Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

cheia

cheia

20
Jun22

Dias de sol!

cheia

Dias de sol

Longos dias de sol e rosas floridas

Perfume lilás a rodopiar entre as vidas

São os bonitos dias da primavera, nas despedidas

Que estão mesmo a chegar ao fim as horas perdidas

A ver o sol a nascer, subir e descer até o mar o levar para outras partidas

Passaram a correr, com o sol a subir, a lua a dormir, nas nuvens sumidas

Não conseguiste, no mundo, sarar as feridas

Bem te esforçaste, mas os homens não podem passar sem atrocidades desmedidas

Como é que as flores não hão-de-estar tristes, chorosas, sentidas!

Tanto perfume derramado, tanto sorriso encantado, para tantas crueldades consentidas

Como se destruir, matar, roubar, um vizinho invadir fossem coisas permitidas!

Como é que há pessoas e nações que apoiam conturbações, enquanto as outras se sentem ofendidas?

Uma primavera dolorosa, não só pela pandemia, mas também por causa de uma nova guerra, ambas incompreendidas

Queriam que ficasses alheia ao que te rodeia e às brutais medidas

Que o senhor da guerra impôs a todos os povos que se revoltaram contra as suas novas investidas

Para o ano, esperamos que as tuas cores sejam de paz e nações unidas

Os povos não precisavam de tanta destruição e vidas tão sofridas

Há povos a quem a liberdade e a nacionalidade são, por um preço muito alto, vendidas

São com a vida, a expulsão, a mutilação, o exilio, a fome, defendidas

Como é bom ver, todos os anos, a lua e a primavera, de novas cores, vestidas

Devido ao aquecimento global, usam as roupas cada vez mais subidas

Uma tendência a copiar para a sustentabilidade não passar de palavras falidas

Não custa nada dizer que somos contra a poluição, mas quando o custo dos combustíveis se torna insuportável, lá se vai o charme das manifestações, por um mundo sustentável, nas avenidas

Se queremos ar respirável e água potável, temos muito que inovar, se calhar não podemos tanto viajar, nem tudo comprar, para o nosso bem-estar, a quem não sabe o que são os direitos humanos, para onde deslocalizámos as nossas fábricas, não querendo saber por quem e como são fabricadas as coisas escolhidas.

José Silva Costa  

 

 

 

 

 

16
Nov20

Folhas

cheia

Folhas!

Devagarinho vão desaparecendo

Neste Outono, algumas, se vão mantendo

À espera do Inverno, que já nos está vendo

As árvores, as suas cores, vão vendendo

Para poderem comprar novas vestes, na Primavera

Pelas quais todos estamos à espera

Todos queremos boas novidades, para a nova estação da moda

Estamos fartos destas roupas do confinamento

Mas não há alternativa, neste momento

As folhas vão caindo com o vento

As mais velhas, como é natural, não perdem tempo

Na linha da frente, são as preferidas, pelo evento

Como quem diz presente ao julgamento

Vão dizendo adeus ao pensamento

Para que a Natureza fique mais leve

Mais limpa, mais jovem, mais breve

Uma lei que ninguém contesta

Mas também não é motivo de festa

Não há exceções, nem perdões, apenas tempo.

 

José Silva Csta

 

 

 

28
Set20

As Cores

cheia

As cores

 

As cores

Pintam as  flores

Que bonitas cores!

Vestem as árvores

No outono

Antes de perderem as folhas

Para atapetarem as alamedas

São as cores dos amores

Quentes e brilhantes

São as preferidas dos amantes

Nas noites radiantes

Quando se cruzam nos horizontes

Dos beijos sonantes

Que os unem aos sonhos das cores

Quando dormem como flores

Na cama perfumada da lua-de-mel.

 

José Silva Costa

 

 

 

17
Nov19

Vento em flor!

cheia

Margens!

Nas margens das cores

Vamos apanhar as flores

Com beijos, com dores

Resistimos a todos os horrores

As rosas são os teus amores

Nas margens das flores

Regamos o chão, sem furores

Plantamos pétalas nos corredores

Para construirmos elevadores

De beijos e cobertores

Nos nossos sonhos não entram fumadores

Tudo o que queremos são perfumes inovadores

Feitos de pensamentos voadores

Nas nossas margens só queremos valores

Todos somos amadores

Só aceitamos as verdades dos professores

Daqueles que são sabedores

Não de todos os doutores

Há sábios provocadores

Não sabem nada dos que sofrem com dores

Que amassam os dias demolidores

Com sorrisos, esperança e amigos encantadores

Para, um dia, colherem o perfume dos namoradores

O remédio que cura males assustadores

No brilho das estrelas polares

Onde todos os apaixonados constroem sonhos sedutores.

José Silva Costa

          

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D

Em destaque no SAPO Blogs
pub