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13
Nov25

O Império

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O Império    -    As teias que o Império teceu

139

O Manuel, pai da noiva, queria que a festa fosse realizada no palácio do Governador, como acontecera com as das irmãs, até já tinha a autorização do seu sucessor, seu genro. Mas, os noivos não aceitaram, dizendo que preferiam que fosse na Cooperativa, onde se sentiam mais à vontade e o queriam era a confraternização de toda a cidade

Pela primeira vez, estaria presente uma representação do vizinho reino a Norte de Luanda, que foi convidada pelos noivos, por intermédio do Tico, Presidente da Cooperativa, para cimentarem a amizade conseguida entre os dois vizinhos, depois de os dois Governos terem firmado um acordo de paz, e na sequência da visita do Tico, para trocar ensinamentos, sobre a agricultura, com os seus colegas do reino a Norte de Luanda

O Rei do reino a Norte de Lunada ficou muito sensibilizado, pelo convite aos seus agricultores, para participarem no casamento da Jesuína e do Aurélio. Aproveitou esse contacto, entre os povos dos dois reinos, para enviar uma mensagem ao Governador de Angola, pedindo que se voltassem a encontrar, onde ele quisesse, tanto podia ser em Luanda, como no seu reino. Tinha uma proposta para lhe fazer, que muito agradaria aos dois povos

Os noivos, à semelhança do que tinha acontecido nos casamentos das irmãs da Jesuína, convidaram toda a cidade, para o seu casamento. Estavam orgulhosos por serem os primeiros a ter convidados do reino vizinho, devido ao acordo de paz entre os dois reinos

Os convidados de fora, vieram na véspera do dia da boda, foram recebidos pelo Tico, que  foi o primeiro a apresenta-los ao Miguel, aquém transmitiram a mensagem de que tinham sido incumbidos pelo seu Rei. O Miguel agradeceu-lhes a mensagem e pediu-lhes para dizerem ao seu Rei, que estava convidado para vir a Lunda, quando quisesse, que seria muito bem recebido

De seguida, o anfitrião foi apresentá-los aos noivos, que lhes apresentaram, também, as boas-vindas e lhes agradeceram terem aceitado o convite, para estarem presentes no dia mais feliz das suas vidas

Pernoitaram nas instalações da Cooperativa, a convite do seu Presidente, que os tinha convidado, para o casamento, em nome dos noivos

No dia do casamento a cidade acordou alegre, airosa, formosa, como nunca se tinha visto, não tinha sido decorada, a sua beleza estava no sorriso de cada um dos seus habitantes

Todos estavam imbuídos de uma alegria contagiante, via-se que a cidade estava muito feliz por participar nas cerimónias do casamento de uns noivos muito queridos, por todos

Os olhares eram flores atiradas ao ar, com um brilho e perfume, que só a África tem. Tinha chovido, como diz o ditado: casamento abençoado. Toda aquela multidão estava envolvida no cheiro a terra molhada, quente.

Continua

 

14
Ago25

O Império

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O Império  -  As teias que o Império teceu

126

Todos os dias, o Rogério e a Filó faziam tudo para se verem, para trocarem olhares enamorados, para sentirem o perfume, que só os amantes sentem, quando o Rogério não podia ir à cooperativa, era a Filó que ia ao campo ter com ele, não podiam era passar sem se verem todos os dias

O pai dela, o Manuel, quando soube do namorico, não por ela, mas pelas irmãs solteiras, disse-lhes que estava tão feliz como ela, porque o Rogério era um bom rapaz, e com o casamento da Filó, ficava perto de cumprir a promessa feita à mãe delas de que faria tudo, pela felicidade das filhas

A Jesuína e a Francisca não deixaram de lhe dizer que ainda faltavam elas. Ele correu para elas, beijou-as e abraçou-as, dizendo, que em breve chegaria a vez delas, o que fez com que ficassem floridas de esperança, as palavras do pai soavam a uma certeza

O Zico, apesar de ser o novo presidente da cooperativa, continuava absorto nas suas experiências, queria produzir mais e melhor, queria acabar com a fome

Sonhava ver uma comunidade feliz, bem nutrida, amiga, que se entreajudasse, para que todos tivessem, pelo menos, comida, mesmo que um ou outro visse a sua seara perdida, pelos muitos fatores, a que a agricultura está sujeita

Todos o viam como um visionário, um rapaz que, o queria era ver os outros bem, e isso acabava por influenciar alguns cooperantes, que se lhe juntavam, para o ajudarem a cumprir a sua missão

A euforia dos jovens da idade do Zico, não conseguia apagar a tristeza, que o acompanhava, por os mais velhos continuarem a resistir às suas ideias de que as lavras eram para todos, e não só para as mulheres

O Roberto continuava a ser o grande defensor de que os homens, também, deviam ir trabalhar, para as lavras. Fora ele que influenciára o Zico, e os seus amigos a dedicarem-se à agricultura 

Como a fama de que o Roberto era um sábio, a sua popularidade não parava de aumentar, todos o queriam ouvir, todos o seguiam, e isso dava esperanças ao Zico, de que mais tarde ou mais cedo, todos os homens e mulheres iriam, juntos, trabalhar para os campos. 

Continua    

   

 

 

  

 

 

 

 

26
Jun25

O Império

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O Império    -    As teias eu o Império teceu

119

O sonho da exploração dos diamantes parecia, cada vez, mais longínquo. Assim, o Governador deu ordens, para que a agricultura fosse o motor de desenvolvimento da colónia de Angola

Para além dos bons indicadores dos jovens, que seguiam o Roberto, rapazes e raparigas, na procura de novas culturas e mais produção, coisa nunca vista, porque os homens nunca tinham trabalhado na agricultura, deixando esse duro trabalho, para as mulheres, era preciso pedir-lhes que transmitissem os seus conhecimentos aos mais novos, mesmo que eles, no impeto da juventude, achassem que já sabiam tudo

Para todas as mães era muito agradável ver os filhos, porque as filhas já sabiam o que as esperava,  interessarem-se por um trabalho, tão importante, para a alimentação de todos, que os séculos tinham reservado só para as mulheres

As mães estavam muito gratas, pela criação da creche, fazendo com que tivessem deixado de andar com os filhos atados às costas, enquanto faziam o duro trabalho do campo, disseram ao novo Governador e à esposa que era muito bom, terem um local onde  deixar os filhos, em segurança

Os governantes pediram-lhes para ensinarem os filhos, as filhas e a todos os jovens, que o quisessem, os conhecimentos, que tinham das lavras, porque todos viveriam melhor, quanto mais e melhores produtos conseguissem tirar da terra

A Zulmira e o Miguel aproveitaram aquele agradável encontro, na creche, para informarem as mães de que iriam continuar a trabalhar, para que todos tivessem uma vida melhor

Assim, contavam com as suas sugestões, para melhorarem o funcionamento dos serviços da cooperativa e os trabalhos nas lavras

A cooperativa já tinha serviços muito importantes, como o apoio à agricultura, o armazenamento e distribuição de alimentos, a creche e o posto médico, mas a Zulmira e o Miguel queriam saber se poderia prestar mais serviços ou se poderia melhorar os existentes

A Leopoldina, que era a presidente da cooperativa, disse-lhes que iam convocar uma assembleia geral, para proceder à nomeação de una nova direção, porque ela já se sentia cansada, sem força para imprimir um novo ritmo à associação, exigido pelos jovens agricultores

Alguns dos jovens que, aprenderam a ler e escrever com o Roberto, tinham paixão pela agricultura, queriam alterar os métodos de produção, armazenagem, comercialização e distribuição. Assim, a próxima assembleia geral, seria a oportunidade, para todos apresentarem as suas ideias, fazendo com que a cooperativa desse um passo em frente, no seu desenvolvimento e nomeasse uma nova direção

Como sócios, o Manuel e a Zulmira, poderiam, então, apresentar as suas sugestões e participar no novo rumo da cooperativa

O Manuel disse que, como Governador não queria interferir nos destinos da cooperativa, mas que tencionava apoiar todas as iniciativas, que contribuíssem para o progresso da Colónia

A Zulmira informou que iria participar na discussão, apresentação de sugestões e escolha da nova direção.

Continua.

 

19
Jun25

O Império

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O Império   -   As teias que o Império teceu

118

As artes e ofícios, também, estavam na mira do Governador, que ambicionava um grande desenvolvimento, para Angola

Ele e a Zulmira não se cansavam de procurar como impulsionar a economia da colónia, decidiram ir falar com o Roberto, para lhe pedirem que transmitisse aos seus alunos, que teriam todo o apoio do Governador, pelo seu trabalho, para melhorarem os métodos e a produção, na agricultura

As raparigas e rapazes ficaram muito contentes por todos estarem com os olhos postos neles, alimentando a esperança de que eles é que seriam capazes de fazer evoluir a colónia,  até o Governador reconhecia o seu valor

Alvos de tantas atenções, fazia com que todos se dedicassem, ainda, mais às suas experiências com as sementes, que o Governador tinha levado da Metrópole

Nem sempre as plantações corriam como eles tinham imaginado, ou porque as sementes não germinavam, ou as plantas não cresciam com a rapidez, que desejavam

A agricultura é um laboratório ao ar livre, sujeito a muitas condicionantes, entre elas, a humidade, a temperatura, as características do terreno, os ventos.

 A ideia de Portugal foi chumbada: o que se passou na Conferência de Berlim

Nuno Teixeira da Silva

 29 Maio, 202528 Maio, 2025

 

Realizou-se há quase 150 anos, numa altura em que as potências europeias disputavam o controlo por África. Portugal teve um papel ativo nesse encontro histórico.

Contexto: a disputa por África. No auge do imperialismo, diversas potências europeias queriam controlar o continente africano, ou partes do continente.

Portugal era um desses países. Reino Unido, França, Alemanha, Bélgica, Itália e Espanha eram outras. Todas participaram na Conferência de Berlim, realizada entre 15 de Novembro de 1884 e 26 de Fevereiro de 1885. Ao todo, participaram 14 países, até alguns que não tinham colónias em África (escandinavos e EUA).

A organização do encontro pertenceu ao chanceler Otto von Bismarck, mas a proposta veio de Portugal, lembra a Encyclopædia Britannica.

As prioridades eram regular a colonização, a exploração da África pelas potências europeias. Tentar evitar confrontos entre os europeus.

Também conhecida como Conferência da África Ocidental, era um encontro para abordar uma ocupação (pelo menos parcial) desordenada de territórios africanos.

A reunião servia para estabelecer o princípio da “ocupação efetiva” — ou seja, um Estado europeu só teria direito sobre uma colónia se ocupasse de facto o território e estabelecesse uma administração local.

 

Além de tratar do fim do tráfico de escravos, também serviria para garantir liberdade de comércio e navegação nos rios Congo e Níger.

Aliás, essa zona era central nesta conferência. Discutiam-se todas as questões territoriais relacionadas com a bacia do Zaire (actual RD Congo), na África Central.

Portugal propôs esta conferência porque reivindicava o controlo do estuário do Zaire.

Mas a ata geral da Conferência de Berlim declarou neutra a bacia do rio Zaire – o que viria a influenciar a I Guerra Mundial, que não foi alvo de ataques dos Aliados.

 

Ficou de facto garantida a liberdade de comércio e de transporte para todos os Estados da bacia – aplicando os princípios do Congresso de Viena quanto à navegação nos rios internacionais; proibiu o tráfico de escravos.

as reivindicações de Portugal foram rejeitadas. Assim, nascia o Estado Livre do Congo, que ocupava precisamente a maioria da bacia do rio Congo e o território da actual República Democrática do Congo.

Os representantes portugueses nesta Conferência foram António Serpa Pimentel, António José da Serra Gomes (Marquês de Penafiel), Luciano Cordeiro, Carlos Roma du Bocage (adido militar), José P.Ferreira Felívio (adido) e Manuel de Sousa Coutinho (segundo secretário), lembra o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

No ano seguinte à Conferência de Berlim, e ainda do lado português, surge o famoso ‘Mapa cor-de-rosa’, que mostrava a ideia de Portugal de dominar todos os territórios entre Angola e Moçambique. Mais tarde, o Ultimato britânico de 1890 travou as ideias lusas e originou uma forte tensão entre Portugal e Reino Unido.

A África, tal como outras regiões colonizadas, foi repartida sem qualquer consulta às populações locais.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //      (29 MAIO, 2025)

Continua

 

 

12
Jun25

O Império

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O Império  -  As teias que o Império teceu

117

O Governador ficou com a pulga de trás da orelha, talvez os diamantes fossem a tábua de salvação, para o progresso de Angola, ajudando-o a cumprir a missão de aumentar os rendimentos da Coroa Portuguesa

Já tinha ouvido falar do sucesso da exploração de diamantes, na colónia do Brasil, onde foram descobertos, por volta de 1730, no vale do Rio Jequitinhonha, em Minas Gerais

A região do Arraial do Tijuco tornou-se tão rica, que os seus habitantes, graças ao trabalho dos escravos, viviam num luxo, que ombreava com o das cidades mais ricas da Europa

Alguns escravos conseguiam que os ” Senhores” lhes dessem carta de alforria, umas vezes comprada, outras por lhes serem fiéis e honestos

Assim que conseguiam a liberdade, tentavam comprar um escravo, para viverem do trabalho dele

O Miguel disse à esposa que iria tentar saber se os diamantes, no Rio Quanza, seriam em quantidade suficiente, para pedir ao Rei, que autorizasse a sua exploração

Constava que os diamantes de África eram melhores e mais apreciados do que os do Brasil, o que poderia ser uma vantagem

Como não era fácil a deslocação à região dos diamantes, pediu que lhe trouxessem umas amostras, para ver se valia a pena incomodar o Rei, com o pedido da exploração

Quando lhe trouxeram cinco lindos diamantes, ele e a Zulmira ficaram encantados com tão grandes e lindas pedras, imediatamente disse para a esposa, que os iria enviar ao Rei, assim que tivesse portador

Enquanto não houvesse autorização, para a exploração de um produto de adorno, que a qualquer momento poderia passar de moda, o melhor seria continuarem a apostar na agricultura, que é uma produção, que é essencial à vida, sendo que à medida que as sociedades vão evoluindo, tornam-se mais exigentes, consumindo uma maior variedade de produtos e preferindo os que são cultivados mais de acordo com a Natureza

O Governador não se cansava de elogiar todos os que queriam tornar a agricultura mais produtiva, com mais variedades de produtos e melhores produtos

Para reforçar o seu empenho, na agricultura, decidiu doar à cooperativa, as sementes, que tinha trazido da Metrópole, para que fosse experimentada a sua produção, em Angola. Tratava-se das seguintes: trigo, centeio, cevada, feijão, ervilhas, tomate e grão-de-bico.  

Continua

 

 

22
Mai25

O Império

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O Império  -  As teias que o Império teceu

114

Finalmente chegara o dia do tão esperado casamento, todos estavam contentes por não serem obrigados a irem trabalhar, a não ser os que estavam envolvidos na preparação da cerimónia, por terem oportunidade de entrar no palácio, ou pelo menos no jardim, onde seriam servidas refeições a quem não conseguisse lugar, no palácio

Os noivos estavam mito felizes, por verem que muitos tinham querido participar, na festa do seu casamento

Ambos gostavam do contacto com o povo, para eles era muito importante saberem como vivia, a fim de tentarem melhorar as suas condições de vida

Foi uma cerimónia muito simples, praticamente um almoço convívio, para além dos cumprimentos de felicidades aos noivos

O Roberto e a sua turma, uma turma, que incluía elementos de todas as idades, já não ambicionava só aprender a ler e escrever. Desde que tinha passado a dedicar um dia, por semana, a aulas no campo, que novos e velhos se empenhavam em discutir ideias, para uma melhor agricultura, com mais produção e melhores produtos

Muitos apresentavam ideias, que provocavam grandes discussões entre mais novos e mais velhos, como quase, sempre, acontece, cada um a defender as suas ideias

A cooperativa bem como o Governador estavam muito contentes com a movimentação por uma agricultura diferente, com novos utensílios, mais e melhores sementes, porque isso era a garantia de melhor e mais alimento, o que o era muito bom para quem governava a Província

Uma vez casados, falou à esposa da sua ideia sobre um imposto, para criar uma força, que defendesse Angola dos ataques das outras potências. Mas, a Zulmira disse-lhe que não concordava com impostos, uma vez que as pessoas viviam miseravelmente, com o conseguiam arrancar da terra, dos rios e do mar

Aconselhou-o a falar com os Sobas, que eram eles os representantes do povo, a quem todos obedeciam

O Miguel agradeceu-lhe, dizendo que ia seguir os seus conselhos, tentaria governar de maneira a que todos conseguissem uma vida melhor

Ela ficou contente, por ele ter em consideração os seus conselhos, mostrou-se pronta, para o ajudar na sua difícil missão. Mas, no seu entender, o governo do Reino é que tinha de fornecer os meios necessários, para defender a soberania da Colónia.

Continua

 

21
Dez23

O Império

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O Império  -  As teias que o Império teceu

 

40

O Januário conseguiu recuperar da doença, que o fez ficar oito dias de cama

Continuou a falar com os escravos, que ainda não tinha falado, que trabalhavam naquela fazenda

Ao fim de mais cinco dias de esforços, teve a alegria de encontrar o irmão mais novo da Rosinha, que o informou que o pai e o irmão não tinham conseguido resistir a tantos maus tratos

Disse-lhe que era seu cunhado, vivia com a sua irmã mais nova, e que tinham uma menina e um menino muito bonitos,  que pretendia levá-lo, para Luanda

O escravo respondeu-lhe que não sabia se o seu patrão o libertaria, porque ele era o seu

dono

O cunhado disse-lhe que iria falar com ele, e que tinha quase a certeza que iriam os dois para Angola

Os olhos do irmão da Rosinha brilharam, e a língua disse que se isso acontecesse era um grande milagre

No dia seguinte, o Januário procurou-o, para lhe dar a boa notícia de estava livre e podia acompanhá-lo, para irem para o Rio de Janeiro, abraçaram-se e choraram

Quando se foram despedir do fazendeiro, este deu-lhe roupa lavada, porque a que tinha vestida estava muito rasgada e suja

Desejou-lhes boa sorte e bom regresso a casa, e que estva muito triste por o pai e o irmão terem morrido

Eles e os guias meteram-se a caminho, estavam muito longe do Rio de Janeiro, ainda iam demorar alguns dias a lá chegar

Com a chegada do novo Governador, João Fernandes Vieira, o Ezequiel deixou de fazer parte dos seus colaboradores

Passou a dedicar-se à agricultura, integrando uma grande equipa, da qual já faziam parte a mulher e a cunhada

Já produziam uma grande parte dos produtos alimentares que a cidade de Luanda consumia

Com a colaboração dele, a mulher e a cunhada ficavam com mais tempo livre, para a lida da casa e dar atenção aos filhos

Estava tudo a correr muito bem, tinham-se visto livres do negócio da escravatura, com o qual não concordavam

Mas, a falta de notícias do Januário, continuava a causar muita tristeza em toda a família, por que a incerteza mói mais que a morte

Não falavam do assunto, mas os rostos diziam bem as dores que iam dentro do corpos, ainda que os mais novos tudo fizessem para alegrar os mais velhos

Só restava esperar que os barcos que chegavam do Brasil trouxessem boas ou más notícias.

Continua.

 

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