O Império
O Império - As teias que o Império teceu
93
As ilhas de São Tomé e Príncipe estiveram desabitadas até 1470, quando os navegadores portugueses João de Santarém e Pêro Escobar as descobriram.
Os portugueses colonizaram-na com cristãos-novos que tinham sido expulsos pela Inquisição.[1]
A cana-de-açúcar foi introduzida nas ilhas no século XV, mas a concorrência brasileira e as constantes rebeliões locais levaram a cultura agrícola ao declínio no século XVII. Assim sendo, a decadência açucareira tornou as ilhas entrepostos de escravos para o Caribe e para o Brasil.
Entre as principais dificuldades por que passaram as ilhas no final do século XVI destacam-se as revoltas de africanos entre 1590 e 1595, das quais a mais importante foi a Revolta dos Angolares.
A escravatura e o ciclo do Cacau
A agricultura só foi estimulada no arquipélago no século XIX, com o cultivo de cacau e de café. Nesse período, as ilhas figuraram entre os maiores produtores mundiais de cacau. A escravatura foi abolida em 1876, mas ao longo do século XX os portugueses mantiveram os trabalhadores rurais em degradantes condições de trabalho. Baseava-se em mão de obra trazida principalmente de diferentes regiões da costa ocidental do continente africano, e posteriormente apenas populações oriundas das outras colónias portuguesas: Angola, Moçambique e Cabo Verde.
As grandes propriedades rurais, as roças, tornaram-se uma das matrizes na construção da história do país[2]. (Wikipédia)
Chegou o dia da partida das naus da carreira da Índia, o dia há muito aguardado pela Marina e o Roberto, finalmente iriam regressar à sua terra, Angola
Viajavam na nau do comandante, que os recebeu à entrada da mesma, já se conheciam, o casal, dias antes, tinha tido um encontro com o comandante, para saberem se seria preciso tomarem algumas precauções, por causa do filho, que deveria ser o passageiro mais novo daquela viagem
Na altura disseram-lhe que tinham vindo de Luanda, para estudarem em Coimbra, como já tinham acabado os cursos, queriam voltar para a sua terra
Ele deu-lhes os parabéns, desejou-lhes muitas felicidades, dizendo, que soubesse eram os primeiros licenciados, que transportava. Por isso, era uma honra tê-los como companheiros de viagem
Quanto ao menino poderia acontecer que enjoasse a comida, se soubessem de alguma coisa, que ele gostasse, que não se deteriorasse e a pudessem arranjar, era bom que a levassem, para ser mais fácil alimentá-lo.
Continua