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11
Jan22

Pais!

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Pais

 

Foram, sempre, colegas no jardim-de-infância, na primária e no secundário

Muito amigos, confidentes, faziam parte do grupo de amigos de ambos

Só se separaram quando foram para Universidade: a Maria escolheu Medicina, o Francisco foi para Direito 

Filhos de famílias da classe média. Mantiveram sempre o contato durante os anos da Universidade

Assim que acabou a licenciatura, o Francisco pediu namoro à Maria, que aceitou imediatamente

Pouco tempo depois passaram a viver juntos. Mas à Maria ainda faltavam alguns anos, para completar a formação

Ambos gostavam muito de crianças. À pressa do Francisco em ser pai, a Maria disse que só pensaria na maternidade, depois de acabar a especialidade em obstetrícia

O Francisco fez o estágio numa sociedade de Advogados, onde ficou a trabalhar

Eram um casal exemplar, muito amigos e compreensivos um com o outro, mesmo quando o trabalho os fatigava e separava

Mal acabou a especialidade, a Maria foi colocada na maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa

Com a vida estabilizada, o Francisco lembrou-lhe que estava na altura de serem pais, com o que ela concordou

Passavam os meses e nada de gravidez. Não podia adiar mais, tinha de ir fazer exames, para saber o que se passava

Quando recebeu os resultados e viu o que tinha nos ovários, ficou destroçada, nunca poderia ser mãe

Para além de ter ficado lavada em lágrimas, e de os colegas não a conseguirem animar, também a preocupava a reação do Francisco, de quem tanto gostava

Como não estava em condições de continuar a trabalhar, foi para casa, enfiou-se no sofá à espera da chegada do Francisco

O Francisco ficou muito preocupado quando a viu naquele estado, mas não lhe perguntou nada, beijou-a e abraçou-a, deixou-a chorar nos seus braços, continuou a apertá-la contra o seu peito

Passados uns bons minutos a Maria encheu-se de coragem e disse, ao Francisco, que não podia ser mãe.

 

Continua

27
Jul21

Poesia

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Poesia

Associação Portuguesa de Poetas

XXIV Antologia

APP 2020

Nesta excelente obra

Muita poesia podemos saborear

A poesia é como o namorar

As palavras temos de acariciar e beijar

As palavras temos de escolher, para o devido lugar

Nesta obra, poetas e poetizas sabem bem como o fazer

É uma obra que dá gosto ler

Cada verso é um novo ser

Que dá gosto ver

Que não posso deixar de ler

Que me ajuda a mais longe ver

Cada verso é uma nova madrugada a nascer

Que tem um encantador poder

Que nos faz correr

Por um mundo a morrer

Que, de poetas não quer saber

Dizem, que são difíceis de entender

Preferem leituras que digerem

Enquanto, de pé, estão a comer

Não têm tempo a perder

Como se ler poesia não fosse muito aprender!

Para viver não só o virtual

Mas tudo o que o Mundo tem para nos oferecer.

 

Muito obrigado, Caro Amigo Francisco Carita Mata

Por me ter proporcionado, esta obra, conhecer.

José Silva Costa  

 

31
Dez20

2020

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2020

Quiseste ser diferente

Quiseste incomodar toda agente

Quiseste assustar o Mundo

Quiseste alterar tudo, a fundo

Quiseste matar meio mundo

Quiseste, os idosos, levar contigo

Impuseste-nos um grande castigo

Andar de máscara, não beijar, nem abraçar

Nem um aperto de mãos podemos dar!

Quanto mais tempo é que isto vai durar?

O que nos vale é que vais acabar

Não há mal que sempre dure, nem bem que sempre perdure!

 

Um Feliz e Próspero Ano Novo para todos.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

24
Dez20

Presente diferente

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A Consoada

Chegou o Natal

Um dia sem igual

Este ano, infelizmente, os avós não podem estar presentes

Para partilharem a felicidade dos netos, no ato de abrirem as prendas

Nos outros anos, também eles se sentiam crianças

Ao verem a alegria, que só o Natal cria!

A magia que, neste dia, invade o Mundo

As novas tecnologias conseguem recuperar um pouco dessa magia

Para os mais idosos é fantasia

Falta o calor, que só o contato físico consegue transmitir

O resto parece que é tudo a fingir

Mas, este ano, a prenda desejada é outra!

Uma vacina que faça com que nos voltemos a abraçar e beijar

Prendas inúteis, ninguém parece desejar

Este vírus veio nos mostrar

Quão frágeis continuamos a ser

Mesmo que tenhamos conseguido fantásticas conquistas

 Mas continua a haver tanto por fazer!

Acabar com a fome, as guerras, e um abraço Universal ver

 

José Silva Costa

 

 

 

20
Ago20

A noite

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Amar

 

Vamos nos beijar, sorrir, dormir

A lua derrama, na rua, o seu olhar

Lá fora, o sono, de tanto esfregar os olhos, já dorme

No silêncio, só se ouve o nosso arfar

O resto do mundo já se foi deitar

As estrelas insistem em nos iluminar

Querem, os nossos corações, incendiar

Mas os teus olhos ofuscam o seu cintilar

O seu brilho faz-me enlouquecer

Há um encantamento quando olham para mim

Quero ficar para sempre assim

Deitado no aconchego do teu baloiçar

Como se estivesse a ser embalado pelo mar

Sem calor nem frio, a sonhar

Preso nos teus braços sem me poder soltar

Assim, unidos para sempre

Até o mundo acordar.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

16
Jul20

Dinheiro!

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Dinheiro a qualquer custo!

 

O dinheiro não tem cor, nem cheiro

É de esquerda, do centro e da ditadura

Para o obter, alguns, não olham a meios

Para eles não há linhas vermelhas

Todos servem para aliados

O que interessa é continuar no poder

Conseguir aliados, sejam de que cor for

Os princípios ficam para as ocasiões

Para quando há eleições

Depois de conseguirem o poleiro

Todos servem para as coligações

Porque o poder é difícil de obter

Há que a todo o custo o manter

Tentar, os colegas, convencer

A desbloquearem o dinheiro

Que tanta falta nos faz

Sem contra partidas, seria uma maravilha

Para conseguir, à esquerda, negociar

O Orçamento Geral do Estado para 2021

Mas, quem paga quer ter uma palavra a dizer

Porque o dinheiro pode perder-se

E nunca chegar a encontrar o destino

É por isso, que todos os dias temos de ir ao mercado

Pedir dinheiro emprestado

Que muito, a dívida, tem aumentado

Mas, é preciso andar muito desesperado

Para ir beijar a mão de Viktor Orban

Que tão desprezado tem estado

Do abraço, muito deve ter gostado!

Ainda, por cima em tempo de pandemia

Quem é que tal esperaria!

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

27
Ago18

Acabaram!

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Últimos dias de Agosto

O mês mais desejado

Está praticamente acabado

Podes não ter sido o mais quente

Mas foste o de encontros de muita gente

Um mês de férias, de praia, de viagens, um mês diferente!

Todos os anos fazes parte dos planos de muita gente

Esperamos por ti, desesperadamente

Passas quase instantaneamente

Ficamos, sempre, com a sensação de que não te aproveitamos convenientemente

Passaremos mais um ano a fazer planos para sermos mais eficientes

Gostamos de noites quentes, para aquecermos os ossos dos nossos dentes

E esquecermo-nos do inverno, os dias tristes, que parecem um inferno

Um ano de canseiras que nunca têm fim

Acaba-se agosto, acabam-se as férias, perdem-se os rostos

Voltam os anseios por um novo agosto

Para nos encontrarmos, de novo, nas festas, nos bailaricos, em todos os sítios

Ainda não acabaste e já estamos a pensar no próximo

Boas férias, para ti, agosto

Adeus, até para o ano.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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