Sorrisos
Sorrisos!
As árvores vão-se despindo
Folhas mortas atapetam o outono
Menos horas de sol
Mais horas de sono
São os dias do outono
Manhãs e noites frias
No entardecer do sol
Os idosos voltam ao calor do lar
Recordam os verdes anos
Em que o frio não os impedia de namorar
Vão-se habituando às condições
Têm de viver com as suas estações
Sonham com os bailaricos nos dias de feira
Onde descansavam da canseira
Nos verdes anos julgavam-se imortais
Voavam nas asas dos sonhos
Deixavam a lua na rua
A sombra ficava nua
Tudo lhes sorria
À medida que a vida vai encurtando
A magia tem, ainda, mais alegria
As correrias da impetuosidade dos jovens
Ajudam-nos a recordar o que faziam
As crianças transportam o novo dia
Trazem as cores do infinito sorriso
Na ponta dos dedos guardam os segredos
Para eles não há medos!
José Silva Costa