Maio
Maio
No perfume das rosas
Vais- te embora
Não as leves contigo
Isso seria um grande castigo
Quem viveria sem elas!
São tão belas
Perfumam as velas
Que a noite acende
Quando jantamos, na intimidade
Vemos toda a cidade
Muito iluminada
Aqui e ali, um recanto escuro
Onde os pares se abraçam e beijam
Indiferentes a tudo o que os rodeia
Embevecidos como se não existisse mais ninguém
A noite tem esse vai e vem
De encontros e desencontros
De quem se encontra de tempos, a tempos
De quem não quer um relacionamento a tempo inteiro
Que não querem saber do nevoeiro
Só os bons momentos querem partilhar
As agruras não são para, na cama comum, deitar
Cada um tem o seu lar
Quando o brilho acabar
A separação não vai custar
Cada um vai para seu lado
Sem perfume
Esperam as coroas de flores.
José Silva Costa