem trabalha por conta de outrem, tem sido longa e dura

Primeiro foi a conquista das oito horas diárias de trabalho (48 horas por semana)

Depois a obtenção da semana à inglesa, de segunda a sexta, 40 horas, ao sábado, das 9 às 13 (44 horas)

A seguir a semana à americana (descanso ao sábado e domingo)

Alguns, já conseguiram 7 horas diárias (35 horas semanais)

Fala-se na semana de 4 dias, o que é muito bom, porque precisamos de tempo, para viver, e é possível, porque com as novas tecnologias, somos muito mais produtivos

A Ana e o Francisco disseram-lhes que o país, só depois da Revolução de 25 de Abril de 1974, se tornou num país democrático e, só com a Constituição de 1976, as mulheres obtiveram o direito a votarem, nem mesmo com a implantação da República, em 1910, o tinham conseguido

Um país com muitos analfabetos, em que só uma minoria tinha direito à instrução

Com o fim da segunda guerra mundial, os Governantes, viram-se obrigados a criarem escolas, em todo o país

Como não tinham nem professores nem escolas, decidiram criar postos escolares, até em casas particulares, e formaram professoras regentes, que tinham menos estudos que as professoras oficiais

Muitos pais não queriam mandar os filhos à escola, porque contavam com o trabalho dos filhos mais velhos, para ajudarem a criar os mais novos

Os casais tinham muitos filhos, as raparigas eram as mais sacrificadas, começavam com poucos anos a ajudarem as mães

Às que mostravam interesse em ir para a escola, era- lhes dito que as mulheres não precisavam de saber ler, nem escrever, tinham era de aprender a fazer a lida da casa

A Inês e o Pedro estavam horrorizados com o que os pais lhes tinham revelado, e disseram: “ ainda bem que nascemos quando já não havia essas desigualdades entre homens e mulheres!”

Continua

 

 

25
Abr21

25, de Abril de 2021

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25, de Abril de 2021

No quadragésimo sétimo aniversário do 25, de Abril de 1974, mais um cravo vai florir

Um sonho que, como todos os sonhos, se vai desvanecendo com o acumular dos anos

Um século depois, os mesmos erros, como que a caminhar ao encontro de um novo salvador da pátria

Como se alguém nos pudesse salvar! A nossa salvação está na nossa união, na força da nossa imaginação, no nosso trabalho, honesto, na alavanca da Educação, que é a maior riqueza de qualquer Nação

Depois de 47 anos continuamos com as mesmas desigualdades, com milhões de pobres, sem ilusões, a verem os políticos a mamarem na teta do Orçamento, como dantes, a enriquecerem 

Com os nossos representantes, na Assembleia da República, a declararem moradas falsas, para receberem mais uns cobres

Todos os dias, os charlatões nos vendem ilusões de milhões

Mas, infelizmente, todos os dias tropeço em pessoas a viverem em papelões

Todos os dias há notícias de muitas, muitas corrupções

Algumas praticadas por os que enchem a boca com a ética republicana

Palavras contrariadas pela prática das ações

Somos um país com a mania das grandezas, de esquemas para esconder a miséria

Sempre de mão estendida, todos dias vamos aos mercados, pedir dinheiro emprestado

Somos os primeiros a apresentar projetos, em Bruxelas, para díspar a bazuca

Quando é para estender a mão, somos, sempre, os primeiros

Foram muitas as espetativa , mas infelizmente, são muitas mais as desilusões

Quem ouve os nossos governantes, parece que estamos no paraíso

Mas, nas estatísticas continuamos na cauda da Europa

Quando são indiciados por corrupção, assobiam para a continuação

Sempre com a mesma lengalenga, da consciência tranquila

A justiça não funciona, e a nação, cada vez, mais se afoga

Só não cairemos noutra ditadura, se Europa nos Governar.

 

José Silva Costa

 

25
Nov20

Violência

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Dia Mundial Pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres

 

 

Mais trinta mulheres assassinadas no meio familiar, nestes quase onze meses deste ano

Esta chaga continua a demasiadas mulheres matar

As mulheres são quem está mais a sofrer com esta pandemia

Ao longo dos séculos têm sido, sempre, preteridas

Na educação foram esquecidas

A minha mãe, com muita tristeza, dizia: “ não sei uma letra do tamanho de um burro”

Isto porque, alguns, pelo menos, sabiam dizer ou escrever o alfabeto maiúsculo

Tantas vezes ouvi dizer que as mulheres não precisavam de saber ler

Quem o dizia também pouco sabia sobre o presente ou o futuro

E, em 2020, quantas meninas continuam a sofrer com a clitoridectomia?

Quantas continuam sem direito à educação?

Um século depois, continuarão, como a minha mãe, a dizer que não sabem uma letra, seja de que tamanho for

Neste século, nalguns Países, algumas mulheres conseguiram, dos homens, aproximarem-se

Mas não passa de uma gota de água no oceano!

Infelizmente, as mulheres vão continuar a sofrer com a violência, não só física como psicológica

Como as coisas, agora, mudam muito mais depressa, tenho esperança, mais do que isso, desejo que sejam eliminadas todas as formas de violência contra as mulheres.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

03
Abr20

Os Portugueses

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Portugal

 

“ O saber cura”

 

Foi agradável de ver

De Norte a Sul

O saber, a fazer

Tudo o que for possível

Para que possamos sobreviver

Das Universidades aos Institutos Politécnicos

Dos Centros de Investigação aos que deram as mãos

Todos estão a fazer das tripas coração

Para que tenhamos a produção

De material de proteção

Para todos, sem exceção

Ergueu-se uma Nação

Para mostrar quanto vale sua educação

Quanto Portugal é solidário

Nestes momentos mostramos do que somos capazes

Precisávamos de ser mais eficazes

E, se fossemos mais eficazes!

Seríamos menos criativos?

Já se sabe que a perfeição não existe

Portanto, muito obrigado, amigos

Por tudo quanto estão a fazer

Para que em breve

Voltemos, de novo, a viver.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

13
Set19

Joias e coroas

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Joias e coroas

Amores, ao sabor dos tempos

Já chegou a ser paixão

Em tempos, pela educação

Mas nunca chegaram a casar

Foram muitos anos de namoro

Que na legislatura, acabada

Deu em grande discussão

Acabaram com a relação

Nova legislatura!

Nova joia da coroa: a saúde

Mas ao contrário do que o povo diz:

“Vão-se os anéis, fiquem os dedos”

No caso da saúde, já se foram os anéis e os dedos.

Ontem foi o ambiente, hoje é a saúde, amanhã o que será?

Uma política ao sabor de relatórios, sondagens, sem qualquer estratégia

O que interessa é manter o poder, custe o que custar

Para o mês que vem, vamos votar

Uma nova Assembleia, escolher

De onde sairá um Governo, para nos tornar

Num país mais próspero, mas igualitário, menos corrupto

Menos burocrático, mais competitivo, menos clientelismo

Num país desenvolvido, capaz de fixar os seus valiosos filhos

Para com os seus conhecimentos o enriquecerem

Não precisando de irem, os outros, enriquecer.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

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