O Império
O Império – As teias que o Império teceu
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A partir de 1637, João Maurício de Nassau foi nomeado governador-geral da colónia holandesa, no Brasil, um alemão, que prosperou como militar, na Holanda, sendo convidado pela sua atuação como militar e por possuir parentes influentes
Os bons negócios têm, sempre, muita concorrência: todos gostam de ganhar muito, com pouco trabalho
Outros povos, também, já tinham despertado para a comercialização dos povos africanos, sendo que os holandeses eram os mais ferozes concorrentes, tentando substituir os portugueses, guerreando-os no Brasil
A Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais ocupou o Nordeste do Brasil em 1630
Decidiu invadir Angola, por necessitar de mais escravos para levar para o Nordeste Brasileiro
A ocupação holandesa de Angola, denominada oficialmente Loango-Angola, foi em 25 de agosto de 1641, comandada pelo Almirante Cornelis Jol apoiado por 18 navios
A intenção da Companhia seria mesmo ficar em Angola, dados os planos de construir um canal desde o Rio Cuanza, a sul, até Luanda
Quando os irmãos se reencontraram, Quando o negócio da escravatura estva a correr bem, quando a Rosinha e o Januário, juntamente com o Ezequiel e a Miquelina tinham acabado de inaugurar a nova casa, na cidade de Lunada, é que os holandeses tinham de invadir Angola!
Antes dos holandeses entrarem na cidade, o governador pediu à população, que fugisse para o Norte, para o Forte de Massangano
A Fortaleza de Massangano foi construída em 1583, nas margens do rio Cuanza, representando a presença militar portuguesa, em Angola
Massangano é uma pequena localidade angolana, que pertence ao município de Cambambe, província do Cuanza Norte. A localidade dista cerca de 25 km da cidade do Dondo, capital do município. Uma comunidade pequena, localizada nas margens do rio Cuanza, composta maioritariamente por camponeses e pescadores
O Forte de Nossa Senhora da Vitória de Massangano, popularmente conhecido como Forte de Massangano ou Fortaleza de Massangano era praça de armas donde partia socorro em gente, mantimentos e armas para as fortalezas do Cuanza, nomeadamente a de Muxima, ao longo dos séculos XVII e XVIII
Até parecia que a chegada do Ezequiel e da Miquelina tinha dado azar. Por outro lado, os quatro concordaram que, juntos, seria mais fácil enfrentarem os duros, negros e longos anos, que se avizinhavam com a chegada dos holandeses
Nem todos responderam ao pedido do governador: as irmãs e a mãe da Rosinha não quiseram deixar a sua casa e as suas lavras
Para outros, tanto lhes dava que fossem os portugueses ou os holandeses a governarem a cidade, o que queriam era continuar com as suas vidas, sem quererem saber de quem os governava
Para os naturais de Angola, que não viviam na dependência do governador, não viam grade diferença entre portugueses e holandeses, porque o que ambos queriam era mão-de-obra escrava para os engenhos do Brasil
A grande diferença, segundo Frei Luís Brandão, chefe do colégio jesuíta de Luanda, em 1610, seria o facto de os portuguese, pelo menos, os terem convertido ao cristianismo.
Continua