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02
Mai24

O Império

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O Império  -  As teias que o Império teceu

 

58

Mais tarde ou mais cedo, quando os avós estão colhendo os doces frutos dos cabelos prateados, chega a hora de se irem embora

O Januário estava cada vez mais doente, constantemente com sazões, quase já não podia andar

Como toda a família, a neta andava muito triste, sentia a falta do avô, queria ir para as lavras, correr, saltar brincar. Mas faltava o avô, para a acompanhar

A avó bem tentava mantê-la ocupada, quando ela não queria ir para a creche, porque queria ficar ao pé do avô. Mas a sua vida tinha-se tornado num inferno, desde que o marido tinha ficado acamado

A Rosinha estava preocupada, tinha de falar com a filha e o genro, para arranjarem uma estratégia, que a fosse afastando do avô, para minimizar a dor, que sentiria, quando o avô  morresse

Todos estavam muito tristes, mas era inevitável, a vida do Januário estava por um fio, seria uma grande perda para todos. Tinha-se distinguido, por ser uma pessoa boa, amiga de toda a gente

A Milay esperava que o seu bebé nascesse a qualquer momento, parecia que queria nascer antes de o tio-avô partir, tem sido assim ao longo dos séculos: uns chegam, outros partem, umas vezes cruzam-se, outras não

A juventude da Leopoldina e sabedoria da Miquelina fez com que a cooperativa evoluísse: mais produção, melhores produtos, melhores condições de vida, para todos os cooperantes

Toda aquela máquina, bem oleada, fazia com que os clientes as elogiassem pelo valoroso trabalho, que desenvolviam em benefício de toda a comunidade

Todos os dias apareciam mais jovens e adultos a quererem ser sócios da cooperativa, e   isso era motivo de orgulho para todos

Eram todos bem-vindos, com plenos poderes, só às regras comunitárias tinham de obedecer

A Miquelina e o Ezequiel também iam ser avós, estavam muito felizes, passavam o tempo  a fazer planos como lidar com a  neta ou neto, tentavam adivinhar  qual seria o seu sexo

A futura avó afiançava que era uma menina, porque a Milay tinha uma barriga muito redondinha

O Ezequiel dizia que tanto fazia, era bom é que fosse saudável, fosse menino ou menina

Mas, a Miquelina sabia que ele preferia que fosse um rapaz, não queria que a sua preferência chegasse aos ouvidos do filho e da nora

Todas as mães, a pouco-e-pouco, decidiram deixar os filhos na creche, e isso fez com que aumentasse a produção

Nos seus rostos lia-se a sua felicidade, quando iam entregar as crianças e buscá-las, para irem para casa

Não choravam, corriam para os colegas, não queriam ir para casa, continuavam a brincar, tudo isto contribuía para que os pais se sentissem contentes, com o funcionamento da creche.

 

Continua

 

 

03
Mar22

O equilíbrio!

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O equilíbrio

 

A ténue linha que separa o bem do mal

Que muitas vezes está mesmo à nossa frente

Mas que não conseguimos ver

Porque temos tendência a desvalorizá-la

Não dando atenção aos sinais

Mas pior, brincando ou gozando!

Com quem está em sofrimento

Fazendo com que este se transforme em ódio

E provoque vingança

A praxe, que dizem ser o acolhimento dos novos estudantes

Chegou a um requinte de malvadez

Que poucos ou nenhuns se sentem bem recebidos

O ” bullying” é espezinhar as pessoas

As escolas não fazem o suficiente para evitá-lo

Preferem escondê-lo

Em vez de o enfrentarem

Promovendo debates

Punindo os agressores

Para grandes males, grandes remédios.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

  

30
Dez20

Estradas

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Camiões

 

A estirpe inglesa

O vírus, o acordo da saída do Reino Unido da União Europeia, jogos políticos que tudo bloqueiam

Entre a Inglaterra e a França, no canal da mancha, quilómetros de camiões parados, destinos adiados

Consoada gelada, dentro dos camiões, na autoestrada

Parece que alguém anda a brincar com a rapaziada 

Que anda uma vida inteira a engolir estrada

As pistas, dum aeroporto, transformadas em “parque de camiões”

Autoestradas de camiões por essa Europa fora, a poluírem-na

Não seria preferível transportar as mercadorias, entre países, por caminho-de-ferro?

Utilizando os camiões só entre a fábrica e o caminho-de-ferro, e este e os clientes

Acabando com o inferno das autoestradas de camiões, nas autoestradas da Europa

Que esta pandemia nos traga um novo dia

Construam linhas férreas de alta velocidade, para passageiros e mercadorias, na Europa

Para reduzirem a poluição de aviões e camiões

Não falam todos os dias em descarbonização!

Mãos à obra.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

25
Fev20

Terça-feira

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Terça-feira de Carnaval

25/02/2020

 

Um Carnaval com muitas máscaras

Mas, muito diferentes das dos outros anos

Máscaras contra o convid-19

O vírus que, o mundo, está a assustar

Um Carnaval, como o carnaval de Veneza, suspenso

Cidades fechadas, populações, a ficarem em casa, aconselhadas

Todas as atividades suspensas

Jogos de futebol à porta fechada

A correria aos supermercados

Todos estão tão assustados

Ninguém quer apertar a mão

Nem multidão

Todos têm medo da contaminação

Os contaminados não param de aumentar

Os mortos também não

Que Carnaval mais triste!

Em que as pessoas têm medo de sorrir

Nem dá para fingir

Até quem gosta de brincar ao Carnaval, desiste!

Uma época de alegria, folia, muita comunicação

Tornou-se numa prisão

Este Mundo está sempre em construção

Quando pensamos que o temos na mão

Aparece qualquer coisa a dizer-nos que não.

 

 

José Silva Costa

 

 

 

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