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02
Jun22

Guerras!

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Guerras!

Há quem não tolere guerras

Que ache que a Ucrânia devia ter sido entregue ao invasor, sem resistência

Teria sido uma boa oportunidade para premiar o invasor

Por ser um exemplo no cumprimento das leis que regulam as guerras

Tanto assim, que não está em guerra com a Ucrânia

É uma operação especial para, a Ucrânia, libertar!

A prova provada de que o Putin é incapaz de fazer guerra seja a quem for

Gosta mais de anexar os territórios, que a cobiça não o deixa descansar

Não gosta de mortes nem de destruição

Nos ataques só usa armas de alta precisão

Para não atingir habitações nem civis

Só tem atingido alvos militares

Os soldados russos ainda não mataram crianças, mulheres, nem homens civis, nem violaram nenhuma mulher

Não roubaram nenhuma casa, nem enviaram toneladas de material furtado, para a Rússia 

A única coisa que Putin quer é criar uma Eurásia de Lisboa a Vladivostok

E segundo os seus admiradores não se deve contrariar o senhor

Porque ele não gosta de ser contrariado, e diz-se o mais bem armado

A sua lei é a lei da bala

O que muito honra os seus admiradores

Está muito preocupado com a fome no mundo

Já disse que se fizerem o que ele quer, podem ir carregar o trigo

Como se vê, desde que todos se verguem ao poder do Putin, o mundo pode ser uma bonita flor

Diz que as sanções estão a prejudicar o povo russo

Mas, a sua operação de libertação, ainda não prejudicou ninguém

Comparam o imperialismo americano com o russo

Mas, esquecem-se de dizer que um imperador é eleito e o outro alterou as leis para não o apearem

Os admiradores de tão boa pessoa devem propor que lhe seja atribuído o prémio Nobel da Paz.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

26
Mai22

A incerteza (9)

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A incerteza (9)

Quase todo “o mundo livre” já foi à Ucrânia prestar solidariedade ao povo ucraniano, por causa da brutal invasão das tropas russas, a mando de Putin

No dia 21/05/2022, foi a vez do nosso primeiro-ministro, o primeiro primeiro-ministro português a visitar aquele país, para reforçar a solidariedade de Portugal e condenar a barbara invasão, que tanta morte e destruição tem causado, e que colocou todo o mundo em sobressalto

Enquanto a nova lei dos metadados não ata nem desata, a Procuradora Geral da República disse que há “um nicho” na lei, que permite continuar a aceder a metadados para investigar, trata-se da autorização que as empresas de telecomunicações têm para guardarem os dados durante seis meses, para efeitos de faturação

O porto de Sines, hoje tão elogiado, não deixou de, nas primeiras décadas, ser considerado mais um elefante branco, onde muito dinheiro tinha sido enterrado

Problemas na construção do porto e excesso de otimismo quanto a certas indústrias petroquímicas contribuíram para que muita tinta corresse, dizendo mal da opção da sua construção

Entre 1970 a 1972 foi criado o Gabinete da Área de Sines, em 1971, foi delimitada a área de Sines, abrangendo uma área de 400 km2

O porto de Sines entrou em exploração em 1978, e o Gabinete da Área de Sines foi extinto em 1986

O pão nosso de cada dia!

A 24/05/2022 centenas de inspetores da Polícia Judiciária, um juiz e magistrados do Ministério Público foram incumbidos da execução de 54 mandados de busca

Aveiro, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Lisboa, Porto e Portalegre, onde foram constituídos arguidos 21 pessoas singulares e 16 pessoas coletivas

Dedicavam-se à produção de projetos, com informações e faturação falsas, suscetíveis de obterem financiamento pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) Portugal 2020

Financiamento para a internacionalização das pequenas e médias empresas no montante de 3 milhões de euros, que não iriam para as empresas, mas para os seus bolsos

Também, no mesmo dia, foram presos dois fiscais da Câmara Municipal de Lisboa e o proprietário de uma obra, na cidade, por terem sido apanhados, em flagrante delito a receber 2 mil euros, pela Polícia Judiciária, devido a denúncia

Os fiscais ficaram em prisão preventiva

Nos Estados Unidos da América, no Texas, mais um tiroteio numa Escola Primária fez 21 mortos: 18 alunos, duas professoras e o atirador

Quantas mais crianças terão de morrer, para que consigam vencer o lóbi das armas, e consigam perceber que aramas não são pães, são o horror para muitos pais e muitas mães?

Continua

 

17
Jan22

Pais (3)

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Continuação (3)

 

Para a Maria e para o Francisco tinha chegado o dia mais aguardado

Iam buscar a Inês e o Pedro, que já os reconheciam e ficavam muito sorridentes, correndo para os seus braços, fazendo com que os futuros pais ficassem tão felizes, esquecendo-se do muito trabalho que iriam ter com eles

Estavam de férias, tinham um mês para se adaptarem à rotina de tratarem de duas crianças  

Mal entraram na sala onde eles estavam com a educadora e os outros meninos e meninas, a Inês e o Pedro correram para a Maria e para o Francisco, a educadora sorriu, estava muito feliz, por saber que ia entregar, os seus meninos, a um casal de quem eles gostavam

As funcionárias e os funcionários das Instituições, que substituem os pais, tomando conta das crianças, vinte e quatro horas por dia, quando as entregam aos adotantes, desejam que tudo corra bem, que sejam amados por os que os escolheram para seus filhos

Para a Maria e para o Francisco foram umas férias muito diferentes, nas primeiras noites quase não dormiram, tinham receio que lhes acontecesse alguma coisa

Mas com a passagem dos dias, começaram a acalmar, puderam desfrutar das brincadeiras com os filhos, saborear os seus beijos e os abraços

Foram trinta dias de férias de muito trabalho, mas foram, até aí, as mais belas férias das suas vidas, cheias de felicidade e alegria

Os últimos dias foram de nervosismo, porque tinham de os deixar no infantário, de se separar deles, não sabiam como iriam reagir, pois poderiam pensar que tinham sido, novamente, entregues a estranhos

Para minimizar a separação, deixaram-nos três dias seguidos, umas horas, no infantário, para se irem habituando à nova rotina

Mesmo sabendo que eles se tinham portado bem, durante as poucas horas, nos três dias de ambientação ao infantário, a Maria e o Francisco estavam tristes e nervosos por terem de se separar deles, depois de terem estado juntos durante um mês

Entregaram-nos no infantário, mas nos primeiros dias as despedidas são, sempre, difíceis, disseram-lhes que assim que saíssem do trabalho os iriam buscar

Aos seus locais de trabalho, Maria e Francisco regressaram felizes, de cada vez que falavam dos filhos, os seus olhos irradiavam alegria, mostravam as fotografias tiradas durante as férias, falavam das aventuras e peripécias, cada palavra era um hino de amor, aquelas crianças tinham dado sentido às suas vidas. Agora, viviam para eles, só pensavam no seu bem-estar, queriam proporcionar-lhes o melhor da vida.

Continua

 

11
Jan22

Pais!

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Pais

 

Foram, sempre, colegas no jardim-de-infância, na primária e no secundário

Muito amigos, confidentes, faziam parte do grupo de amigos de ambos

Só se separaram quando foram para Universidade: a Maria escolheu Medicina, o Francisco foi para Direito 

Filhos de famílias da classe média. Mantiveram sempre o contato durante os anos da Universidade

Assim que acabou a licenciatura, o Francisco pediu namoro à Maria, que aceitou imediatamente

Pouco tempo depois passaram a viver juntos. Mas à Maria ainda faltavam alguns anos, para completar a formação

Ambos gostavam muito de crianças. À pressa do Francisco em ser pai, a Maria disse que só pensaria na maternidade, depois de acabar a especialidade em obstetrícia

O Francisco fez o estágio numa sociedade de Advogados, onde ficou a trabalhar

Eram um casal exemplar, muito amigos e compreensivos um com o outro, mesmo quando o trabalho os fatigava e separava

Mal acabou a especialidade, a Maria foi colocada na maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa

Com a vida estabilizada, o Francisco lembrou-lhe que estava na altura de serem pais, com o que ela concordou

Passavam os meses e nada de gravidez. Não podia adiar mais, tinha de ir fazer exames, para saber o que se passava

Quando recebeu os resultados e viu o que tinha nos ovários, ficou destroçada, nunca poderia ser mãe

Para além de ter ficado lavada em lágrimas, e de os colegas não a conseguirem animar, também a preocupava a reação do Francisco, de quem tanto gostava

Como não estava em condições de continuar a trabalhar, foi para casa, enfiou-se no sofá à espera da chegada do Francisco

O Francisco ficou muito preocupado quando a viu naquele estado, mas não lhe perguntou nada, beijou-a e abraçou-a, deixou-a chorar nos seus braços, continuou a apertá-la contra o seu peito

Passados uns bons minutos a Maria encheu-se de coragem e disse, ao Francisco, que não podia ser mãe.

 

Continua

09
Set21

Flores

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As mais belas flores!

 

Doce setembro das vindimas e dos figos

Da pisa das uvas, nos lagares, com os amigos

Dos frutos secos, do fim do verão

Dos passeios a saborear o luar a deslizar para o mar

De mão dada, como fazíamos, quando começámos a namorar

Nos nossos verdes anos, em que vivíamos os nossos sonhos

Tudo nos parecia possível, o Mundo estava ao nosso alcance

Mas a vida é muito dura, mesmo com sonhos à mistura

Criar os filhos é uma grande aventura, cheia de alegria e ternura

Ver aquelas pequenas criaturas tornarem-se homens e mulheres

É a melhor compensação de todos os cuidados e canseiras

Os pais criam, para os filhos, lindas floreiras

Onde esperam que os filhos coloquem as suas flores

Os netos são as suas mais lindas flores, um perfume eterno

Que permite que a última reta seja uma caminhada perfumada

Nos braços dos abraços dos netos, que tanto gostam dos seus afetos

Os avós são quem melhor os compreende

O que não admira, porque os anos são a melhor escola da vida

Acusados, pelos filhos, de serem bons aliados dos netos

Nem podia ser de outra maneira! Uma vez que voltamos a ser crianças.

 

José Silva Costa

 

  

30
Mar20

Ruas e casas

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30/03/2020

Ruas e casas

Um silêncio profundo

Por todo o Mundo

Ruas desertas

Como nunca se viu

A procurarem a razão

Do desvio

A chorarem, devido à maldição

Que tanto as puniu

Sem pessoas, nem animais

Quando a Primavera floriu

Nos jardins, só se ouvem os pardais

As crianças não voltaram mais

O cheiro dos tubos de escapes acabou

O borborinho, que acordava as cidades, não voltou

Tudo parou!

As casas sentem-se incomodadas

Noite e dia, nunca são abandonadas

Nem se quer para serem arejadas

Estão desesperadas

Não sabem o que aconteceu

Para que as pessoas tenham de estar resguardas

As poucas que saem à rua

Quando se cruzam na entrada ou nas escadas

Vê-se que estão desconfiadas

Fogem umas das outras, como se tivessem sido mal tratadas

Tempos difíceis para todos

Que ninguém imaginou vir a presenciar

Esperarmos ver, como vai acabar.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

29
Nov19

Nódoas

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Humanistas e economicistas

Orgulhamo-nos de sermos um povo solidário, e com razão!

Pelas muitas provas dadas

Mesmo que alguns donativos caiam em bolsos errados

Os nossos, bons, gestores também têm sido condecorados

Ainda que tenham levado muitas empresas à falência

E, outros tenham utilizado o dinheiro dos depositantes

Para comprarem amigos e muitas outras coisas mais

Já lá vai há mais de uma década, e nada!

Primeiro deram-lhes uns anos para esconderem o que tinham desviado

Alguns já foram julgados e condenados

Mas, os recursos são muito demorados

Ainda prescrevem, primeiro que transitem em julgado!

Os nossos mais ilustres, sempre tão solidários

Contratam sociedades de advogados

Para não pagarem os impostos

Como recompensa, são condecorados

Quando os escândalos rebentam, de medalhas continuam, carregados

Este final de ano prometia ser de paz e alegria

Toda a gente a contribuir para melhorar o ambiente

A acender luzinhas e a oferecer brinquedos de plástico

A distribuírem beijinhos e votos de felicidades

A interromperem programas de televisão

Para não ferirem suscetibilidades

Veio a Entidade Reguladora da Saúde, um relatório, publicar

Para todo o ambiente azedar

Os jornalistas pegaram em duas pérolas do relatório

A uma criança de dois anos, com sintomas de meningite, foi lhe negada assistência, por ser estrangeira

A quem uma fatura devia, que se esqueceu, não quis ou não podia pagar, foram-lhe negados exames

Felizmente, temos um Serviço Nacional de Saúde Universal!

Como o povo diz : “ no melhor pano cai a nódoa”.

 

José Silva Costa

 

 

 

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26
Mai19

Domingo de Maio

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O último domingo de Maio

 

Fomos votar

À tardinha, pela fresquinha

Aproveitámos para caminhar

De onde votamos vê-se o mar

Depois, as pernas pediram para descansar

Estavam cansadas de décadas a andar

Sentámo-nos junto a um parque infantil

Para saborearmos o último Domingo de Maio

Onde as mulheres e homens de amanhã testavam a testar as aptidões

Ficámos a comtempla-los, e a ver o mar e o sol

O sol foi descendo devagarinho até se afogar, no mar

Mas antes lacrimejou como que a dizer-nos adeus

Prometendo voltar dentro de um quarto e meio do dia

No lado oposto, pujante e brilhante

Para ir subindo e aquecendo, ao longo do dia

Resta-nos menos de um mês para o vermos, mais uns minutos, aumentar

Depois vai diminuindo até o inverno chegar

Temos o privilégio de vê-lo nascer a esfregar os olhos, antes de aparecer na totalidade

E à tarde, com tempo para vestir o pijama, antes de se deitar, no mar

Enquanto, que no Equador nasce e põe-se instantaneamente.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

03
Nov18

Século XXI

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Século XXI

Dormimos descansados

Ao lado dos esfomeados

Dos que morreram de fome

Dos que deixaram tuto para trás

Quando na realidade não deixaram nada

A única coisa que tinham

Eram balas a zumbirem-lhes aos ouvidos

Agarraram-nos filhos e partiram

Na esperança de encontrarem segurança e pão

Mas, os que têm o poder na mão

Votam naqueles que lhes dizem não

Que num dia dizem que vão mandar os soldados atirar

No outro dia a opinião pública fá-los recuar

Nunca se sabe com o que se pode contar

Morrer, por morrer, vale mais enfrentá-los

Tudo, menos ver os filhos, de fome, morrer (Iémen)

Como podemos, na humanidade, crer!

Para onde quer que nos viremos

Só vemos mães e pais com os filhos nos braços

Sem saber o que fazer

Desesperados, atiram-se ao mar, aos rios, ao arame farpado

Mas, ainda há que durma descansado!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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