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15
Ago24

O Império

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O Império  -  As teias que o Império teceu

 

74

Chegara o dia do nascimento. A Anastácia já tinha sossegado a Marina, dizendo-lhe que já tinha assistido a alguns partos e que tinha corrido tudo bem

O bebé preparava-se para deixar o aconchego do ventre materno, para enfrentar um mundo maravilhoso, mas onde, também, há muita violência, muito ódio, ganância, desigualdades, guerras sem fim, racismo, tanta coisa ruim, que só o homem é capaz de praticar

Mas, este bebé tinha a sorte de ter quatro pessoas à sua espera, para lhe darem o melhor que conseguissem, na esperança que fosse muito feliz

Foram longas e dolorosas as horas de parto, primeiro que o Afonso decidisse enfrentar o seu novo mundo, mas acabou por correr tudo bem

Os jovens pais e a Anastácia estavam felicíssimos, um menino para encher de alegria a grande casa, a Mariana e o Roberto só pensavam nos familiares, queriam tanto que eles os acompanhassem naquele momento de imensa felicidade, mas, infelizmente, estavam tão longe, certamente a sofrer por nada saberem da chegada do Afonso

E, continuavam a interrogar-se sobre o muito tempo que as notícias levavam a chegar a Luanda. A Marina pediu ao Roberto que escrevesse, imediatamente, uma carta para a mãe dele, para que a notícia do nascimento do Afonso chegasse com a maior brevidade    possível, a Lunada,  ela escreveria ao pai, logo que pudesse

Quando ele se preparava para iniciar a carta, para a mãe, a Anastácia pediu-lhe para ir dar a notícia ao padrinho, que tinha de saber quão bonito era o seu afilhado

O jovem pai correu a casa do Elisiário, que quando o viu adivinhou o motivo da visita, abraçaram-se e o Elisiário deu-lhe os parabéns, pediu-lhe que esperasse um pouco, enquanto mudava de roupa, para o acompanhar a casa da Anastácia, queria dar os parabéns à Marina, ver o afilhado e abraçar a Anastácia

Quando os viu entrar, o corpo da Anastácia vibrou, o Elisiário deu os parabéns à Marina, e demorou-se a contemplar o Afonso, a Anastácia aproximou-se dele, para ambos elogiarem o seu bonito afilhado

O Elisiário já tinha notado que a Anastácia gostava da sua companhia. Assim, aproveitou para dizer que o Afonso, também, tinha uns bonitos padrinhos

A Anastácia estava muito feliz, cada vez admirava mais o Elisiário, aproveitou para o convidar para jantar, era preciso festejar a chegada do Afonso, o Elisiário não se fez rogado, aceitou o convite de bom grado, via na Anastácia uma boa companhia, sentia que ela, também, gostava da sua companhia

Contudo, havia uma sombra a toldar toda aquela felicidade: o facto de ela estar viúva há tanto tempo e não ter arranjado companheiro. Seria que se queria manter viúva, para não quebrar uma possível promessa de não ter mais nenhum homem?

Muitas mulheres, mesmo as que enviúvam ainda jovens, acabam por não voltar a casar, porque os filhos não as apoiam nessa decisão, custa-lhes verem outro homem no lugar do pai. Mas hoje em dia, muitos divorciam-se e voltam a arranjar novo companheiro/a

Queria acabar com todas as dúvidas, quando estivessem sozinhos, falar-lhe-ia no assunto, nunca tinha pensado em arranjar uma companheira até ter conhecido a Anastácia. Mas, com a continuação dos encontros, dos almoços e jantares, a intimidade de serem compadres, despertou nele a beleza da Anastácia: muito elegante, muito educada, inteligente, uns olhos muito bonitos e um sorriso provocador, o aconchego de um lar, tinham-lhe provocado uma atração, que só pensava nela e se sentia bem a vê-la.

Continua.

 

 

07
Fev22

Pais (9)

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País (9)

Depois de ouvirem, com toda a atenção, os pais, tanto a Inês, como o Pedro perguntaram-lhes o que se podia fazer, para inverter a situação

Os pais disseram-lhes que pouco se podia fazer, porque os portugueses, para além de serem aventureiros, procuravam fazer fortuna fácil, viver de expedientes, não se importando de entregarem as suas poupanças a quem lhes prometesse melhor taxa de juro, sem quererem saber como o dinheiro era aplicado, para render o dobro do que era normal, convivem bem com as desigualdades, a corrupção, a cunha, não tendo brio no cumprimento das suas obrigações, vangloriando-se de não pagarem os impostos

Mas, se queriam fazer alguma coisa para inverter a situação, primeiro tinham de dar o exemplo, não fazendo nada que, moralmente, fosse condenável

Depois, tinham de se aplicar nos estudos, para poderem colocar os seus conhecimentos ao serviço do desenvolvimento do país, com a condição de que beneficiasse os mais desfavorecidos

Chamaram-lhes, mais uma vez, a atenção para as grandes desigualdades entre as cidades e o campo

Nas cidades, a maior parte dos habitantes têm emprego certo, férias, viajam pelo país e estrangeiro, ainda que alguns aproveitem as férias para fazerem outros trabalhos, porque os ordenados não chegam para as despesas, e outros, sem emprego, vivem da caridade

Nos campos, muitos não têm férias, não viajam, num país com muitas praias, nunca foram à praia, nem nunca puseram um pé num avião ou num barco

A luta por melhores condições de vida, de quem trabalha por conta de outrem, tem sido longa e dura

Primeiro foi a conquista das oito horas diárias de trabalho (48 horas por semana)

Depois a obtenção da semana à inglesa, de segunda a sexta, 40 horas, ao sábado, das 9 às 13 (44 horas)

A seguir a semana à americana (descanso ao sábado e domingo)

Alguns, já conseguiram 7 horas diárias (35 horas semanais)

Fala-se na semana de 4 dias, o que é muito bom, porque precisamos de tempo, para viver, e é possível, porque com as novas tecnologias, somos muito mais produtivos

A Ana e o Francisco disseram-lhes que o país, só depois da Revolução de 25 de Abril de 1974, se tornou num país democrático e, só com a Constituição de 1976, as mulheres obtiveram o direito a votarem, nem mesmo com a implantação da República, em 1910, o tinham conseguido

Um país com muitos analfabetos, em que só uma minoria tinha direito à instrução

Com o fim da segunda guerra mundial, os Governantes, viram-se obrigados a criarem escolas, em todo o país

Como não tinham nem professores nem escolas, decidiram criar postos escolares, até em casas particulares, e formaram professoras regentes, que tinham menos estudos que as professoras oficiais

Muitos pais não queriam mandar os filhos à escola, porque contavam com o trabalho dos filhos mais velhos, para ajudarem a criar os mais novos

Os casais tinham muitos filhos, as raparigas eram as mais sacrificadas, começavam com poucos anos a ajudarem as mães

Às que mostravam interesse em ir para a escola, era- lhes dito que as mulheres não precisavam de saber ler, nem escrever, tinham era de aprender a fazer a lida da casa

A Inês e o Pedro estavam horrorizados com o que os pais lhes tinham revelado, e disseram: “ ainda bem que nascemos quando já não havia essas desigualdades entre homens e mulheres!”

Continua

 

 

03
Fev22

Pais (8)

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Pais (8)

A todos prometeram que voltariam em breve, com mais tempo, talvez nas férias do Natal, ou nas férias grandes, no verão

A Ana, o Francisco e os filhos ficaram muito felizes, por terem encontrado a família que ainda não conheciam

Os tios e os primos também ficaram contentes por verem os sobrinhos e os primos muito felizes com os pais adotivos

A Inês e o Pedro não compreendiam a razão por que os primos não andavam na escola, como eles

Os pais explicaram-lhes que muitas crianças, cujos pais não tinham possibilidades para que continuassem a estudar, só faziam os estudos obrigatórios, que eram a quarta classe

Na terra dos avós adotivos, já tinham reparado que a vida no campo era muito diferente da da cidade

Mas como eles já não tinham animais para tratarem, apenas tinham umas hortaliças nas hortas, e eles passavam a maior parte do tempo a brincar com os amigos, que viviam no estrangeiro, nunca se tinham apercebido da real dureza da vida no campo

Na terra dos pais biológicos, em contato com os tios e os primos, é que viram como eles chegavam exausto e sujos, depois de um longo dia de trabalho, no campo, tendo, ainda de  tratar dos animais, que estavam presos!

Começaram a dar mais atenção ao que se passava no campo e na cidade, não compreendendo a razão por que é que os trabalhadores do campo não eram valorizados, mesmo trabalhando mais horas e fazendo trabalhos mais duros

A Ana e o Francisco disseram-lhes que as desigualdades eram as grandes responsáveis pela desertificação do interior, todos queriam ir para as grandes cidades, onde os trabalhos eram mais leves, trabalhavam menos horas e tinham um ordenado certo no fim do mês, sabiam com o que poderiam contar

No campo tinham muito trabalho na preparação da terra, nas sementeiras, não sabendo o que colheriam, porque uma intempere podia estragar tudo

Com o início da guerra colonial, os rapazes que voltavam da guerra, já não queriam voltar para as suas terras

Os que não conseguiam emprego nas grandes cidades, começaram a emigrar

Dizendo-lhes que eram os filhos desses emigrantes, que brincavam com eles, na terra dos avós, quando iam para lá passar as férias de verão.

 

Continua.

 

 

06
Mar20

Lágrimas

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Dia Internacional da Mulher

 

Tantos séculos a sofrer

Este século veio-vos ver

A voz levantar

Contra quem fez de vós terra mole

Contra tanto uso e abuso

Como se fosse tudo normal

A mulher não ser companheira

Ser humilhada para subir na carreira

Calar a vida inteira

Abrir a boca era asneira

Porque ninguém lhe daria razão

Quando o que está em cima da mesa é o pão

Uma mãe faz das tripas coração 

Esfrega, com as lágrimas, o chão

Para que o amor não seja em vão

As mulheres engolem o afrontoso

Foi durante muito tempo muito doloroso

Felizmente, neste século, alguma coisa tem mudado

O seu testemunho já não é desacreditado

Instituições e individualidades têm sentido o resultado

Em todo o Mundo, os direitos das mulheres, têm avançado

Não está tudo conquistado

Longe disso, não podem esquecer o passado

Têm de continuar, todos os dias, a lutar

As mulheres! Para conseguirem o seu lugar

Sem violência! Antes ou depois do altar

Só o amor nos devia, a todos, acompanhar.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

                

 

 

08
Dez19

Balanço

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Natal

Aproxima se mais um Natal, fim-de-ano, balanços, retrospetivas de mais um ano

Uma época muito especial, em que todos querem reunir as famílias

Mais nenhuma data é tão forte, que provoque tão grande movimentação

Uma rotação anual, para as distâncias encurtar, graças ao poder voar

Como é que há quem questione se avançámos, assim tanto!

Como se no último século não tivéssemos feito, quase tudo

Menos o essencial: acabar com as guerras, com a fome, com as desigualdades, com a poluição, que nos consome

Foi e será sempre assim, a ambição de alguns não se condoe com o bem de todos

Por isso, uns tanto avançam, enquanto outros ficam parados no tempo

Outros tentam travar e parar a revolução dos que querem que o ar continue respirável

Aproveitemos esta reunião familiar, para o futuro saborear, sem os problemas descorar

Porque não é enterrando a cabeça na areia, que vamos lá chegar!

Está nas nossas mãos, o fumo dos carros reduzir, sem fanatismos, racionalmente

Ou queremos que a sua comodidade, lentamente, nos vá matando!

Quem é que está do lado certo, do lado errado, sem falar dos que não estão em nenhum lado!

Este século já nos mostrou que tudo é possível!

Problemas de séculos parecem estar em vias de resolução, redução

Respeitar as mulheres, nas diversas dimensões: igualdade no local de trabalho, ser respeitada no local de trabalho, no lar, na via pública

São séculos de subalternização, que não vão desaparecer de um dia para o outro!

Mas, estas duas décadas, do século XXI, fizeram mais que todos os outros!

Estou esperançado de que este é o século das luzes, da humanização, de que duma vez por todas compreendermos que somos todos irmãos, que temos direito a uma vida digna, sem exploração.

José Silva Costa

 

 

 

 

18
Out19

Regiões!

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Egoísmos

Na tarde vazia

Enterras a alegria

O lusco-fusco não te entende

Foste à procura do brilho da lua

Ninguém, passava na rua

A cidade era toda tua

Estava completamente nua

Depois de tantos gritos de rebelião

De tanto lutarem pela independência

Uns foram para as prisões, outros para os hospitais

A maioria foi para casa, chorar a batalha

Quem queria um poleiro

Criou-lhes tantas ilusões

Prometeu-lhes milhões

“ Vamos ser independentes, vamos voltar a ser grandes, vamos voltar a ter o controlo”

Só ódio e egoísmos em todos estes chavões

Por que razão não pregam pela paz e solidariedade!

Não está o Mundo todo interligado!

Querem voltar aos tempos das muralhas e dos castelos com torres de menagem!

Não somos cidadãos do mundo!

Tão depressa, estamos num Continente, como no outro ao lado

Querem mais liberdade!

Por cá, também, estão empolgados com a solidariedade

Por enquanto só querem Regiões

A solução milagrosa que resolveria todos os problemas

Todos poderíamos escolher os hospitais que quiséssemos

Todos poderíamos escolher escolas públicas ou colégios particulares

Mesmo que moremos no canto mais recôndito, deste país

Custa alguma coisa vender ilusões!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

09
Jul19

2 Países!

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2 Países

Portugal, apesar de pequeno, está dividido em dois

Temos o Litoral e o Interior

Um salário mínimo para os funcionários públicos e outro, para os outros

Trinta e cinco horas semanais para os funcionários públicos, para os outros, quarenta ou mais

ADSE para os funcionários públicos, para os outros o Serviço Nacional de Saúde

Os funcionários públicos estão autorizados a faltarem ao trabalho, para irem levar os filhos à escola, e os outros?

Uns Académicos propõem ADSE, para todos. Que medida brilhante!

Se for implementada, pelo menos, na saúde, acabam-se os dois países!

Passamos a ter em todos os Concelhos, mesmo mos que não têm uma loja dos Correios, unidades de saúde dos três principais grupos privados de saúde

Para termos opções de escolha, como acontece no Porto e em Lisboa

Acabam-se as listas de espera, de meses ou anos, para consultas e cirurgias

Nunca mais precisamos de ir dormir para as portas dos Centros de Saúde

Teremos acesso a todas as especialidades, com múltiplas escolhas

Melhor que esta proposta, só a dos astutos políticos, que conseguem vender as opções de escolha, mesmo aqueles que não têm escolha

Direito a escolher, o berçário, o jardim-de infância, a primária, a secundária e a universidade, no público ou no privado!

Quando não têm escolha, deixam os filhos com os avós até aos seis anos, e a seguir mandam-nos para os estabelecimentos públicos. Estão dispensados do terrível exercício de escolha!

Cada vez mais desigualdades nos salários entre homens e mulheres!

Mais precariedade nos contratos de trabalho para as mulheres

É isto o que temos, depois de mais uma legislatura!

 

José Silva Costa

 

 

 

06
Mai16

Colégios privados

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O negócio dos colégios privados!

Os nossos impostos não devem ser utilizados, para beneficiarem ensino privado, com prejuízo para o público, como tem acontecido.

Cabe na cabeça de alguém , que o Estado subsidie os colégios privados, onde existe ensino público?

Liberdade de escolha! Com certeza, todos podem escolher os estabelecimentos de ensino, que querem que os seus filhos frequentem, desde que tenham possibilidade de escolha e a paguem! O que não podem querer é que sejam todos os contribuintes a pagarem as suas escolhas!

Porque em muitas sedes de Concelho, não há qualquer hipótese de escolha, e isso nunca preocupou os Senhores , que tanto falam em liberdade de escolha.

O que esta a acontecer é a degradação do ensino público, devido ao desvio de dinheiro para os privados, Quando esse dinheiro deve ser investido na modernização e excelência do ensino público, aberto a todos, pago por todos.

Não é admissível que os mais pobres, por não terem dinheiro , para pagarem explicações, vejam os filhos abandonarem o ensino obrigatório, enquanto os seus impostos servem para subsidiarem colégios particulares!

Não confundamos interesses privados com interesse público!

Só um ensino público, que conquistámos com a implantação da República, pode responder aos anseios de todos.

Assim, todos nos devemos bater, para que seja implementado, em todo o território nacional, e que mesmo nos lugares mais pobres do interior, todos tenham acesso a um ensino de referência e excelência.

 

 

José Silva Costa

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