O Império
O Império – As teias que o Império teceu
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Dois anos depois, os brasileiros fizeram-se de novo ao mar, queriam, a todo o custo, expulsar os holandeses e reconquistar a bonita cidade de Luanda, com cinco mil casas de alvenaria e um bom mercado de escravos
Desta vez, capitaneados pelo governador do Rio, Salvador de Sá
Largaram da Baía de Guanabara, no dia 12 de Maio de 1648
Para angariar e recrutar soldados, Salvador de Sá apelou ao apoio divino
Os Jesuítas pregaram por toda a colónia, pedindo a expulsão dos “hereges calvinistas”
Conseguiram reunir cerca de 1.200 homens, que foram distribuídos por 11 naus e quatro pequenas embarcações
O Padre António Vieira, que defendia os indígenas e os escravos, criticou o governador, por deixar o Rio de Janeiro, sem defesas
A Miquelina, finalmente, sentiu que o seu corpo estava diferente, numa bonita manha, depois do Ezequiel sair, para o trabalho, sentiu algo mexer dentro do seu ventre
Ficou florida de felicidade, tinha de planear como dar a maravilhosa notícia ao marido
Tinha de ser um momento inesquecível, queria agradecer-lhe por a ter, sempre, animado, fazendo com que conseguisse engravidar, o que ambos tanto queriam
Foi um dia longo, as horas não passavam, o Ezequiel não aparecia, e ela, cada vez, estava mais ansiosa
Tinha de se controlar, para que o momento de tão boa revelação fosse o momento mais feliz das suas vidas
Aquando da largada da Baía de Guanabara, o mar não colaborou, duas naus, a Gamela e a Canoa, tiveram de voltar pra o Rio de Janeiro
Quando avistaram a costa de África, só tinham onze dos quinze navios, que tinham saído do Brasil
Estava planeado atracarem a Benguela, mas ancoraram em Quicombo, no dia 27 de Julho
enquanto se preparavam para o desembarque, cerca das 2 horas, na noite escura, uma onda gigante partiu e afundou o navio São Luís, levando consigo mais de 200 soldados, entre os melhores da expedição.
(fonte: civilizaçõesafricanas.blogspot.pt)
Continua