Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

cheia

cheia

20
Abr23

O Império

cheia

O Império – As teias que o Império teceu

5

Foi uma viagem muito longa, muito desgastante, alguns tripulantes morreram, quando chegaram a Nagasaki, a armada e os homens precisavam de descanso

A armada era composta por 4 barcos, que chegaram todos ao destino, o que foi muito bom

Mas precisavam de uma grande reparação e de mais tripulantes, que não eram fáceis de encontrar

Os portugueses não eram bem visto na cidade, porque faziam muitos filhos e propagavam o catolicismo

Por isso, os japoneses construíram a pequena ilha de Dejima, de 200 metros de comprimento por 80 de largura, que ficou pronta em 1636, para tentar afastar os portuguese da cidade, mas os portugueses não aqueceram o lugar, foram expulsos em 1639

Carregadas as mercadorias e recuperados os barcos e os homens, iniciaram o regresso

Voltaram a aportar em Macau, Malaca e Goa, para carregarem mais mercadorias

Deixaram Goa com os barcos completamente carregados, todos estavam ansiosos por voltarem a Lisboa, menos o Januário, que já tinha decidido não voltar à Pátria

Foram fustigados por ciclones e tempestades, que partiram mastros e rasgaram velas, temeram que as pequenas caravelas fossem engolidas pelo mar, foram muitos dias com medo de perderem a vida

Como diz o ditado: “depois da tempestade vem a bonança”, tiveram de aportar na Ilha de Moçambique, uma paragem que não estava programada, mas foi necessária para tentar consertar o que as tempestades tinha danificado

Foi mais de um mês de paragem, o que fez com que todos ficassem mais nervosos, com mais ansiedade, com receio de que não conseguissem voltar a ver Lisboa

Quando se fizeram, de novo, ao mar o ânimo voltou, até parecia que Lisboa estava ao voltar da esquina

O januário já fazia planos para a sua fuga, que não confidenciou com ninguém, tinha trazido alguns anzóis, fogo, a pistola, uma faca, um pano de seda, que tinha comprado em Nagasaki

Esperava conseguir camuflar tudo com os trapos de que se cobria, não podia fazer nada que pusesse em perigo a sua opção de ficar em Luanda

No último dia em que pudesse ir a terra, antes de deixarem Luanda, tinha de sair sem levantar suspeitas, procurar embrenhar-se no mato, para não voltar a ser visto, procurar um abrigo para pernoitar, tencionava arranjar uma companheira, queria ter uma grande família

Tudo planeado, mas não estava muito tranquilo quanto à sua concretização, acreditava que, se tivesse sorte, tudo correria bem.

Continua    

 

 

26
Set21

56,anos

cheia

56, anos lado a lado

 

Nos verdes anos encantámo-nos

Decidimos viver lado a lado

E, eu continuo encantado

Como no primeiro dia em que te vi

Que nunca mais desisti

De te demonstrar que era o melhor para ti

Que tu és a melhor companheira

Que juntos subimos a ladeira

Com muita canseira

Construímos a floreira

Com a ajuda da fogueira

Que nos une e consome

Que nos mata a fome

Que nos ajuda a prender o sol

Que nos iluminou estes anos todos

E que nos continuará a iluminar até o céu nos beijar

Semeámos flores, que já deram mais flores

Que, por sua vez, darão mais flores

Flores, que são uns amores!

Para que nunca faltem flores

Para que a Terra seja, sempre, um sítio perfumado

Para que o amor seja aquele calor acalorado

Que entre os dois seja cultivado

Por um beijo, simbolizado

No carinho de cada dia ultrapassado

Juntos, lado a lado.

 

José Silva Costa

 

 

28
Jul18

Uma vez na vida!

cheia

Eclipse

 

Minha princesa da noite

Companheira de sempre

Que venero nas noites de insónia

Com quem partilho os sonhos

Que se esfumam antes de abrir os olhos

Ontem chegaste diferente!

Conquistaste a atenção de muita gente

Por ti, fiquei muito contente

Foram momentos de muita euforia

Mau grado a sabedoria

De que o momento, para ela, não se repetiria

Vinhas com as faces afogueadas

Como se as fases fossem rosadas

Minha Lua ensanguentada

De espectativa carregada

Já foste Lua-de-mel!

Agora, companheira iluminada

Espero, logo à noite, pela tua chegada

Para, de novo, a sós, continuarmos a caminhada

Sem a confusão da multidão

Que ontem me roubou a tua atenção

Tive momentos de agonia!

Ciúmes, porque toda a gente te queria

E do que a multidão, de ti, dizia!

Alheios ao meu sofrimento

Beijaram-te, só, naquele momento

Enquanto eu nunca te esqueço

Durmo contigo, todas as noites

Bem agarradinhos, tenho medo de te perder!

Não vá o nosso luar, um dia, não amanhecer.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2007
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D

Em destaque no SAPO Blogs
pub