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06
Fev25

O Império

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O Império  -  As teias que o Império teceu

 

99

A Marina e o marido não perderam tempo, no dia seguinte foram visitar a cooperativa, acompanhados do Afonso, tiveram uma receção muito calorosa, foram cumprimentados por todos, que lhes desejara muitas felicidades e saúde

A Marina e o Roberto aproveitaram o momento para perguntarem o que é que eles mais precisavam, para que a cooperativa continuasse a progredir

Todos disseram que precisavam de uma escola, era bom que houvesse alguém que soubesse ler e escrever, para ajudar a gerir a cooperativa

O Roberto mostrou disponibilidade para fundar uma escola e ensinar a ler, escrever e fazer contas, tudo o que quisessem aprender e ele soubesse, desde que tivesse um local e quem quisesse aprender, poderiam ser crianças, jovens e adultos

A irmã, a Leopoldina, que era a dirigente da cooperativa, disse-lhe que iam marcar uma assembleia geral, para saber se os cooperantes aprovavam a proposta dele

A Marina também queria um espaço, para começar a trabalhar, mas não quis pedi-lo à cunhada, teve receio de que os cooperantes sentissem que eles estavam a pedir de mais à cooperativa

Assim, iria falar com o pai, talvez ele lhe conseguisse arranjar um espaço, para consultar os pacientes. Estava muito apreensiva, porque já sabia que a população acreditava mais nos curandeiros do que nela

Os curandeiros eram uma espécie de pessoas sagradas, muito conceituadas, a quem todos recorriam, não só por motivos de saúde, mas para tudo o que os atormentava

É difícil suportar a dureza dos dias, sem que tenhamos a quem recorrer, em quem acreditar, para nos ouvir, para nos ajudar a refletir, e até partilhar

O Roberto ficou tão empolgado com a receção ao seu plano, à criação de uma escola, que daí em diante o seu cérebro estava, sempre, ocupado, tentando encontrar métodos e meios, para cumprir o sonho de todos: saber ler, escrever, contar.

Continua

 

     

 

 

 

09
Mai24

O Império

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O Império  -  As teias que o Império teceu

 

59

A vitória de Correia de Sá, na reconquista de Luanda, em 15 de Agosto de 1648, deixou uma memória tão viva nos povos que, ainda, em 1812 se celebrava, em Luanda, uma festa de ação de graças, para lembrar o acontecimento

A Leopoldina, bem como a Rosinha, já há muito tempo que andavam preocupadas por não terem ninguém que as ajudasse, quando alguém ficava doente, a não ser os curandeiros, que resolviam tudo, evocando os espíritos, método em quem elas não acreditavam

Queriam criar um posto de socorros, com mezinhas, com tudo o que pudessem, para ajudar quem precisasse

Estavam preocupadas com a quantidade de mulheres, que morriam no parto, tinham de fazer qualquer coisa, para evitar que as jovens continuassem a morrer

Decidiram pedir que marcassem uma reunião das cooperantes, para saberem a opinião delas, saber o que é que elas sabiam, no sentido de contarem com as que pudessem ajudar, nos partos mais complicados    

       

 José Álvares Maciel foi um engenheiro e político brasileiro. Aos vinte e um anos de idade seguiu para Universidade de Coimbra, a fim de seguir o curso de Filosofia Natural, onde se destacou, foi encarregado por Domingos Vandelli, para realizar pesquisas mineralógicas, na serra da Estrela

Concluído o curso, seguiu para Inglaterra, para estudar as indústrias de Birminghan, nomeadamente as siderurgias e as manufaturas têxteis, tendo entrado em contato com as ideias do liberalismo e da maçonaria

Entre dezembro de 1787 e março de 1788 encontrou-se, na Universidade de Coimbra, com José Joaquim da Maia, que já se tinha avistado com Thomas Jefferson, embaixador dos Estádios Unidos da América, em França, de quem obtiveram uma promessa de apoio dos norte-americanos, para a independência de Minas Gerais

Em 1788, chegou ao Rio de Janeiro, encontrou-se com o Tiradentes e com o visconde de Barbacena, que tinha chegado ao Brasil, para assumir o posto de Governador da Capitania de Minas Gerais

O encontro foi providencial para os três: Tiradentes obteve as notícias, que aguardava sobre o apoio de potências estrangeiras; Barbacena reencontro o amigo mineralogista;  Maciel entrou em contato  com os revolucionários, dos quais recebeu o convite para residir no Palácio dos Governadores, em Vila Rica

Maciel mantinha os conspiradores a par das atividades do Governador, que o encarregou de prospeções mineralógicas em Sabará, Caeté, nos arredores de Vila Rica

Após esforços contrários ao próprio Governador, foi detido pela Devassa

Remetido para interrogatório, no Rio de Janeiro, onde foi condenado à morte, tendo a pena sido comutada em degredo perpétuo em Angola, para onde seguiu em 23 de Maio de 1792

Chegou a Luanda a 20 de Junho de 1792, com pneumonia e escorbuto, foi internado na enfermaria do Forte de São Francisco do Penedo.

 

Continua

 

 

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