pobres
Pobres
Quatro décadas passadas
Os pobres continuam a aumentar
A fome e a miséria continuam a matar
Mas os milionários estão sempre a engordar
Quantos têm de empobrecer para criar um milionário?
Mas temos o espirito natalício: luzinhas, lacinhos, bolinhas
Tudo para inebriar e anestesiar o pessoal, com luzinhas a acender e a apagar
Os deserdados têm como casa os cartões, das prendas dos barões, muito sensibilizados
Atiram aos enregelados, um cêntimo emoldurado, nos votos de feliz Natal
Como se isso os iluminasse, para o resto do ano, e de mais nada precisando
Que época de contrastes: alegria, tristeza, indiferença, fome, frio e desperdício!
Feliz Natal, feliz Natal, feliz Natal, feliz Natal, feliz Natal, feliz Natal, feliz Natal, feliz Natal