A branca escuma
Atlântico
Atlântico, onde, com os peixes, descanso
Nesse vai e vem, manso
Nos teus braços me deito, sonho e avanço
Uma estrada sem fim, onde em qualquer lugar danço
Sonho com todos os locais, que banhas, e não me canso
Viajar, correr o mundo, utilizando o baloiçar das ondas
Essa estrada secular, onde, portagens, não é preciso, pagar
Contigo e com os teus irmãos, a todo lado podia chegar
Mas o sonho morreu antes de começar
Fiquei em terra, não consegui abalar
Mas, não me canso de te escutar
Noite e dia oiço o teu sussurrar
E, quando posso, descanso, nos teus lençóis, o olhar
Nunca me canso de te contemplar
Mesmo em terra, contigo ando sempre a viajar
Não penses, que para isso, é preciso embarcar
Basta imaginar, e isso, ninguém me pode tirar
Assim, vou continuar, todos os dias, a namorar contigo.
José Silva Costa