O Império
O Império - As teias que o Império teceu
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Finalmente chegara o dia do tão esperado casamento, todos estavam contentes por não serem obrigados a irem trabalhar, a não ser os que estavam envolvidos na preparação da cerimónia, por terem oportunidade de entrar no palácio, ou pelo menos no jardim, onde seriam servidas refeições a quem não conseguisse lugar, no palácio
Os noivos estavam mito felizes, por verem que muitos tinham querido participar, na festa do seu casamento
Ambos gostavam do contacto com o povo, para eles era muito importante saberem como vivia, a fim de tentarem melhorar as suas condições de vida
Foi uma cerimónia muito simples, praticamente um almoço convívio, para além dos cumprimentos de felicidades aos noivos
O Roberto e a sua turma, uma turma, que incluía elementos de todas as idades, já não ambicionava só aprender a ler e escrever. Desde que tinha passado a dedicar um dia, por semana, a aulas no campo, que novos e velhos se empenhavam em discutir ideias, para uma melhor agricultura, com mais produção e melhores produtos
Muitos apresentavam ideias, que provocavam grandes discussões entre mais novos e mais velhos, como quase, sempre, acontece, cada um a defender as suas ideias
A cooperativa bem como o Governador estavam muito contentes com a movimentação por uma agricultura diferente, com novos utensílios, mais e melhores sementes, porque isso era a garantia de melhor e mais alimento, o que o era muito bom para quem governava a Província
Uma vez casados, falou à esposa da sua ideia sobre um imposto, para criar uma força, que defendesse Angola dos ataques das outras potências. Mas, a Zulmira disse-lhe que não concordava com impostos, uma vez que as pessoas viviam miseravelmente, com o conseguiam arrancar da terra, dos rios e do mar
Aconselhou-o a falar com os Sobas, que eram eles os representantes do povo, a quem todos obedeciam
O Miguel agradeceu-lhe, dizendo que ia seguir os seus conselhos, tentaria governar de maneira a que todos conseguissem uma vida melhor
Ela ficou contente, por ele ter em consideração os seus conselhos, mostrou-se pronta, para o ajudar na sua difícil missão. Mas, no seu entender, o governo do Reino é que tinha de fornecer os meios necessários, para defender a soberania da Colónia.
Continua