O Império
O Império - As teias que o Império teceu
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Timor
O primeiro contato europeu com a ilha foi feito pelos portugueses, quando estes lá chegaram em 1512, em busca do sândalo. Durante quatro séculos, os portugueses apenas utilizaram o território timorense para fins comerciais, explorando os recursos naturais da ilha. Díli, a capital do Timor Português, apenas nos anos 60 começou a dispor de luz elétrica, e na década seguinte, de água, esgotos, escolas e hospitais. O resto do país, principalmente em zonas rurais, continuava atrasado.
Até agosto de 1975, Portugal liderou o processo de autodeterminação de Timor-Leste, promovendo a formação de partidos políticos, tendo em vista a independência do território. Quando as forças pró-indonésias atacaram as forças portuguesas no território, estas foram obrigadas a deixar a ilha de Timor, e refugiaram-se em Ataúro. Quando se dá início à guerra civil entre a Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente ( FRETILIN) e as forças da União Democrática Timorense (UDT). A FRETILIN saiu vitoriosa e proclamou a independência a 28/08/1975, que não foi reconhecida por Portugal.
A proclamação da independência por a FRETILIN, de tendência marxista, fez com que a Indonésia invadisse Timor-Leste. A 7/12/1975 os militares indonésios desembarcavam em Díli. (Wikipedia)
Finalmente, a Marina e o Roberto acabaram os exames com a aprovação a todas as cadeiras
A Anastácia estava tanto ou mais contente que eles, não só pelos resultados dos exames, mas por estarem livres para se dedicarem ao enxoval do bebé e à decoração do seu quarto
Durante vários dias, os três percorreram a cidade para comprarem roupas para o bebé. A Anastácia queria comprar tudo o que via, mas a Marina fê-la compreender que não era precisa tanta roupa
Os gorros e as botinhas de lã, há muito tinham sido feitas pelas habilidosas mãos da Anastácia, que queria que nada faltasse ao bebé, para que crescesse saudável
Para a Anastácia o mais difícil era decorar o quarto, como escolher as cores, sem saber se era menino ou menina?
A Marina sugeriu que fosse pintado de branco, que ficava bem, tanto para menina como para menino, mas a Anastácia continuava a querer que o quarto fosse pintado de azul ou cor-de-rosa, assim que o bebé nascesse, não querendo contrariar a Anastácia, a Marina pediu-lhe se esse pormenor podia ficar para depois, porque o que interessava era que ele tivesse um lugar confortável, e isso já tinha
Em Luanda, a ansiedade, também, era muita, tanto os familiares, como os cooperantes e quem conhecia a Marina e o Roberto queriam saber se o bebé já tinha nascido
Todos sabiam que o correio só chegava de barco, não havia mais nenhum contato com Lisboa, por isso tinham de aguardar, com paciência, as novidades vindas da Europa
A Rosinha e o Governador eram os mais ansiosos, como se compreende, tratava-se de saber se tinham mais uma neta ou um neto, que não sabiam quando a ou o veriam, como já eram muito velhotes, o receio de que ele ou ela não desembarcasse em Luanda, antes de eles morrerem
Quase todas as semanas a Rosinha ia ao Palácio Presidencial para falar com compadre, na esperança de terem chegado novidades
Era sempre convidada a beber um chá, enquanto falavam dos filhos, do bebé, da dor de estarem tão longe, sem saberem nada deles.
Continua