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cheia

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24
Jun20

Verão

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Verão

 

Chegaste pela calada da noite

Para que não vissem que não trazias máscara

Que sejas bem-vindo

Mas quero pedir-te que não sejas demasiado quente

Porque andar de máscara dá cabo da gente

Sabes que vais ser muito exigente!

Obrigas a andar de máscara, com medo que se fique doente

Temos de suportar a subida do mercúrio e seguir em frente

Podias ser mais condescendente!

Não obrigar a, quem vai para a praia com fio dental, a máscara, colocar

Torras-nos os miolos, mas não queres que nos vejam a boca

Esta situação está a afetar toda a gente!

Ajuda-nos, com o teu calor, este vírus, matar

Para voltarmos a, todos poder abraçar

Tu costumavas ter o condão de juntar multidões

Mas este ano é diferente, não nos devemos beijar!

Nem se quer nos podemos ajuntar

Temos de nos manter afastados

Portanto, vais ter de te habituar 

Nada de aliciares as pessoas para grandes concentrações

Não insistas nas tuas tentações

De quereres todos amontoar

Seja nas praias, ou noutro qualquer lugar

Infelizmente, para nalguns casos, o álcool, emborcar

É assim que gostamos de festejar

Só que o covid-19 não o permite

E, enquanto ele mandar

Não nos podemos alargar

Porque ele cumpre as ameaças

Levando-nos à desgraça!

O melhor é tentar com ele não conviver

Temos é de o combater

Nos combates, não há lugar para festas!

 

Bom São João

 

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

13
Jun20

Santos Populares

cheia

Arraiais

Com um manjerico no regaço

Perfumas o ar e o espaço

Cheira a Santos populares

Não há arquinhos nem balões

Gritamos a plenos pulmões

Abracem as multidões

Com os longos braços virtuais

Porque este ano, o vírus não nos deixa tirar as máscaras

De boca tapada e braços atados

Não há abraços, nem beijos

Ficam por cumprir os desejos

De a quarentena acabar

Porque o covid-19 continua a não nos querer deixar

Saltar a fogueira

Assar as sardinhas

Beber umas pinguinhas

À saúde de Lisboa

Este ano não marcha nada

Nem o cheiro a sardinha assada

Que todos podiam saborear

Quando não tinham dinheiro

Para, as sardinhas, pagar

Contentavam-se com o cheiro

E o movimento dos marchantes, na Avenida

Lisboa está apagada!

Acabou-se a barulheira

Podemos, o sono, sossegar

Não há turistas, nas esquinas, a mijar

Nem marujos a gritar

Por as portas estarem  a fechar

Ficámos enclausurados no lei-of e no teletrabalho

Quando acabar, vamos para o desemprego

Porque o mar de rosas não vai aguentar

Tanta gente a mamar

Nos milhões, que vão chegar

Que mais tarde ou mais cedo teremos de pagar.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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